segunda-feira, 10 de outubro de 2011

No centenário do nascimento de Manuel da Fonseca




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Nº 313 - Set/Out 2011 • Efeméride

A melhor forma de reviver, hoje, os tempos de exploração, miséria e repressão, mas também de luta no Alentejo, antes de 1974, passa por uma leitura atenta de alguns livros seminais de Manuel da Fonseca – cujo centenário do nascimento se celebra em Outubro de 2011.
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Um intelectual visceralmente ligado ao povo
ou um filho do povo cuja obra o fez um intelectual (1)
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A melhor forma de reviver, hoje, os tempos de exploração, miséria e repressão, mas também de luta no Alentejo, antes de 1974, passa por uma leitura atenta de alguns livros seminais de Manuel da Fonseca – cujo centenário do nascimento se celebra em Outubro de 2011. Além da sua poesia, são de referir, em particular, os contos de Aldeia Nova e de O Fogo e as Cinzas, bem como os romances Cerromaior e Seara de Vento.
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Voz por excelência de um certo Alentejo, que, por vezes, se faz eco ainda dos dias da Primeira República (1910-1926), mas que sobretudo recria as primeiras décadas do chamado Estado Novo salazarista (eram os tempos da Guerra Civil espanhola (1936-1939) e da II Guerra Mundial (1939-1945)), Manuel da Fonseca conduz-nos mais tarde aos anos sessenta e inícios de setenta através dos saborosos textos de À Lareira, nos Fundos da Casa onde o Retorta Tem o Café (2000), inicialmente publicados no Diário Popular, entre 1969 e 1971. Textos breves, situados entre o conto e a crónica, desde logo, se distinguem pelo fino sentido de humor, pela capacidade de transfiguração do quotidiano e pelo inigualável talento de contador de histórias do autor, que, neste livro, se manifesta sobretudo nas vozes do narrador e da personagem de Álvaro Montes.
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Porque estes eram, de facto, traços marcantes do carácter de Manuel Lopes da Fonseca. Indissociáveis do seu amor à vida e do gosto pelo convívio franco com os seus semelhantes, deixaram gratas memórias em todos os que tiveram o privilégio de com ele acamaradar, quase sempre em redor de uma mesa onde não podiam faltar o cheiro a tabaco e o sabor do café, do bagaço ou do vinho tinto. Quantos não lamentarão, ainda hoje, que muitas das histórias ouvidas da boca do autor de Rosa dos Ventos, no seu inesquecível sotaque alentejano, se tenham perdido sem nunca chegarem ao papel?
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Um percurso de vida
Personalidade cativante, Manuel da Fonseca nasceu em Santiago do Cacém a 15 de Outubro de 1911, no seio de uma família da pequena-média burguesia de província. Originário de Castro Verde, o avô paterno, de raízes camponesas, estabelecera-se como ferreiro nesta vila próxima da costa alentejana, para escapar a perseguições motivadas por razões sociais e políticas. O pai, que se tornaria empresário, era pintor autodidacta, grande conversador e contador de histórias. Oriunda de uma família miguelista com ascendência espanhola, a mãe era filha de farmacêutico. Ambas as casas, a dos avós maternos e a dos paternos, proporcionaram a Manuel da Fonseca o primeiro convívio com os livros. Na biblioteca do avô paterno viria a descobrir obras de Garrett, Victor Hugo, Zola, Eça e mesmo O Capital, de Marx. Após a morte do irmão mais novo, que marcou dolorosamente a sua infância (leia-se o conto «O primeiro camarada que ficou no caminho», de Aldeia Nova), os pais vão viver para Lisboa, ficando Manuel da Fonseca entregue aos avós. Por volta de 1923, e a fim de prosseguir os estudos secundários, junta-se à família em Lisboa, regressando à vila natal por ocasião das férias escolares. Frequenta várias escolas e, em 1926, no Liceu Camões, é colega de Álvaro Cunhal, dois anos mais novo.
