Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
sábado, 8 de setembro de 2012
Papiniano Carlos - ITINERÁRIO
Os milhares de anos que passaram viram
a nossa escravidão.
NÓS carregámos as pedras das pirâmides,
o chicote estalou,
abriu rios de sangue no nosso dorso.
NÓS empunhámos nas galés dos césares
os abomináveis remos
e o chicote estalou de novo na nossa pele.
A terra que há milhares de anos arroteámos
não é nossa,
e só NÓS a fecundamos!
E quem abriu as artérias? quem rasgou os pés?
Quem sofreu as guerras? quem apodreceu ao abandono?
E quem cerrou os dentes, quem cerrou os dentes
e esperou?
Spartacus voltará: milhões de Spartacus!
os anos que aí vêm hão-de ver
a nossa libertação.
Poema de Papiniano Carlos, nascido em 9 de Novembro de 1918
http://cadernosemcapa.blogspot.pt/2010/11/nos-92-anos-de-papiniano-carlos.html
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