Eu não sei porque razão
certos homens, a meu ver,
quanto mais pequenos são
maiores querem parecer.
Como um só não é bastante
Nós vamos ter , brevemente,
Dois guardas por habitante,
P´ra que não roubem a gente.
Sem que discurso eu pedisse,
ele falou, e eu escutei.
Gostei do que ele não disse;
do que disse não gostei
Quantas sedas aí vão,
quantos brancos colarinhos,
são pedacinhos de pão
roubados aos pobrezinhos!
Da guerra os grandes culpados
Que espalham a dor da terra,
São os menos acusados
Como culpados da guerra.
Há tantos burros mandando
Em homens de inteligência,
Que às vezes fico pensando
Que a burrice é uma ciência!
A quadra tem pouco espaço
Mas eu fico satisfeito
Quando numa quadra faço
Alguma coisa com jeito.
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António Aleixo, poeta popular algarvio
1899-1949
António Aleixo, poeta popular algarvio
1899-1949
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António Aleixo - desenho de Tóssan
1 comentário:
Grande filósofo! Enorme sabedoria!!
Bj
Maria Mamede
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