28 de janeiro de 2018 - 18h24
Há 165 anos, em 28 de janeiro de 1853, nascia em Havana o herói nacional de Cuba, José Martí. Em homenagem a esta data, publicamos um cordel criado pelo poeta popular, escultor, xilógrafo e produtor cultural, o cearense Hamurábi Bezerra Batista, a pedido da Associação Cultural José Martí do estado do Espírito Santo – ACJM/ES
A história de José Martí e da revolução cubana
Autor: Hamurábi Batista
Ele veio à luz em Cuba
A 28 do mês
No final desse janeiro
Do ano 53
Do século dezenove
José Matí, havanês.
Mariano era o seu pai
De Valência natural
Leonor Perez Cabrera
A sua mãe afinal
Foi jornalista e filósofo
Poeta, e intelectual.
Desde a sua mocidade
Suas ideias eram várias
E demonstrou simpatias
Das mais revolucionárias
Que havia entre os cubanos
Germinando aquelas áreas.
Quando tinha quinze anos
Uma rebelião surgiu
Em busca da independência
O grito bravo e hostil
Que libertou aos escravos
Desafiando o poderio.
Foi Carlos Manuel de Céspedes
Quem essa façanha fez
A luta de várias décadas
Começou naquela vez
Daquelas grandes pelejas
Nós destacaremos três.
Teve a Guerra dos Dez Anos
Ou Grande Guerra chamada
Também a Guerra Chiquita
Durante um ano travada
E a Guerra Hispano-Cubana
Ou Guerra Chica falada.
Numa escola secundária
Que cursou na adolescência
Do mestre Rafael Mendive
Nutriu a grande influência
Contra o domínio espanhol
A total independência.
Iniciou na política
O seu ativismo honrado
Nuns jornais separatistas
Diretamente empenhado
Mas seu professor Mendive
Foi preso e após deportado.
Com a prisão de seu mestre
Cristalizou sua luta
Numa atitude rebelde
Muito forte e resoluta
Versus a Espanha invasora
Acrescentando à disputa.
No ano 69
Aos seus dezesseis de idade
Publicou folhas impressas
E fez a publicidade
De ideias separatistas
E o rumo da liberdade.
Distribuiu um periódico
Numa intenção temporária
Por esse motivo preso
Em uma ação arbitrária
Por divulgar conteúdo
De ordem revolucionária.
Pelo invasor espanhol
Foi ele então condenado
A seis anos de prisão
Sob trabalho forçado
Que acabou resultando
Bastante debilitado.
Sendo assim que conseguiu
A um indulto obter
No ano 71
Para dalí ocorrer
Deportação para Espanha
Onde passou a escrever.
Seu estilo idealista
Mui presente e vigoroso
O tornara conhecido
E bastante estudioso
E dedicou se ao Direito
Com um zelo prestimoso.
Da República Espanhola
Viu sua proclamação
Quando escreveu sua crítica
À grande contradição
“Revolução na Espanha
E lá em Cuba a opressão.”
No ano 74
O doutorado ele fez
Em Letras, Filosofia
Como também fez em Leis
Naquela universidade
Que em Zaragoza perfez.
No ano 75
Para o México partiu
Se aproximando de Cuba
O objetivo incluiu
Com a população indígena
José Martí interagiu.
Sendo assim intensificou
O que batalhava em prol
A luta contra o racismo
E o clamor de sol a sol
A exploração da igreja
E o domínio espanhol.
Quando a Guerra dos Dez anos
Finalmente terminou
Seguindo destino a Cuba
Jose Martí regressou
E com Calixto Garcia
Ao Comitê que fundou.
Um ano de seu regresso
De novo foi deportar
Quando da Guerra Chiquita
Não pode participar
Mas pros Estados Unidos
Foi da Espanha pra lá.
Em Nova York entretanto
Ao Comitê organiza
O seu primeiro discurso
Nos States realiza
Forças revolucionárias
Num chamado prioriza.
“Com lágrimas não se conquista
Para os direitos o endosso
Para o futuro sombrio
Se abandonarmos o esforço
Da nossa terra assolada
E sufocada no fosso.”
Viajou pra Venezuela
No ano de 81
Achou com Simon Bolívar
A identidade em comum
“Os latinos das Américas
O povo todo é só um.”
Far-se-ia a pátria livre
E próspera a sua classe
Se dos Estados Unidos
A gente se afastasse
E cultivasse o cultura
Que ela mesma criasse.
Fundou o PRC
No ano 92
Escreveu um documento
Pra insurreição que propôs
Chamado de Montecristi
O Manifesto que expôs.
E regressou para Cuba
Do Haiti proveniente
Quando seiscentos soldados
De forma surpreendente
Emboscaram-no num ataque
Deveras muito potente.
Em 19 de maio
Foi baleado e abatido
Sendo depois destacado
Por mentor reconhecido
Da Revolução Cubana
Diretamente influído.
José Martí das Américas
Ele é de todos países
Do continente é a voz
Das lutas as mais felizes
Pra derrotar o império
As principais diretrizes.
Do imperialismo nascente
A denúncia efetivar
Das terríveis consequências
Que poderá provocar
Caso os revolucionários
Não consigam se ajuntar.
“Pois o revolucionário
Não busca por seu prazer
Porém o lado que possa
Habituar-se ao dever
Pois os seu sonho de hoje
É Lei que amanhã vai ser.”
“Ardentes e ensanguentados
Dos séculos, no caldeirão
Notou a ferver os povos
Ao dirigir sua visão:
No futuro a diferença
É resultante da ação.”
FIM
http://www.vermelho.org.br/noticia/307060-1
De Vitória (ES), Cláudio Machado para o Portal Vermelho
http://www.vermelho.org.br/noticia/307060-1
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