* José Pacheco Pereira
11.11.15
18:11 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (12)
Quando é que os jornalistas, que seguem quase unanimemente a linha do "quem paga" como único critério para avaliar o mérito de qualquer medida e repetem à saciedade a mesma pergunta, se interrogam sobre se essa pergunta deve ser a primeira a ser feita, e se deve ser feita do modo que é feita, e se não há toda uma carga ideológica (e uma série de simplismos mais que rudimentares) nessa maneira de colocar a questão?
A resposta é sempre, nós os contribuintes. Portanto, alguém há-de pagar. Mas será que a pergunta nos diz alguma coisa sobre quem são os contribuintes que deviam pagar mais e não pagam, os que fogem aos impostos perante a complacência do estado, ou os que tem isenções fiscais que podem ser cortadas, ou as despesas que são feitas e não deviam ser feitas, ou sobre se há justiça distributiva em quem paga, ou até, se se justifica que se pague mais. Não, não nos diz nada.
É que se for assim, a pergunta "quem paga" quer dizer "isso não se deve fazer", não se devem aumentar salários, pensões, reformas, etc. E como a pergunta não é feita noutras circunstâncias, é uma pergunta profundamente viciada pela miserável ideologia que circula nos nossos dias e que muita gente interiorizou sem pensar no que está a dizer, ou porque é hostil a que se "pague" a alguns e nunca faz a pergunta a outros.
Ora eu conheço mil e um exemplos em que a pergunta "quem paga" tem todo o sentido de se fazer e ninguém a faz.
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11.11.15
12:27 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (11)
Um dos aspectos da radicalização à direita é o facto de muita gente preferir um governo de gestão que sabe ser muito prejudicial ao país, à existência de um governo de centro-esquerda como é o do PS.
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10.11.15
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15:26 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (10)
Então os juros estão a baixar e a Bolsa a subir? Se eu fizer a mesmo tipo de "análises" que Passos e Portas fizeram e o formigueiro dos seus ecos "sociais" reproduzem, devo concluir que os "mercados" estão contentes com a queda do governo?
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12:44 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (9)
Portas diz que mudou a posição face à Europa em 1998. É falso. Concorri contra ele nas eleições ao Parlamento Europeu em 1999 e sei muito bem quais eram as posições do candidato da palmeta e da pêra-rocha. Será preciso republicar a propaganda do CDS-PP para lhe lembrar o que ele dizia do escudo, da "venda" de Portugal pelo PSD e pelo PS, e o ataque a Mário Soares, também candidato?
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12:30 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (8)
Portas fala dos "estados de alma" do PCP. Alguém lhe explica que o PCP é o único partido daquela sala que não tem estados de alma.
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12:11 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (7)
O discurso de Portas é o melhor exemplo do radicalismo que justifica classificar a coligação como de direita. É um discurso de vingança. Está bem e é conforme aos seus costumes.
Geringonça, bebedeira, ressaca...
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12:03 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (6)
1917, Palácio de Inverno... Se quiserem dou-lhes um curso sobre a Revolução Russa para perceberem a enormidade das asneiras que dizem.
Quando se ouve isto fica-se totalmente arrogante. Faz bem à saúde perante as insanidades que se ouvem.
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11:58 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (5)
Até Mário Centeno dá uma dura lição ao PAF. Sem ambiguidades. Tivesse o PS assumido um décimo desta linguagem clara sobre as falsidades do governo PSD-CDS e teria outros resultados eleitorais. Só agora perceberam.
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10:55 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (4)
Por que é que, pelo menos os Verdes não batem palmas ao discurso do solitário deputado do PAN que disse muita coisa com que eles concordam?
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10:18 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (3)
"Quando Catarina chegar ao aeroporto num avião da Aeroflot..."
Mas que indigência política da intervenção do PSD!
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10:14 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (2)
O estúpido sectarismo à esquerda faz com que na Assembleia os grupos parlamentares do PS, BE e PCP não batam palmas às intervenções uns dos outros. Será que ainda não perceberam que estão metidos num caminho comum?
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9.11.15
00:31 (JPP)
DIÁRIO DE UM TEMPO DIFERENTE (1)
Qual foi o percursor deste acordo? O encontro da Aula Magna.
O "espírito" do encontro, patrocinado por Mário Soares, foi o único nestes últimos quatro anos que teve a presença do PS, do BE e do PCP. Foi o encontro do "contra", o mesmo "contra" que empurrou todos os partidos da esquerda a entenderem-se.
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