sexta-feira, 23 de novembro de 2012

José Mauro de Vasconcelos - Meu Pé de Laranja Lima -

eniente de sites seguros.   SEGUNDA-FEIRA, 30 DE MARÇO DE 2009





Meu Pé de Laranja Lima - José Mauro de Vasconcelos




Sinopse

“Meu Pé de Laranja Lima” retrata a vida do pequeno Zezé, um menino pobre que conversa com o pé de laranja lima, e estabelece uma bonita amizade com o velho português Manuel Valadares, o "Portuga", um solitário.



Excertos
«Porque em casa eu aprendia descobrindo sozinho e fazendo sozinho, fazia errado e fazendo errado acabava sempre tomando umas palmadas. Até bem pouco tempo ninguém me batia. Mas depois descobriram as coisas e vivem dizendo que eu era o cão, que eu era capeta, gato ruço de mau pêlo.»


«Mamãe era alta, magra, mas muito bonita. Tinha uma cor bem queimada e os cabelos pretos e lisos. Quando ela deixava os cabelos sem prender, dava até na cintura. Mas bonito era quando ela cantava e eu ficava junto aprendendo.»



«Lá em casa cada irmão mais velho criava um mais moço. Jandira tomara conta de Glória e de outra irmã que fora dada para ser gente no Norte. Antônio era o quindim dela. Depois Lalá tomara conta de mim até bem pouco tempo. Até ela gostar de mim, depois parece que enjoou ou ficou muito apaixonada pelo namorado dela. Meus outros dois irmãozinhos morreram pequenos e eu só ouvi falar deles. Contavam que eram dois bugrezinhos Pinagés. Por isso que a menina se chamou Aracy e o menino Jurandyr. Depois então vinha o meu irmãozinho Luís.»



“Na nossa rua havia tempo de tudo. Tempo de bola de gude. Tempo de pião. Tempo de colecionar figurinhas de artistas de cinema. Tempo de papagaio, o mais bonito de todos os tempos. Os céus ficavam por todos os lados repletos de papagaios de todas as cores. Papagaios lindos de todos os feitios. Era a guerra no ar. As cabeçadas, as lutas, as laçadas e os cortes.

As giletes cortavam as linhas e lá vinha um papagaio rodopiando no espaço embaraçando a linha do cabresto com a cauda sem equilíbrio; era lindo tudo aquilo. O mundo se tornava só das crianças da rua. De todas as ruas de Bangu. Depois era um tal de caveirinha enrolada nos fios; era um tal de correr do caminhão da Light. Os homens vinham furiosos arrancar os papagaios mortos, atrapalhando os fios. O vento... o vento...”


Comentários:
Maria Manuela
Zezé tem apenas cinco anos e é um menino muito traquina. Todos os dias apanha uns cascudos e umas surras dos pais, irmãos e até, dos vizinhos, pelas traquinices e asneiras que faz. A sua imaginação é bastante fértil. Ele acabou de aprontar uma e já está a pensar noutra. Mas, por outro lado, é um menino muito inteligente. Aos cinco anos já sabia ler e daí, terem mentido dizendo que ele tinha seis, para que pudesse frequentar a escola.

São muitos filhos para criar sendo que Glória, uma das mais velhas, é a que mais intercede por Zezé e, Luís, o mais novo, o que mais brinca com Zezé. Luís gosta das visitas guiadas que Zezé lhe faz ao jardim zoológico, jardim zoológico este, que não passava do quintal da casa onde moravam.

O pai encontra-se desempregado, logo, o dinheiro não é muito e o pagamento da renda de casa começa a ser atrasado. Aí a família muda para uma casa pequena. Quando chegam à nova habitação cada um dos filhos procura no quintal uma árvore que será a sua. Todos escolhem a sua, sobrando apenas uma Laranja Lima que ficaria para o protagonista da história. Apesar de no início Zezé não ter gostado da árvore, logo, mudou a sua opinião assim que Minguinho, nome que ele atribuiu à sua árvore, se revelou ser o seu melhor amigo e confidente.

Mas, um outro amigo surgiria… o “portuga” Manuel Valadares, dono do carro bonito que Zezé tanto cobiçava. Aos poucos foi ganhando confiança com Manuel Valadares e a amizade entre os dois foi crescendo. Os conhecimentos e ensinamentos que o “portuga” foi transmitindo ao menino, fizeram com que Zezé deixasse até de pronunciar palavrões e pregar partidas aos outros.

A desilusão maior de Zezé surge depois, quando o “portuga” sofre um acidente e morre… Zezé adoece.
“O meu pé de Laranja Lima” revela-se uma história ternurenta, carinhosa e, simultaneamente, triste e emotiva.

A inteligência, a inocência e a imaginação do menino Zezé comovem e cativam o leitor do primeiro ao último capítulo da história. Ajuda-nos também a perceber que, muitas vezes, damos valor a aspectos que não passam de coisas fúteis e inúteis.

http://leiturasdasmarias.blogspot.pt/2009/03/meu-pe-de-laranja-lima-jose-mauro-de.html



Meu Pé de Laranja Lima

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Meu pé de laranja lima (ISBN 8506042062) é um romance juvenil, escrito por José Mauro de Vasconcellos e publicado em 1968.[1]
Foi traduzido para 32 línguas e publicado em 19 países.[2] Foi adotado em escolas e, posteriormente, adaptado para o cinematelevisão e teatro.[2]
Em 2003Meu pé de laranja lima foi publicado na Coreia do Sul, em forma de quadrinhos, numa bem cuidada edição com 224 páginas ilustradas.
Em 2009, no seu 27º encontro, a Reinações (confraria da leitura de textos infanto-juvenis) debateu o livro Meu pé de laranja lima, destacando a ternura presente no livro e o espaço mágico em que a árvore acaba se revelando não apenas um amigo de Zezé, mas uma espécie de refúgio para o tanto de sofrimento que a vida lhe impôs. Os encontros ocorreram em Caxias do Sul.[3]

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Enredo

Este livro retrata a história de um menino de cinco anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e muito numerosa. Zezé tinha muitos irmãos, a sua mãe trabalhava numa fábrica, o pai estava desempregado, e como tal passavam por muitas dificuldades, pelo que eram as irmãs mais velhas que tomavam conta dos mais novos; por sua vez, Zezé tomava conta do seu irmãozinho mais novo, Luís.
Zezé era um rapazinho muito interessado pela vida, adorava saber e aprender coisas novas, novas palavras, palavras difíceis que o seu tio Edmundo lhe ensinava. Contudo, passava a vida a fazer traquinagens pela rua, a pregar peças aos outros e muitas vezes acabava por ser castigado e repreendido pelos pais ou pelos irmãos, que passavam a vida a dizer que era um mau menino, sempre a fazer maldades. Todos estes fatores e o fato de não passar muito tempo com a mãe, visto que esta trabalhava muito, faziam com que Zezé, muitas vezes, não encontrasse na família o carinho e a ternura que qualquer criança precisa. Somente de sua irmã Glória, que ele carinhosamente chama de "Godóia".
Ao mudarem de casa, Zezé encontra no seu quintal da sua nova moradia um pequeno pé de laranja lima, inicialmente a ideia de ter uma árvore tão pequena não lhe agrada muito, mas à medida que este vai convivendo com a pequena árvore e ao desabafar com esta, repara que ela fala e que é capaz de conversar consigo, tornando-se assim o seu grande amigo e confidente, aquele que lhe dava todo o carinho que Zezé não recebia em casa da sua família.

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Ver também

Referências

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