quinta-feira, 24 de março de 2016

Domingos Lobo Esteiros, 75 anos depois


  • Domingos Lobo
Quando o real se transformou
em arte socialista




1941, ano da publicação de Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, é, apesar da desregulação social e política que a guerra estabelece, e da opressão generalizada, um período de alguma agitação no meio político e literário, tanto pelo agudizar das contradições que o conflito vem instalar nas relações entre as diversas classes sociais, manifestando-se de forma mais incisiva nas zonas industriais e de latifúndio, quer pela ameaça real de a guerra se expandir para Leste (a Alemanha preparava-se para invadir a URSS), quer pela contínua resistência que as forças progressistas travam contra o fascismo luso, a partir de acções de massas, na denúncia do agravar da repressão, do desemprego, das condições de vida e de trabalho e o flagelo da fome que atingia sobretudo as classes economicamente mais frágeis.


Os alemães, fazendo pressão sobre o governo de Salazar, tendo por causa o volfrâmio, torpedeiam o cargueiro Ganda e os vapores Corte Real e Cassequel; com mais subtileza, mas prefigurando a mesma intenção de cerco e influência, a Universidade de Oxford, obedecendo a uma «sugestão» do governo inglês, atribui a Salazar o título de doutor honoris causa; há greves de estudantes e dos operários têxteis da Covilhã. O País sofre a acção de um ciclone devastador.


No campo da acção e intervenção cultural, nesse ano de 1941, Alves Redol publica Marés, Fernando Namora Terra, Bento de Jesus Caraça Conceitos Fundamentais da Matemática, João José Cochofel Sol de Agosto, Joaquim Namorado Aviso à Navegação, Manuel da Fonseca Planície, Mário Dionísio Poemas e Sidónio Muralha Beco; inicia-se a publicação dos cadernos de poesia Novo Cancioneiro. Livros que vêm contribuir, face ao comprometimento social que expressam, para uma mais apurada, interventiva e abrangente reflexão sobre as complexidades relacionais entre a arte literária e o real avassalador desses dias de brasa; o mundo objectivo do trabalho e da exploração que o envolve, fazendo com que essa relação se torne mais clara, dialéctica e consciente, impondo uma visão humanista do mundo e uma linguagem que se opunha aos desvarios modernistas de Marinetti e D’Annúnzio, que os escribas salazarentos de serviço adoptariam como modelo de intervenção literária e filosófica (António Ferro, Augusto de Castro, Fernanda de Castro, João Gaspar Simões, António Quadros, Álvaro Ribeiro, Orlando Vitorino, etc.), e às confusões estético/conservadoras dos presencistas, que correspondiam «a um certo ambiente de cepticismo quanto aos ideais oitocentistas e republicanos de progresso que se relaciona com o colapso do liberalismo em 1926, e por isso os presencistas aspiram, em geral, a uma literatura e uma arte desarticuladas, se não mesmo alheadas, de qualquer doutrina directamente interventora».1 Pressupostos teóricos, estéticos e políticos em tudo opostos aos do neo-realismo.

O aparecimento de Esteiros, edição que exibia uma belíssima e expressiva capa desenhada por Álvaro Cunhal, vem aprofundar o caminho de descoberta e denúncia social, iniciado com Gaibéus, de Redol, incidindo a obra de Soeiro e a sua especulação político-social sobre os universos da exploração do trabalho infantil, cujas coordenadas mais abjectas escapavam às consciências burguesas e a grande parte da intelectualidade urbana.