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Registe-se, antes de avançarmos, que tanto no primeiro romance, Cerromaior (1943), como, sobretudo, na colectânea de contos com que se estreia em livro na narrativa de ficção, Aldeia Nova (1942) – vejam-se «O sete-estrelo», «Viagem», «Nortada» e outras histórias, protagonizadas quase sempre pela personagem de Rui –, é possível ler a ficcionalização de episódios de uma existência, entre infância e juventude, que, em parte, correspondem a uma projecção, de cunho autobiográfico, da vida de Manuel da Fonseca até finais da década de trinta. Com capas desenhadas por um companheiro de geração, o pintor Manuel Ribeiro de Pavia, ambos os livros nos oferecem, a par da singular paisagem alentejana, a representação de uma geografia humana, sócio-económica e cultural cujo núcleo é Cerromaior, recriação ficcional da vila de Santiago do Cacém nessa época. Como eixos temáticos desta ficção, encontramos, desde logo, a exploração das massas camponesas pelos senhores do latifúndio; a pobreza e a fome decorrentes do trabalho sazonal, das jornas de miséria e do desemprego; o alcoolismo, o analfabetismo e a violência doméstica; além das migrações de trabalhadores vindos do Algarve para servir, em ilusória busca de melhor vida, nos campos e arrozais do Alentejo, sob a impiedosa supervisão dos capatazes. Num cenário cujo horizonte é sempre a bela mas interminável planície sem «horizontes» de vida, assiste-se à ruína dos pequenos proprietários endividados; ao marasmo das vilas e aldeias condenadas ao isolamento pela precariedade dos transportes (alguns dos contos referem ainda a diligência), pela carência de indústria e de vias de comunicação capazes; às tensões sócio-económicas e familiares no seio da burguesia rural, amparada numa administração local ao seu serviço; ou ainda à maledicência, à hipocrisia e ao quotidiano monótono e asfixiante da pequena burguesia e dos funcionários menores, marcados pela estreiteza de vistas em matéria de costumes. Em suma, um rol de problemas sociais, económicos e culturais que os governos burgueses da Primeira República não lograram (ou não quiseram) atalhar e que a ditadura fascista veio exacerbar, recorrendo quer à repressão policial – que se abate sobre o mínimo gesto de resistência ao status quo – quer à aplicação de uma justiça de classe que protegia a violência e as arbitrariedades dos latifundiários e condenava, invariavelmente, trabalhadores agrícolas e malteses.
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Mas tanto Aldeia Nova (nas suas várias reedições aumentadas) como Cerromaior permitem, por outro lado, descobrir tipos sociais e certas figuras individuais de homens e mulheres, que, retratados com talento e poder de observação, matizam a paisagem humana e social do Alentejo, tornando-a quase mítica. Que leitores atentos de Manuel da Fonseca não conservam na memória gente inesquecível como o sapateiro Estróina, o bêbado Zé Limão, Campanelo – o admirável contador de histórias –, o barbeiro Mestre Finezas – actor e músico frustrado num meio que o não entende nem valoriza –, Maria Campaniça, o porqueiro Zé Cardo – sonhando a «Aldeia Nova», símbolo de um mundo diferente e melhor –, a mondadeira algarvia Maria Altinha, os trabalhadores agrícolas, unidos pelo cante, cuja música de fundo escutamos em várias passagens, ou o velho Doninha (o carteiro demente de Cerromaior)? Outros se lhes vêm juntar, mais tarde, com o Fogo e as Cinzas (1953), como o senhor Rodrigo, fotógrafo, o bombeiro Leonel Badanas, o vagabundo Rana, ou as vidas falhadas de André Juliano, Chico Biló e mestre Poupa, já num tempo em que o rádio e os primeiros automóveis chegavam ao Alentejo, e o velho largo da vila deixava de ser o «centro do mundo» (leia-se, a propósito, o «O Largo», mais do que um conto, um poema em prosa, dos mais belos e comoventes da literatura portuguesa).
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Desta galeria de figuras – que por vezes comparecem em vários contos e poemas, conferindo unidade ao universo ficcional – sobressaem, por um lado, o maltês, presença recorrente em Manuel da Fonseca e figuração do marginal andarilho, misterioso e insubmisso (convertido numa das personagens nucleares de Cerromaior); e, por outro, toda uma série de figuras infantis cuja representação se deixa imbuir de lirismo, de graça e de incontida ternura, trazendo à lembrança outros meninos – tantos! – que igualmente povoam os livros de Alves Redol, de Soeiro Pereira Gomes e de outros companheiros de geração do autor.
