terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

I, Daniel Blake



João Vasconcelos-Costa escreve

Lembram-se da carta que Daniel Blake deixa e que é lida no funeral pela sua jovem amiga? Só agora consegui o magnífico texto.

“I am not a client, a customer, nor a service user. I am not a shirker, a scrounger, a beggar nor a thief.
I am not a national insurance number, nor a blip on a screen. I paid my dues, never a penny short, and was proud to do so.
I don’t tug the forelock but look my neighbour in the eye. I don’t accept or seek charity.
My name is Daniel Blake, I am a man, not a dog. As such I demand my rights. I demand you treat me with respect.”
I, Daniel Blake, am a citizen, nothing more, nothing less. Thank you.”

“Não sou um cliente, nem um consumidor, nem um utente de serviços. Não sou um mandrião, nem um pedinchas, nem um mendigo, nem um ladrão.
Não sou um número de cartão de segurança social, nem uma mancha no ecrã de computador. Pago os meus impostos, nunca a dever sequer um cêntimo, e sempre me orgulhei disto.
Nunca me ponho em bicos de pés e viro-me para os outros com os olhos nos olhos. Não aceito nem procuro a caridade.
Chamo-me Daniel Blake, sou um homem, não sou um cão. Como tal, exijo os meus direitos. Exijo que me tratem com respeito.
Eu, Daniel Blake, sou um cidadão, nada mais, nada menos. Obrigado.”

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