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Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Textos no Blog Ferreira de Castro
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terça-feira, 30 de agosto de 2011
Poesia de Sophia de Mello Breyner sobre o Mar
De Cecilia Barata · 1 de 218
"O mar azul e branco e as luzidias
Pedras – O arfado espaço
Onde o que está lavado se relava
Para o rito do espanto e do começo
Onde sou a mim mesma devolvida
Em sal espuma e concha regressada
À praia inicial da minha vida.
,
Sophia de Mello Breyner Andersen
..
.
"Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar."
Sophia de Mello Breyner Anderson
.
.
**********
.
Como o rumor do mar dentro de um búzio
O divino sussurra no universo
Algo emerge: primordial projecto.
Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa
Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.
Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós.
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim.
.
Victor Nogueira Uma extensa e boa praia de águas tépidas onde apetece mergulhar para serenar e refrescar o corpo e a alma, como se fosse a brisa acariciando o nosso rosto, com sabor a maresia, sal, sol e algas :-)*
há 19 horas
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terça-feira, 23 de agosto de 2011
"A lua de Joana", de Maria Teresa Maia Gonzalez
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Carregado por carlammendes1 em 5 de Abr de 2011
Trabalho elaborado por um grupo de alunos do oitavo ano de escolaridade da Escola E.B.2,3 Gil Vicente (Guimarães), no âmbito da "Oficina de Escrita"
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Carregado por ClubeVirtualLeitura em 21 de Fev de 2010
não existe nenhuma descrição disponível
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domingo, 21 de agosto de 2011
Alhambra (Granada) | Poemas de La Alhambra (XIV sec.), Francisco Tarrega
http://youtu.be/e7MEdlOYH7Y
Tu, Carmen Montesino e Hakkı Dogan Peker gostam disto.
(...)
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Victor Nogueira Olá, Carmen :-)*
há 5 horas · Gosto
Carmen Montesino Olá, Victor : )
há 5 horas · Não gosto · 1 pessoa
Victor Nogueira Vou partilhar. Em Portugal já fiz a rota das mjudiarias e do Islão. E gostaria de visitar Granada e Córdova, mas se calhar ia ficar desiludido. Seria quase como passear por Conímbriga. Nunca iria a visitar o que resta da Roma romana, só cacos
há 5 horas · Gosto
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Victor Nogueira Preferia visitar a Sicília que exerce sobre mim um mágico fascínio
há 4 horas · Gosto
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Victor Nogueira tal como Veneza
há 4 horas · Gosto
Carmen Montesino Não conheço Granada, mas penso que não ias ficar desiludido
há 4 horas · Gosto
Victor Nogueira :-)
há 4 horas · Gosto
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*****
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Carregado por minuicch em 31 de Ago de 2009
Alhambra (Granada)
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sexta-feira, 19 de agosto de 2011
Arriba Garcia Lorca !
o tempo das cerejas*
um blogue de esquerda em homenagem à Comuna de Paris
19/08/11
Nos 75 anos da sua execução pelos franquistas
Arriba Garcia Lorca !
Ana Belém canta Herido de Amor de Federico Garcia Lorca
Posted by VÍTOR DIAS at 16:27
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
RTPN - «O Douro nos Caminhos da Literatura»
- Correia da Fonseca
Vestígios
Em perfeita legítima defesa, na preocupação de escapar por algum tempo ao massacre por mediocridades e insignificâncias várias que nos diversos canais se alongam pelas tardes de domingo, pelo natural desejo de por algum tempo respirar em paz (pois o telespectador «respira» também pelos olhos e pelos ouvidos, mesmo quando não se dá conta disso), decidi no passado domingo ir ao encontro de Aquilino. Eram 20 horas, a altura dos telenoticiários principais, e eu sabia que essa havia sido a hora escolhida para a transmissão na RTPN da série «O Douro nos Caminhos da Literatura», agora em repetição. Note-se a sabedoria com que o horário foi escolhido: não apenas a exiguidade da audiência provável já estava garantida pelo facto de a RTPN só ser acessível a alguns, alguém sabiamente decidiu que os sete documentários que integram a série haveriam de ser transmitidos quando os três principais canais abertos estivessem a dar aos telespectadores as notícias do País e do mundo. Assim ficou praticamente garantido que a generalidade dos cidadãos telespectadores continuaria na ignorância total ou parcial relativamente aos sete escritores cujo perfil e obra eram abordados pela série: Torga, Junqueiro, João Araújo Correia, Domingos Monteiro, Trindade Coelho, Pina de Morais e Aquilino Ribeiro. Calculo que a estratégia tenha obtido pleno êxito: acerca de Aquilino e de Torga, mesmo de Junqueiro, ainda será possível encontrar com alguma facilidade quem tenha ideia de quem foram e do que escreveram. Mas de João Araújo Correia ou de Domingos Monteiro, quantos saberão deles o mínimo dos mínimos? Muito poucos, decerto, porque nisto de deportar escritores e livros para lugares e tempos onde dificilmente podem ser encontrados aRTP não brinca em serviço.
