Nove mesi a la puzza: poi in fasciola
tra sbaciucchi, lattime e lagrimoni:
poi p'er laccio, in ner crino, e in vesticciola,
cor torcolo e l'imbraghe per carzoni.
Poi comincia er tormento de la scola,
l'abbeccé, le frustate, li geloni,
la rosalía, la cacca a la sediola,
e un po' de scarlattina e vormijoni.
Poi viè l'arte, er diggiuno, la fatica,
lo spedale, li debbiti, la fica,
er zol d'istate, la neve d'inverno...
per urtimo, Iddio ce' benedica,
è la morte, e finisce co l'inferno.
A VIDA DO HOMEM
Nove meses no fedor, depois nas faixas,
por entre crostas, beijocas, lagrimonas.
Depois à trela, na andadeira, em camisinha,
pára-turras na testa, cueiros por calções.
Depois começa o tormento da escola,
o á-bê-cê, a vergasta e as frieiras,
a rubéola, a caca na cagadeira
e um pouco de escarlatina e de bexigas.
Depois o ofício, o jejum, a trabalheira,
a pensão a pagar, as prisões, o governo,
o hospital, as dívidas, a crica,
o sol no verão, a neve no inverno...
E por último- e que Deus nos abençoe!-
vem a morte, e acaba no inferno.
http://euelaeaescrita.blogspot.pt/2009/10/soneto-de-giuseppe-gioachino-belli.html
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