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Regressemos, porém, ao final dos anos vinte e sobretudo à década de trinta, época em que o criador de todas estas personagens publica os seus primeiros textos literários na imprensa (principalmente em O Diabo, espaço de divulgação por excelência dos neo-realistas) e, em simultâneo, procura garantir a sobrevivência numa capital cujos encantos aprende a descobrir – e cujos dramas retratará, mais tarde, em livros de ambiência urbana como Um Anjo no Trapézio (1968), Tempo de Solidão (1973), O Vagabundo na Cidade (2000, textos inicialmente publicados em 1967-68) e Pessoas na Paisagem (2002, crónicas vindas a lume entre 1963 e 1971). Praticante entusiasta de desporto (chegou a jogar futebol nos iniciados do Sporting; praticou esgrima, ténis, equitação, toureio e automobilismo; venceu, inclusive, um campeonato nacional de pesos médios em boxe (2)), Manuel da Fonseca preza, sobretudo, o convívio com companheiros de boémia – que cultivará como ninguém e lhe franqueará as portas das tertúlias de escritores e artistas que, pelos cafés da baixa de Lisboa, em finais dos anos trinta, estão na origem do movimento neo-realista: Redol, Mário Dionísio, José Gomes Ferreira, Pavia, Abel Manta, Lopes-Graça e outros. Mais tarde, relacionar-se-á com o grupo de Coimbra – Joaquim Namorado, João José Cochofel, Carlos de Oliveira, Fernando Namora – que, em 1941, lhe edita o segundo livro de poesia, Planície, na emblemática colecção «Novo Cancioneiro», com a qual o Neo-Realismo português consubstancia, em poesia, um ideário estético a que subjaz um «novo humanismo», ou seja, um posicionamento ideológico perante o mundo, de raiz marxista e antifascista, solidário com os deserdados da vida.
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Antes, Manuel da Fonseca frequentara a Escola de Belas Artes, mas começa entretanto a trabalhar. Com uma estabilidade laboral problemática, conhecerá, ao longo da vida, os mais diversos empregos. Como escreve Luísa Duarte Santos, «Faz e refaz a sua vida. Muda de lugares. Muda de amores. Muda de empregos. Precisava de ócio, o ócio essencial ao artista e ao processo criativo.» (3). Dos arquivos da PIDE/DGS, já por volta dos anos sessenta, «constam informações de que tem a profissão de escritor e que vive exclusivamente dos rendimentos do seu trabalho» (4).
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O intelectual comunista
Para melhor se entender a personalidade de Manuel da Fonseca – tanto o percurso do intelectual lutador, comprometido com as questões candentes do seu tempo histórico, como a sua condição de protagonista do Neo-Realismo português –, importa no entanto salientar outros traços, no campo da intervenção política, habitualmente relegados para segundo plano por críticos e entrevistadores, designadamente a sua fidelidade ao ideal comunista.
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Os primeiros contactos de Manuel da Fonseca com o PCP datam dos anos trinta, ou seja, de um tempo de juventude em que encetava um convívio, que se tornaria profícuo, com figuras ligadas às artes, às ciências e à vida política, como Bento de Jesus Caraça, o arquitecto Keil do Amaral, os pintores Maria Keil e Pavia, o escritor e crítico musical Manuel de Lima e homens de letras como Ferreira de Castro, Mário Dionísio, Armindo Rodrigues, Redol. Militante comunista desde os anos quarenta, integra o colectivo partidário numa fase decisiva da história do Partido – a da Reorganização de 1940/41 e dos III e IV Congressos (o I e o II ilegais), realizados respectivamente em 1943 e 1946 –, coincidente com o reacender da luta clandestina e da mobilização das massas contra o fascismo, com especial incidência no Alentejo e nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo. Ou seja, um período em que boa parte dos quadros de direcção formados nos anos da Reorganização provinha da classe operária e se forjava na intervenção directa em lutas de massas (5), e no quadro de uma dinâmica que passou igualmente pela juventude e pela intelectualidade comunistas. Como escreve Manuel Gusmão (6), «a primeira metade da década de 40 exemplifica uma tendência que marca a história do PCP: é nos momentos em que cresce (se amplia, se aprofunda) e se renova a influência orgânica na classe operária que cresce também a influência entre os intelectuais. Esta tese pode formular-se também assim: não há qualquer incompatibilidade, antes há uma correlação efectiva, entre influência operária e influência intelectual.»