Como se…
Convém dizer que não foram apenas, nem sobretudo, o amor pela literatura e a admiração por aqueles sete escritores que motivaram esta série, aliás de arranque e concretização aparentemente difíceis e lentos: ter-se-á tratado principalmente de chamar a atenção dos portugueses para a região do Douro e as suas maravilhas naturais, isto no enganoso pressuposto de que a série teria ampla audiência. Tudo bem: a extraordinária beleza da região duriense está perfeitamente a par da grandeza de um Aquilino ou de um Torga, à altura do talento dos outros escritores biografados na série. Talvez para eventual reforço do prestígio da iniciativa foi contratada a colaboração de António Barreto e de Francisco José Viegas, este ainda longe então de subir a secretário de Estado, mas nem seria preciso tanto: os escritores biografados, pela obra e pelo percurso de vida, a paisagem pelo encanto e pela majestade, garantiriam o mérito que a série efectivamente teve. Infelizmente, porém, terá sido vista por pouco mais que um punhado de telespectadores, e é claro que esta circunstância nos devolve uma velha questão sempre remetida pela RTP para a penumbra das omissões mas sempre de fundamentalíssima importância: o crónico e manifesto desapreço da operadora estatal de TV pela cultura literária, pelos livros, pelos escritores, pela leitura. É um fenómeno dificilmente negável, por evidente, e curioso, pois é legítimo supor que quem comanda a RTP em funções de topo saiba ler e escrever e faça aceitável uso destas duas prendas. Contudo, não apenas os livros e a leitura estão reduzidos nas antenas daRTP a meros vestígios, aliás raros, excepto na «2» (e a mera consulta das tabelas de audiências é por si só bastante para que imaginemos as consequências desse exílio), como também o grosso da programação dos restantes canais acompanha avidamente os critérios ditos comerciais das estações privadas quando, de Norte a Sul, semeiam o conforto da ignorância convencida, a superficialidade, os minúsculos escândalos de patamar ou de viela, a incivilidade. Com momentos que funcionam como oásis, será certo. Mas são oásis onde só muito raramente se encontrará uma referência estimulante da leitura ou o explícito apreço pela condição de escritor. Neste caso, talvez só com uma excepção, a de António Lobo Antunes, espero um dia entender porquê, e agora também a de José Saramago que, tendo morrido, deixou de ser tão incómodo quanto era. Para lá disto, sublinho, sobram vestígios. Como se se quisesse consolidar um País que não leia. Isto é, que não pense
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Avante
Como se…
Convém dizer que não foram apenas, nem sobretudo, o amor pela literatura e a admiração por aqueles sete escritores que motivaram esta série, aliás de arranque e concretização aparentemente difíceis e lentos: ter-se-á tratado principalmente de chamar a atenção dos portugueses para a região do Douro e as suas maravilhas naturais, isto no enganoso pressuposto de que a série teria ampla audiência. Tudo bem: a extraordinária beleza da região duriense está perfeitamente a par da grandeza de um Aquilino ou de um Torga, à altura do talento dos outros escritores biografados na série. Talvez para eventual reforço do prestígio da iniciativa foi contratada a colaboração de António Barreto e de Francisco José Viegas, este ainda longe então de subir a secretário de Estado, mas nem seria preciso tanto: os escritores biografados, pela obra e pelo percurso de vida, a paisagem pelo encanto e pela majestade, garantiriam o mérito que a série efectivamente teve. Infelizmente, porém, terá sido vista por pouco mais que um punhado de telespectadores, e é claro que esta circunstância nos devolve uma velha questão sempre remetida pela RTP para a penumbra das omissões mas sempre de fundamentalíssima importância: o crónico e manifesto desapreço da operadora estatal de TV pela cultura literária, pelos livros, pelos escritores, pela leitura. É um fenómeno dificilmente