domingo, 11 de julho de 2010

Estilhaços de Leituras


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Foto de Alfredo Cunha 


* Victor Nogueira
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Quatro obras e um traço de união
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Graber, Gerry - Stauffeberg - História Ilustrada da 2ª Guerra Mundial - Líderes, nº 19 - Editora RNES Lda, Rio de Janeiro 1977
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Michal, Bernard (coord) - A Guerra de Espanha - 3 vols - Editora Amigos do Livro, Lisboa 1972
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Lapierre, Dominique e Collins, Larry - Paris já está a arder-  ? -.Livraria Bertrand, Lisboa s/d
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Ehrlic, Blake - A Batalha da Resistência (França) - Livros do Brasil, Lisboa
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O traço de união é o anticomunismo, o horror ao poder na rua. Stauffeberg, tal como Canaris e depois Himmler ou Goering pretendem uma paz com os Aliados capitalistas para juntos se voltarem .... contra a União Soviética. A conjura de  Stauffeberg é de um amadorismo e duma improvisação incríveis. Trata-se no fundo dum golpe palaciano fracassado, onde as massas e o povo alemão não contam!
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Na Guerra Civil de Espanha, tal como na 2ª Guerra Mundial, os países capitalistas mantêm-se neutrais, salvo a França, com um Governo da Frente Popular, e a partir de certa altura com a intervenção clara da URSS apoiando os republicanos e os países do Eixo apoiando os revoltosos liderados por Franco. Mas o Governo republicano hesita longamente em dar armas aos populares, sobretudo com medo dum triunfo dos comunistas, muito mais disciplinados que os anarquistas.
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Prelúdio da II Guerra Mundial, os países capitalistas mantêm-se na expectativa enquanto vão cedendo a Leste às pretensões de Hitler até à invasão da Polónia. Mas o verdadeiro esforço de guerra só é feito após a reviravolta de Estalinegrado. Nos dois últimos livros é patente o anti-comunismo do General De Gaulle e dos Aliados, que pretendem evitar a entrega de armas aos partisans comunistas, apesar do seu papel relevante quer durante o Dia D, quer na Libertação de Paris. Na resistência ao fascismo e ao nacional socialismo tiveram um papel relevante os partidos comunistas. Se da Conferência de Ialta terá saído a divisão em esferas de influência, é espantoso que o triunfo dos partidos comunistas no Leste da Europa seja apresentado como resultante do totalitarismo da URSS, de que seriam satélites, designação que não se aplica aos países capitalistas da Europa Ocidental, incluindo a manutenção do fascismo em Espanha e Portugal. Apesar das injecções macissas dollorianas do Plano Marshall, que secundarizou a França e a Grã Bretanha a favor dos EUA e da Alemanha Federal,  Mas todos países «democráticos», «independentes» e defensores da «Liberdade» e membros da NATO e da ONU,
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A Nato é uma organização que subverteu todos os conceitos geográficos, como escrevi em post anterior, pois em era de aldeia global cobriu todo o Planeta com um único Oceano, o Atlântico Norte.
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E deste modo, os 3 D do 25 de Abril (Democratizar, Desenvolver, Descolonizar) deram lugar a 3 F's, modernizados: Fado, Futebol e Fodam-nos com Fé, Esperança e Caridade.
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