sábado, 6 de fevereiro de 2010

Cordel de artista baiano critica Pedro Bial e Big Brother Brasil

Mídia

Vermelho - 29 de Janeiro de 2010 - 20h06

O artista baiano Antônio Barreto, de 54 anos, criou um cordel — literatura popular da região nordeste do país — em que critica o reality show Big Brother Brasil e seu apresentador, o jornalista Pedro Bial. Barreto ganhou notoriedade com este tipo de literatura após a publicação do cordel Caetano Veloso: Um Sujeito Alfabetizado, Deselegante e Preconceituoso.

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Nos versos de Big Brother Brasil, Um Programa Imbecil, Barreto pede que Bial faça uma avaliação crítica da atração que apresenta. “À você, Pedro Bial / Um mercador da ilusão/ Junto à poderosa Globo/ Que conduz nossa nação/ Eu lhe peço esse favor/ Reflita no seu labor/ E escute seu coração/”.

Em outro trecho, o cordelista alerta o apresentador: “Reveja logo esse equívoco/ Reaja à força do mal/ Eleve o seu coração/ Tomando uma decisão/ Ou então siga, animal...”.

Em entrevista ao A Tarde Online, Barreto disse que o sucesso do programa se deve à influência da emissora que, além de “controlar o público, não preza pelo hábito da leitura, pelo bom gosto. São pessoas dominadas pela estética da beleza, pelo filme de violência. Então é fácil para a Globo criar um programa desse e ter sucesso”.

Barreto questiona, ainda, a funcionalidade do reality — cuja classificação etária é de 14 anos — para a educação do público infantil. “Um programa que não passa nada de instrutivo, sobretudo para crianças e adolescentes. Não há um refinamento maior para quem está começando a ver a vida agora”.
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Apesar das críticas, Barreto se diz a favor da manutenção e reformulação do programa, o qual — na sua opinião — deveria propor discussões pertinentes ao público, não aos interesses de seus participantes. “Seria interessante se todas aquelas pessoas pudessem sentar numa mesa redonda e discutir temas importantes, ao invés de expor o corpo, a sexualidade, a futilidade”, diz o artista.
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“Os homossexuais, ao invés de beijar na boca, poderiam discutir o quanto são discriminados. Eu mesmo sou contra a homofobia. Poderia ser aberto para o público, mas de uma outra maneira. Se fosse de outro jeito, não faria o cordel, não criticaria a Globo e o BBB“, finaliza.
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Da Redação, com informações do Portal Imprensa
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