* Filipe Chinita
madrugada
de solitário
(prazer)
amando-
me
.
nada
como
à 01.50 da madrugada
me apetecer...
esquartejar
metade
de
um
dos (meus) duros queijos
de ovelha alentejanos
mergulhados...
durante
meses
em frascos
de azeite
e louro
colocando-o
aprisionado na mão esquerda
e a navalha de a minha direita
cortando-o... nas mais finas
em que me possa
eu exprimir
deixando
-lhe
brilhar...
os interiores olhinhos
repassados de prazer
que lhe dão
um sabor
único...
tão
único...
que me deu
agora mesmo
mesmo! a estas horas
uma desalmada fome
de me deixar inundar
da sua intensidade
na
minha boca...
tomando-a toda.
de sabor...
tomando-me todo.
de prazer...
até
ao cérebro
.
fj
02.02
21.11.2021
13:19
amar... é perdermo-nos de nós.no outro
fundindo-nos... num outra identidade.
mútua. e não mais individual.
nem que por momentos
.
fj
12.59
22.11.2021
diria mais...
amar... é sermos o outro
e não mais (só) nós.próprios
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