Soeiro Pereira Gomes introduz no discurso literário deste exemplar romance, dados sociológicos novos, uma linguagem sensível e arguta que mergulha fundo nesse nicho de desprezível exploração, dado que exercida sobre os mais indefesos elementos da base social, levando o leitor a tomar consciência dessa realidade, da vida agreste desse núcleo sobre o qual o fascismo exercia toda a sua inumana brutalidade, exibindo sem disfarce a infâmia ideológica e funcional que o estruturava – essas vulneráveis ilhas humanas, ainda não inscrito no corpo diegético do neo-realismo: o mundo da infância e da pré-adolescência, da miséria que invade, desde o berço, esse território que queríamos de descoberta e construção do ser, invadido de forma violenta pela ganância que vai destruindo sonhos, capacidades, modos outros de crescimento e realização pessoal e colectiva; um mundo do desenrasca, da luta quotidiana por um naco de pão para enganar a maligna, do trabalho escravo nos telhais, da rebeldia, da ternura, do companheirismo, da aventura e da transgressão – esse universo épico, que o verbo dorido e sensitivo de Soeiro Pereira Gomes trata e percorre com objectividade e plena maturidade formal e sintáctica; a expressiva utilização do linguajar das gentes da beira Tejo, doseando de modo exemplar o drama e o jocoso popular com a agudeza de análise das contradições da burguesia, o gradual cinismo que os títeres em presença estabelecem entre si, Castro vs. Zé Vicente, para melhor definirem os campos da usura e o espaço que a ambos cabe na refrega da cupidez. Castro usando, sabido e matreiro, controlada impudência; Zé Vicente, exercendo sem rebuços a violência física e económica sobre os assalariados, que dependiam da parca jorna, ganha de sol a sol nos telhais, para iludir a fome: «Se eu pudesse baixar, um escudo que fosse, àquela gente...», pensa Zé Vicente, a pressentir-se já apeado da pileca e da pose afidalgada de outrora – intuindo a ameaça que a Fábrica Grande representa para os seus modos de vida e de exploração. Zé Vicente, espoliado do espaço em que assenta o seu telhal, regressará à condição de pobreza e à proletarização; Castro, vendo partir para a Fábrica os braços que tanta falta lhe fazem nos campos, pressente que outros tempos virão, que o progresso social que a Fábrica representa, começará a invadir o seu espaço, que o medo, a cobiça, o seu sorriso enigmático e cínico, e o seu modo de exploração feudal poderão ter os dias contados.2


Uma galeria mínima, mas exemplar, de senhores deste microcosmos da margem Norte do Tejo, que Soeiro Pereira Gomes caracteriza de forma acutilante, juntando-lhe um bando de subalternos menores que contribuem, sujando as mãos e traindo a classe a que, por origem, pertencem, para que a exploração perdure e se torne norma: mestre Zarolho, o Cabo de Mar, os rendeiros da Quinta Alta e a GNR, braço armado do poder fascista.


Soeiro cria, com Esteiros, um fresco denunciador da sordidez que o fascismo luso exibia nas suas invisíveis margens (onde os tiques da ignomínia foram mais profundos e duradouros), na análise que constrói, ancorado nos traços significantes da matéria social e histórica que dominava a Europa – o feroz capitalismo ungido no terror –, no modo como elabora, a partir das personagens principais (Gineto, Gaitinhas, Maquineta, Sagui) a representação realista e modelar desse período, das circunstâncias atípicas em que a sua acção (partindo do particular para o colectivo) nele se desenvolve, marcando as componentes teóricas que condicionaram o desenvolvimento do País nessa fase histórica (1930/40), fazendo-o através do narrador e da coerência ideológica com que este intervém na diegese, num permanente e eficaz registo crítico, autodiegético, expondo dialecticamente o conflitual evoluir do discurso literário. Soeiro é, em Esteiros e, mais tarde em Engrenagem, um intelectual, como o definia Gramsci, que conseguiu juntar teoria e prática, transformando a sua escrita em processo histórico real.

Inventariando as condições de vida e de trabalho de uma comunidade, a dos putos dos telhais e dos seus progenitores, em circunstâncias específicas (a da aprendizagem, por métodos extremos, do modo de exploração capitalista), Soeiro Pereira Gomes diz-nos da luta que é necessário travar contra o poder burguês, a sua visão do mundo, desse modo estabelecendo parâmetros para a superação dos cercos impostos por uma política de terror, despótica e discricionária que lhe dá guarida, suporte e protecção.


