sábado, 15 de fevereiro de 2014

um poema de Francisco Bugalho







Boa noite.
Desculpem a falta de alegria mas o estado de espírito é este mesmo.

Passa-se um dia e outro dia
À espera que passe a Dor 
E a Dor não passa, e porfia
Porque trás dia, outro dia
Que traz Dor inda maior;

Porque embora a Dor aflita
Calasse há muito seus ais
Ainda, fundo, palpita
Uma outra Dor que não grita:
A Dor do que não dói mais.

(Francisco Bugalho, in ‘Dispersos e Inéditos’)
(Foto: Claudio Minghi)


parilhado por ana albuquerque

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