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Neste contexto, Manuel da Fonseca participa nos célebres passeios de barco, Tejo acima (que, a par da actividade conspirativa longe dos olhares da PVDE/PIDE, propiciavam o convívio entre homens e mulheres das artes, da ciência e da acção política clandestina, como Redol, Soeiro, Álvaro Cunhal, Dias Lourenço, Caraça, Lopes-Graça, Piteira Santos e tantos outros), e, em 1945, adere ao MUD – Movimento de Unidade Democrática. Faz parte, em 1947, da Comissão Distrital do MUD de Lisboa e apoia, dois anos volvidos, a candidatura de Norton de Matos à Presidência da República. Em 1951, integra o Comité Nacional da Defesa da Paz e, em 1958, apoia a candidatura de Arlindo Vicente à Presidência e, na sequência da desistência deste, a de Humberto Delgado. Já na década seguinte, vemo-lo integrar a comissão de apoio à oposição democrática, que, em 1961, se propõe disputar as eleições para deputados da Assembleia Nacional fascista. Adere, em 1969, à CDE – Comissão Democrática Eleitoral, durante a campanha para a eleição de deputados, quatro anos após a Sociedade Portuguesa de Escritores atribuir o Prémio de Novelística a Luuanda, de Luandino Vieira, então preso no Tarrafal. Dado que Manuel da Fonseca integrava o júri, a 22 de Maio de 1965 é preso pela PIDE e acusado de actividades contra a segurança do Estado. Detido em Caxias é submetido a vários interrogatórios.
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A actividade política de Manuel da Fonseca não cessou com o fim da resistência ao fascismo após o 25 de Abril. Continuou a ser um homem e artista interveniente, quer no seio dos intelectuais comunistas, e não só, quer, por exemplo, como candidato da CDU por Setúbal, em 1983, nas eleições legislativas desse ano.
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Um escritor nas encruzilhadas da História
«Visceralmente ligado ao povo», como afirmou Álvaro Cunhal por ocasião da sua morte em 11 de Março de 1993, Manuel da Fonseca é autor de uma escrita indissociável de um tempo histórico e do pano de fundo ideológico e estético do Neo-Realismo português, muito embora a crítica seja unânime em reconhecer a singularidade da sua poesia (poemas que, não raro, desenham inesquecíveis tipos humanos e contam histórias) e da sua prosa, imbuída de lirismo, de sentido do trágico, mas também do cómico (e da consciência, por vezes, do absurdo existencial), rica em diálogos impregnados de sentido dramático – que convidam à adaptação teatral, como aconteceu com Seara de Vento, em 1975. Uma escrita parcimoniosa nos recursos lexicais, mas dúctil e fluente, poética e lírica, que surpreende pela visualidade e sensorialidade. Quase ouvimos esse tão simbólico vento que flagela Seara de Vento e testemunhamos a sua violência sobre um cenário físico e humano de contornos expressionistas, em que sobressaem as extraordinárias figuras da velha Amanda Carrusca e de Palma – o camponês insubmisso, vítima da sanha persecutória de um latifundiário e das forças da Guarda ao seu serviço – sobre um pano de fundo que deixa entrever a acção organizada dos camponeses e em que surge já integrada a filha, Mariana, demonstrando que «Um homem só não vale nada!». Uma escrita de certeira notação descritiva, na captação dos tipos humanos e da paisagem, que, não poucas vezes, se deixou influenciar pelo cinema, como é visível em O Fogo e as Cinzas (1953) e em Seara de Vento (1958).