Nas determinantes estéticas e conceptuais de Esteiros, para além do preclaro alinhamento com a corrente neo-realista sendo, na produção literária do movimento, uma das suas obras de referência, e do qual Soeiro é um dos principais obreiros, revela-se a determinante eficácia com que consegue superar as contradições herdadas do realismo burguês, refazendo alguns tiques estéticos do naturalismo, introduzindo no discurso um vigoroso e assertivo exercício de análise social; as circunstâncias e consequências das contradições sociais da burguesia, clarificando opostas concepções da vida e do mundo, os critérios de classe que se expressam através dos códigos da linguagem (o filho do Castro é Arturinho ou o menino, o Gaitinhas, que com ele brinca, é apenas o João ou o rapaz) recorrendo aos métodos analíticos do marxismo3 e aos princípios filosóficos e humanistas do realismo socialista, que Soeiro, com hábil sageza, inscreve no corpo textual.


Também os afectos, a cumplicidade, as condições económico-sociais como entrave a que os sonhos se cumpram, mesmo os sonhos mais ingénuos que se derretem pelos declives da impotência, atravessada de raiva e de ternura: – E o teu pai? – perguntou Gineto.


O filho de Madalena olhou a névoa que ensombrava o horizonte...


– Está muito longe. – E a medo, como se revelasse um crime: – Queria que eu fosse doutor.


A voz de Gaitinhas era de lágrimas cristalizadas. E Gineto teve pena que ser doutor não fosse coisa que se roubasse.

«A consciência do homem não só reflecte o mundo objectivo, mas cria-o»4 É a partir desta consciência, da encenação do real e das suas circunstâncias, as atmosferas e as tipicidades de um determinado tempo e lugar e da ideologia que lhe dá suporte – em Esteiros a componente estético/ideológica tem uma das suas expressões mais representativas –, que Soeiro parte para a tarefa de criar esse universo em que pode espelhar a sua particular reflexão sobre o mundo e idealizá-lo melhor e mais justo, desenhando nos sonhos de Gaitinhas-cantor, que irá pelo mundo à procura do pai, esse supremo desígnio: voltar, dar liberdade ao Gineto e mandar para a escola aquela malta dos telhais. Ou seja, encenando a matriz social em que as necessidades materiais vivam a par com as necessidades lúdicas, físicas e culturais, que permitam aos oprimidos libertar-se do jugo dos opressores. Soeiro tem plena consciência do papel activo e crítico que cabe ao escritor que quer agir sobre o real como contributo para a tarefa comum de transformar a vida.


Os grandes escritores do neo-realismo, ou a ele ligados por laços de companheirismo militante, inscreveram em alguns textos a condição social dos jovens, a partir das suas raízes de classe, elo mais fraco na cadeia de exploração capitalista, fazendo-o com ductilidade, lirismo, expressivo afecto. Os meninos pobres ou, como as sacrossantas almas neoliberais propagam, useiras e vezeiras em criar módulos semânticos que diluam a realidade, filhos de famílias desfavorecidas, como se a ganância capitalista fosse um jogo de roleta e a pobreza um contínuo jogo de azar, percorrem, com maior ou menor grau de intervenção crítica dos seus autores, alguns títulos do melhor que a literatura em português produziu no século XX: Capitães da Areia, de Jorge Amado; Bonecos de Luz, de Romeu Correia; Constantino, Guardador de Vacas e de Sonhos, de Alves Redol e Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira.


Em Micropaisagem, do livro O Aprendiz de Feiticeiro, Carlos de Oliveira deixa-nos este impressivo testemunho: A paisagem da infância não é nenhum paraíso perdido mas a pobreza, a nudez, a carência de quase tudo. É desta certeza, desta nudez e da carência de quase tudo, da situação social dos putos da beira Tejo, que o autor de Contos Vermelhosnos diz com extrema serenidade discursiva, mas atingindo o cerne do sistema que conduz a este estado de coisas – daí a sua recorrente actualidade.


