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«Tu vives — mãe adormecida —
nua e esquecida,
seca,
fustigada pelos ventos,
ao som de músicas sem música
das águas que nos prendem…
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Ilha:
teus montes e teus vales
não sentiram passar os tempos
e ficaram no mundo dos teus sonhos
— os sonhos dos teus filhos —
a clamar aos ventos que passam,
e às aves que voam, livres,
as tuas ânsias!
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Ilha:
colina sem fim de terra vermelha
— terra dura —
rochas escarpadas tapando os horizontes,
mas aos quatro ventos prendendo as nossas ânsias! »
Amílcar Cabral - Praia, Cabo Verde, 1945
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sorriso diz: | 19/Jan/2009 1:55 | |
Amigo: podes, se queres, relembrar no teu blog o assassinato de Amilcar Cabrar. Envio-te um poema (há outros mais revolucionários) e uma canção. Beijos. ILHA |
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