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Partilhado por Jorgete Teixeira
Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
1 | QUÃO amáveis são os teus tabernáculos, SENHOR dos Exércitos! | ||||||||||||||||||||||||||||||
2 | A minha alma está desejosa, e desfalece pelos átrios do SENHOR; o meu coração e a minha carne clamam pelo Deus vivo. | ||||||||||||||||||||||||||||||
3 | Até o pardal encontrou casa, e a andorinha ninho para si, onde ponha seus filhos, até mesmo nos teus altares, SENHOR dos Exércitos, Rei meu e Deus meu. | ||||||||||||||||||||||||||||||
4 | Bem-aventurados os que habitam em tua casa; louvar-te-ão continuamente. (Selá.) | ||||||||||||||||||||||||||||||
5 | Bem-aventurado o homem cuja força está em ti, em cujo coração estão os caminhos aplanados. | ||||||||||||||||||||||||||||||
6 | Que, passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques. | ||||||||||||||||||||||||||||||
7 | Vão indo de força em força; cada um deles em Sião aparece perante Deus. | ||||||||||||||||||||||||||||||
8 | SENHOR Deus dos Exércitos, escuta a minha oração; inclina os ouvidos, ó Deus de Jacó! (Selá.) | ||||||||||||||||||||||||||||||
9 | Olha, ó Deus, escudo nosso, e contempla o rosto do teu ungido. | ||||||||||||||||||||||||||||||
10 | Porque vale mais um dia nos teus átrios do que mil. Preferiria estar à porta da casa do meu Deus, a habitar nas tendas dos ímpios. | ||||||||||||||||||||||||||||||
11 | Porque o SENHOR Deus é um sol e escudo; o SENHOR dará graça e glória; não retirará bem algum aos que andam na retidão. | ||||||||||||||||||||||||||||||
SENHOR dos Exércitos, bem-aventurado o homem que em ti põe a sua confiança. Salmo 121
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A Livraria Portugal, a funcionar há sete décadas na Rua do Carmo, no Chiado, em Lisboa, vai encerrar devido à quebra nas vendas, revelou um dos sócios, António Machado. A histórica livraria, que faria 71 anos em Maio, chegou a ter 50 funcionários, restando hoje cerca de uma dezena.
* Miguel Esteves Cardoso
O que Distingue um Amigo Verdadeiro Não se pode ter muitos amigos. Mesmo que se queira, mesmo que se conheçam pessoas de quem apetece ser amiga, não se pode ter muitos amigos. Ou melhor: nunca se pode ser bom amigo de muitas pessoas. Ou melhor: amigo. A preocupação da alma e a ocupação do espaço, o tempo que se pode passar e a atenção que se pode dar — todas estas coisas são finitas e têm de ser partilhadas. Não chegam para mais de um, dois, três, quatro, cinco amigos. É preciso saber partilhar o que temos com eles e não se pode dividir uma coisa já de si pequena (nós) por muitas pessoas.
Os amigos, como acontece com os amantes, também têm de ser escolhidos. Pode custar-nos não ter tempo nem vida para se ser amigo de alguém de quem se gosta, mas esse é um dos custos da amizade. O que é bom sai caro. A tendência automática é para ter um máximo de amigos ou mesmo ser amigo de toda a gente. Trata-se de uma espécie de promiscuidade, para não dizer a pior. Não se pode ser amigo de todas as pessoas de que se gosta. Às vezes, para se ser amigo de alguém, chega a ser preciso ser-se inimigo de quem se gosta.
Em Portugal, a amizade leva-se a sério e pratica-se bem. É uma coisa à qual se dedica tempo, nervosismo, exaltação. A amizade é vista, e é verdade, como o único sentimento indispensável. No entanto, existe uma mentalidade Speedy González, toda «Hey gringo, my friend», que vê em cada ser humano um «amigo». Todos conhecemos o género — é o «gajo porreiro», que se «dá bem com toda a gente». E o «amigalhaço». E tem, naturalmente, dezenas de amigos e de amigas, centenas de amiguinhos, camaradas, compinchas, cúmplices, correligionários, colegas e outras coisas começadas por c.
Os amigalhaços são mais detestáveis que os piores inimigos. Os nossos inimigos, ao menos, não nos traem. Odeiam-nos lealmente. Mas um amigalhaço, que é amigo de muitos pares de inimigos e passa o tempo a tentar conciliar posições e personalidades irreconciliáveis, é sempre um traidor. Para mais, pífio e arrependido. Para se ser um bom amigo, têm de herdar-se, de coração inteiro, os amigos e os inimigos da outra pessoa. E fácil estar sempre do lado de quem se julga ter razão. O que distingue um amigo verdadeiro é ser capaz de estar ao nosso lado quando nós não temos razão. O amigalhaço, em contrapartida, é o modelo mais mole e vira-casacas da moderação. Diz: «Eu sou muito amigo dele, mas tenho de reconhecer que ele é um sacana.» Como se pode ser amigo de um sacana? Os amigos são, por definição, as melhores pessoas do mundo, as mais interessantes e as mais geniais. Os amigos não podem ser maus. A lealdade é a qualidade mais importante de uma amizade. E claro que é difícil ser inteiramente leal, mas tem de se ser.
Um jovem casal ,com um filho prestes a nascer, e não aguentando as dificuldades financeiras em que vive, decide suicidar-se. Já mortos, são chamados a prestar contas dos seus dias em vida, o que os leva a reviver os seus momentos mais importantes, desde os mais optimistas e esperançados no futuro aos de desespero que os levam à própria morte e à negação da vida do filho. Assim são levados a reconhecer o erro que cometeram, mas já é tarde de mais. Mas fora do drama deste casal, outros homens não renunciam à vida e lutam para que "o dia seguinte" valha a pena ser vivido. . Apesar do drama das personagens, esta peça é marcada por uma ideia de esperança na humanidade e na marcha imparável da vida que, apesar das dificuldades que muitas vezes se impõem ao individuo, traz sempre um " dia seguinte", uma nova luz que renasce todas as manhãs. «Vale pelo menos como documento de uma época batida por todos os desesperos e rica de todas as promessas.» ( L.F: Rebello, pósfácio de Teatro I) . |