Soeiro traz para a literatura portuguesa, inscrevendo-a na modernidade, um modo singular de abordagem dos fenómenos estruturais da usura capitalista, um estilo que dilui no discurso ficcional os propósitos sócio-políticos que a determinam, fazendo-o com hábil sagacidade, com evidente optimismo, não escamoteando os aspectos sórdidos da realidade que descreve, penetrando esse universo cercado dos homens, mulheres e crianças que do rio e suas margens tiram o parco sustento, abordando com pertinaz sensibilidade as linhas definidoras de um onirismo infantil e da prática adulta da sobrevivência.


Soeiro Pereira Gomes traz para Esteiros problemas novos, que a estética de afirmação libertária amplia, que configuram a representação de agentes singulares, esse coro de meninos/homens, que actuam na trama romanesca como intérpretes de um período histórico imoral e violento: crianças sujeitas a escravidão de classe num tempo de terror. Os jovens protagonistas de Esteiros são heróis positivos, dado que vítimas de uma engrenagem social poderosa que eles, com a rebeldia dos verdes anos tentam, no modo ingénuo de fugir ao cerco, subverter com pequenas, marginais tropelias. Personagens que agem e respiram dentro do seu espaço e do seu meio social: o rio, os telhais, os becos e os casebres onde habitam, os pomares que assaltam, o lodo dos esteiros. Um mundo onde as suas pequenas espertezas de meninos não fariam eco, não fora o facto de terem nascido em condições adversas, de extrema pobreza, e num tempo injusto e, por essa circunstância, estarem vulneráveis, sujeitos a todas as formas de espoliação e cerco. É a análise fecunda, a arguta sensibilidade que implica ao descodificar a particularidade social e política que descreve, o modo narrativo, o lírico/épico como envolve no discurso este núcleo de homens e crianças, que vivem e lutam por sobreviver num mundo e num tempo que lhes é hostil, que torna Soeiro Pereira Gomes um dos autores mais relevantes do período intenso e estrutural do nosso neo-realismo, o seu dinâmico humanismo, na vertente do realismo dialéctico, trazendo a literatura, a sua voz ficcional, como mais tarde o fará Manuel Tiago, para o vasto território da luta de classes e das mais justas expectativas políticas e sociais do nosso povo.

Soeiro transporta para Esteiros alguns elementos definidores da arte realista, encenando no seu corpo discursivo uma análise objectiva, crítica e duríssima sobre o tempo histórico que ficciona; no rigor com que olha e descreve a realidade que percepciona, na linguagem que utiliza para expressar e combater a intolerância e a ignomínia, no modo sensitivo como percorre os quotidianos sofridos da malta dos telhais, seus desesperos e medos, os seus parcos dias de festa, na Feira, lugar de sonho e de respiração, o tempo breve da felicidade em que se tornam, por escassos momentos, de novo meninos fascinados pelas luzes do carrossel, pelos ruídos mágicos que envolvem o terreiro, pelos bolos ou pelos olhos solares da Rosete, e os dias sofridos no Telhal Grande, de sol a sol, descalços, pisando brasas e vertendo sangue, ao mando das vozes cavernícolas do Má-Cara e do Carraça: – Traz mais bolas, filho dum boi! Se vou aí, inté te borras todo; Langão!, Carreguem-lhe no peso.... É um olhar fecundo, humano, que o autor de Engrenagem verte sobre este mundo agreste, no modo seguro como estrutura este seu primeiro romance – Soeiro tinha 32 anos à data da sua publicação –, no apuro oficinal como a denúncia de um tempo social e de um regime político opressor nele se incorporam; nos sintagmas estilísticos, na abordagem esquemática do seu ordenamento fabular, na relação que estabelece entre a literatura e a realidade histórica – é já o realismo socialista, pontuado por uma hábil, inventiva voz lírica, que nesta obra-prima desponta.


