domingo, 27 de dezembro de 2009

O Kindle no Brasil

DIGESTIVOS >>> Literatura

Quarta-feira, 23/12/2009
Literatura
Julio Daio Borges




Digestivo nº 436 >>> O Kindle no Brasil
Se o Sony Reader ameaçava conquistar mais rápido os leitores brasileiros de livros eletrônicos, a Amazon não deixou o Kindle para trás e resolveu liberar seu uso para quase o mundo todo. Se antes o leitor eletrônico da maior livraria da internet só funcionava perfeitamente nos Estados Unidos – porque exigia conexão via rede de telefonia celular (e “não conversava”, por exemplo, com a rede do Brasil) –, agora a Amazon está anunciando que o Kindle poderá “baixar” livros tanto em São Paulo, quanto no Rio, quanto em qualquer outro lugar, do nosso País, onde haja um sinal para celular. A novidade é auspiciosa, sobretudo para os consumidores de livros em inglês, que, se tudo der certo, não terão mais de desembolsar um alto valor pelas edições importadas (mais o frete, mais a espera). O anúncio promete o desembarque, seguro, de lançamentos, em língua inglesa, em segundos, por uma fração do preço (livros eletrônicos são mais baratos do que livros impressos), mesmo no Brasil. Embora a revista Super Interessante de setembro tenha indicado – em matéria especial sobre livros eletrônicos – que a Câmara Brasileira do Livro está preocupada com o avanço da nova tecnologia, o fato de não haver lançamentos em português ainda disponíveis, no site da Amazon, é um indício de que as vendas, de volumes impressos, não tendem a ser afetadas pelo Kindle no nosso País. Mas é uma questão de tempo até que isso aconteça. Quais serão os próximos passos de editoras, livrarias e distribuidoras brasileiras? Talvez esses passos já estejam sendo dados, mas a chegada do Kindle, agora, obriga todo um setor a apertar o passo. Vale dizer que, entre as indústrias atingidas pela digitalização (e pela internet), a do livro impresso foi uma das que menos sofreu, ao contrário da indústria fonográfica, da cinematográfica (DVDs) e até mesmo da gráfica (de revistas e jornais). O compartilhamento de PDFs na rede não prejudicou a venda de exemplares como, digamos, a troca de arquivos MP3 prejudicou o formato CD. O teste dos cinco sentidos, que vinha salvando o livro impresso da digitalização, vai ser posto à prova, como nunca, com a internacionalização do Kindle.
>>> Kindle Wireless Reading Device (6" Display, International Wireless, Latest Generation)
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