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Não cabem, no espaço deste texto evocativo, uma problematização, que seria longa e complexa, quer da corrente neo-realista quer das célebres críticas ao «umbilicalismo» do anterior movimento da Presença (subscritas, entre outros, por Álvaro Cunhal), quer das polémicas no interior do próprio Neo-Realismo português. Diremos apenas que a geração de intelectuais e artistas que foi a de Manuel da Fonseca não pôde, nem quis, manter-se indiferente, por um lado, a um contexto histórico marcado pela janela de esperança, aberta aos povos, pelo socialismo soviético e pelos governos de Frente Popular (unidade de socialistas, comunistas e outras forças republicanas e democráticas), tanto em França, como em Espanha. Por outro lado, não lhe foi possível ignorar a ameaça e posterior domínio do nazi-fascismo na Europa, logo concretizados na tragédia da agressão franquista à República espanhola, amparada na capitulação das democracias burguesas europeias, na retaguarda proporcionada por Salazar e no apoio militar de Hitler e de Mussolini. Recorrendo, assim, a uma definição sucinta, demasiado simplificadora, é certo, diremos que, «quando falamos em neo-realismo, estamos a cobrir com esta designação um conjunto de autores e de obras» que, a partir de finais da década trinta do século XX e até à década de sessenta, «inscrevem um projecto de relacionar literatura e história de uma forma empenhada, em função de um desejo de transformação revolucionária da sociedade cujas injustiças são denunciadas» (7). Autores que, contrariamente à opinião dos seus detractores, não ignoraram a renovação das linguagens e das formas promovida pelas vanguardas artísticas do início do século XX, e que, estribados no materialismo histórico, se revelaram, eles próprios, inovadores e modernos em múltiplos aspectos. Para citar um punhado de exemplos dos anos 40-60, e ignorando a segunda geração neo-realista, são vivo testemunho da renovação operada na literatura portuguesa do século XX a poesia e os romances de Carlos de Oliveira, livros como Esteiros, de Soeiro Pereira Gomes, e Gaibéus, Avieiros ou Barranco de Cegos, de Alves Redol, a que devemos juntar os melhores romances de Namora, a poesia e a prosa de José Gomes Ferreira, bem como os contos, romances e poemas de Manuel da Fonseca. Poemas – os de Rosa dos Ventos e de Planície – capazes, como nenhuns outros, de transmitir a «realidade trágica» do Alentejo(8) (com ecos de García Lorca e do cancioneiro popular em Planície), mas também toda a sua beleza e a força transformadora do seu povo. Porque, do olhar do poeta, «sai uma estrela voando nas trevas / tocando de esperança o coração dos homens de todas as latitudes», e ele sente-se capaz de «destruir esta civilização capitalista, que inventou o domingo. (…) uma das coisas mais belas / que um homem podia fazer na vida!» (9)
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Notas
(1) Álvaro Cunhal (1993), testemunho citado em «Faleceu Manuel da Fonseca», Avante!, 18 de Março de 1993, p. 5.

(3) Luísa Duarte Santos (2011), «Manuel da Fonseca, voz do vento», in David Santos e Luísa Duarte Santos (org.). Manuel da Fonseca: Por Todas as Estradas do Mundo. Vila Franca de Xira: Museu do Neo-Realismo (pp. 33-53), p. 45.
(4) João Machado, texto citado.
(5) Álvaro Cunhal (2007), Prefácio (de 1997) ao Informe Político do Comité Central ao IV Congresso do PCP, in Obras Escolhidas, I (1935-1947). Lisboa: Edições «Avante!», p. 400.
(6) Manuel Gusmão (2011), «O Partido e os intelectuais nos anos 40 – O caso Bento de Jesus Caraça», O Militante, n.º 312, Maio/Junho de 2011, secção Cultura, p. 34.
(7) Nuno Júdice (2009), «Cinza e rosa no eixo do real», in Luísa Duarte Santos (org.). Escrevivendo Urbano, Catálogo da exposição biobibliográfica. Vila Franca de Xira: Museu do Neo-Realismo (pp. 51-56), p. 51.
(8) Alexandre Pinheiro Torres (2002), «Neo-Realismo (1935-1950)», in Óscar Lopes e Maria de Fátima Marinho (dir.). História da Literatura Portuguesa: As Correntes Contemporâneas. Lisboa: Alfa (pp. 183-234), p. 219.
(9) Manuel da Fonseca (1975), Poemas Completos. Lisboa: Forja, pp. 83 e 95.

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