Obra que devolve, como nenhuma outra, à nossa consciência colectiva, o tempo da rebeldia e da ternura, as falhas de carinho, o medo, o companheirismo, os traços de uma infância perdida na lama dos esteiros, o mágico-simbólico dos sonhos crepusculares, esse território oculto das crianças a quem roubaram os melhores anos da vida: o crescimento harmónico, a arte de brincar, de saber escrever as cartas de amor para as Rosetes que nos acasos da vida nos sobressaltam; compreender os mecanismos que fazem andar o mundo e proceder à sua paulatina aprendizagem. Gineto, Sagui, Malesso, Guedelhas, Maquineta, Coca, Gaitinhas, rapazes a descobrirem a vida, sós e aflitos, pelos caminhos cruzados do medo, da miséria, da violência dos mandantes, «Se não se calam, racho um!», o lado sórdido de um futuro pardo, minguado de horizontes: Gineto marinheiro, fugitivo dos telhais e dos açoites das sombras, salteador de laranjais, a quem o pai nem sonhar deixava; Gaitinhas que queria ser doutor e não pôde concluir a escola primária para ir trabalhar no Telhal Grande; Sangui que dormia na Capela Velha e brincava com o seu infortúnio para espantar o medo: «agora sou um santo»; a mulher que perdeu o filho nas cheias e continuava com os braços dobrados sobre o peito a engalhar o vento; a luz que de noite se acende no lugar onde as águas tragaram o Malesso; Maquineta que se quedava extasiado com o ruído das máquinas da Fábrica Grande, não sabendo que ela representava uma mais sofisticada forma de exploração; a ternura pela Doida e a sua colectiva, solidária defesa; o relógio de Maria do Bote, esse sonho antigo a desfazer-se nas mãos do agiota em troca de um naco de pão.


Mas há sempre, na literatura como na vida, cadinhos de sol, uma luz que se acende na noite: Gineto que espera, face encostada às grades da enxovia, o regresso à vida livre – afinal, foi preso por roubar laranjas, ou um pão, tanto faz. Sonha que o Gaitinhas, o Maquineta, o Sagui ou o Tom-Mix dos filmes, o virão libertar e ele possa, uma vez mais, ir à Feira e debruçar os olhos sedentos de ternura nos olhos da Rosete; Gineto sonha mas não sabe que Gaitinhas anda já pelo mundo em busca dessa estranha, misteriosa coisa que faz os homens maiores que a sua altura, e quando a encontrar é ele que virá libertá-lo e mandar para a escola aquela malta dos telhais – moços que parecem homens e nunca foram meninos.



Apoios:

Obras Completas de Soeiro Pereira Gomes – Publicações Europa-América/1972

Soeiro Pereira Gomes e o Futuro do Realismo em Portugal, de Álvaro Pina – Editorial Caminho/1977

Literatura e Luta de Classes, de Augusto da Costa Dias – Editorial Estampa/1975

Ilse Losa: Vida e Obra, de Ramiro Teixeira – AJHLP/2015

No Centenário do nascimento de Soeiro Pereira Gomes (2009), de Vítor viçoso, in Nova Síntese, nº.4



História da Lit. Portuguesa, de Óscar Lopes e António José Saraiva, pág. 1091, 8ª. edição/1975, Porto Editora

2 Redol traria a seu modo, estes medos (o da emancipação dos oprimidos face à opressão monarco-feudal exercida sobre eles) dos senhores da terra, os Relvas deste mundo, opondo o trabalho rural à esperança que a industrialização representava, para o romance Barranco de Cegos.

3 O conjunto das relações de produção constitui a estrutura económica da sociedade, a base concreta sobre a qual se ergue uma superestrutura jurídica e política e às quais correspondem formas de consciência social determinadas. O modo de produção da vida social condiciona, na sua generalidade, o processo da vida social, política e intelectual. Não é a consciência dos homens que determina o seu ser, é, inversamente o seu ser social que determina a sua consciência. In “Contribuição para a Crítica da Economia Política” Karl Marx

4 Lénine, Cadernos Filosóficos

http://avante.pt/pt/2208/temas/139581/

Sem comentários: