terça-feira, 26 de julho de 2011

Górki: Pequeno-burgueses | A velha Izerguil e outros contos


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 January 31, 2011

January 31, 2011

Górki: Pequeno-burgueses | A velha Izerguil e outros contos


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Apresentamos duas obras de um dos grandes nomes da literatura russa dos séculos XIX e XX:  Maksim Górki, ficcionista de destaque e autor dramático pioneiro na criação de uma linha sócio-política no âmbito do drama moderno.
Pequeno-burgueses (1902) É a primeira peça de Górki, e foi escrita "devido a pedidos insistentes" do Teatro de Arte de Moscou. Segundo  Elena Vássina, autora da introdução desta edição,  a estrutura de Pequeno-burgueses  é tradicional, próxima ao tipo "drama familiar" , entretanto, " a ideia da peça é mais profunda e mais ampla do que uma simples amostra de um conflito familiar. Ao recriar o cotidiano do dia a dia de uma típica família russa do começo do século XX, o dramaturgo, como que através de uma lente de aumento, examina toda uma cosmovisão social, a qual ele classifica como a “mentalidade pequeno-burguesa”.
A tradução do livro Maksim Górki: Pequeno-burgueses é de Lucas Gomide e o texto integral da introdução, de Elena Vássina,  pode ser lida a seguir:
  


A velha Izerguil e outros contos  - coletânea de narrativas da fase inicial do autor russo que  trazem sua característica mistura de sopro romântico e observação realista, e contribuíram para a sua fama instantânea dentro e fora da Rússia. Eles mostram como traço comum um olhar renovado sobre as figurações literárias das classes populares do vasto império russo, apresentadas sem as tradicionais idealizações “camponesas”.
 Suite Pequenos Burgueses composta inicialmente para violino e piano, por Luís Gustavo Petri para o espetáculo teatral Pequenos Burgueses de M. Górki, dirigido por Jorge Takla.
Tolstoigorky
Maxim Gorky and Leo Tolstoy em Yasnaya Polyana - 1900




















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O legado de Gorki
Há em Gorki a força do natural e a beleza do espontâneo, que tanto fascinam, em nossa busca de legitimidade. Há também a transfiguração da realidade, o surrealismo da fuga ao legítimo, que é uma espécie de descanso do espírito, no seu enquadramento real.
O que a vida e a obra de Górki mostram não é o revolucionário perigoso que, segundo os seus adversários, teria envenenado o mundo através da literatura, mas o homem em que a memória, marcada pela lembrança das agruras sofridas e das injustiças presenciadas, anseia pela transfiguração do mundo.
A obra de Gorki centra-se no submundo russo. O ficcionista registrou com vigor e emoção personagens que integravam as classes excluídas: operários, vagabundos, prostitutas, gente humilde, homens e mulheres do povo. Autores realistas e naturalistas já tinham incorporado estes setores sociais à literatura, mas olhavam para os pobres de fora, apenas com piedade ou com frieza. Gorki, ao contrário, conhecia aquele universo por dentro – ele próprio era um desses desvalidos – e soube captar o que havia de mais profundo na alma do povo russo. Daí a impressão de autenticidade que suas obras nos transmitem.
Sem dúvida, ele foi o criador da chamada literatura proletária que teve seguidores no mundo inteiro em sua época. Mesmo que o mundo resolvesse suas diferenças e corrigisse as injustiças sociais, ainda assim faltaria o último toque, aquele toque que construiu o templo literário de Gorki, resistente às manobras ideológicas e imunes à ação do tempo Максим Горький
(Redireccionado de Maxim Gorky)
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