negável, por evidente, e curioso, pois é legítimo supor que quem comanda a RTP em funções de topo saiba ler e escrever e faça aceitável uso destas duas prendas. Contudo, não apenas os livros e a leitura estão reduzidos nas antenas daRTP a meros vestígios, aliás raros, excepto na «2» (e a mera consulta das tabelas de audiências é por si só bastante para que imaginemos as consequências desse exílio), como também o grosso da programação dos restantes canais acompanha avidamente os critérios ditos comerciais das estações privadas quando, de Norte a Sul, semeiam o conforto da ignorância convencida, a superficialidade, os minúsculos escândalos de patamar ou de viela, a incivilidade. Com momentos que funcionam como oásis, será certo. Mas são oásis onde só muito raramente se encontrará uma referência estimulante da leitura ou o explícito apreço pela condição de escritor. Neste caso, talvez só com uma excepção, a de António Lobo Antunes, espero um dia entender porquê, e agora também a de José Saramago que, tendo morrido, deixou de ser tão incómodo quanto era. Para lá disto, sublinho, sobram vestígios. Como se se quisesse consolidar um País que não leia. Isto é, que não pense
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Avante
18.Agosto.2011
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Carregado por culturanorte em 28 de Jan de 2009
O Douro...Nos Caminhos da Literatura - Vídeo de Apresentação
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Alves Redol e Manuel da Fonseca nasceram há 100 anos
Festa do Avante! evoca escritores comunistas
Num ano em que a exposição política do Espaço Central da Festa do Avante! é dedicada ao 90.º aniversário do Partido, Liberdade, Democracia, Socialismo: um Projecto de Futuro, são evocados dois expoentes da cultura nacional e que são, ao mesmo tempo, parte integrante da história do PCP – Alves Redol e Manuel da Fonseca, ambos nascidos há 100 anos.
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Nomes maiores do neo-realismo português, Alves Redol e Manuel da Fonseca afirmaram-se justamente como nomes maiores da literatura e da cultura portuguesas – o primeiro essencialmente como romancista e dramaturgo e o segundo como romancista, poeta e cronista. Apesar disso, é muito o que os une. Ambos iniciaram muito jovens a sua actividade literária como colaboradores de jornais e revistas – Vértice, O Diabo, Seara Nova, Sol Nascente – contribuindo com crónicas e contos. Como cenário do que escreviam estava o Ribatejo e o Alentejo, as suas gentes, as suas vidas, as suas lutas.
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A uni-los está também a opção antifascista que fizeram muito jovens, aderindo, ambos, ao Partido Comunista Português – a única força nacional que se opunha ao regime fascista e o enfrentava, que organizava e dirigia a resistência, que se batia pela liberdade, pela democracia, pelo progresso e pela justiça social. Um e outro mantiveram-se fiéis a esta opção até ao fim das suas vidas.
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Nesses anos, décadas de 30 e 40 do século passado, a maioria dos intelectuais portugueses participava activamente, com a sua obra, na luta antifascista, assumindo-se como porta-voz da resistência popular. Com o movimento neo-realista, que viria a marcar impressivamente a literatura portuguesa no século XX, a actividade dos escritores passa a ser parte integrante da luta de massas e as suas obras expressão dos anseios e aspirações dos trabalhadores e do povo. É precisamente do neo-realismo que Alves Redol e Manuel da Fonseca se tornam expoentes maiores. O primeiro, com o seu romance de estreia, Gaibéus, publicado em 1939, é justamente considerado o seu iniciador.
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O primeiro livro de poemas de Manuel da Fonseca, Rosa dos Ventos, e Planície, publicados respectivamente nos anos 1940 e 1941, são os primeiros passos da poesia neo-realista.
A reorganização e os passeios no Tejo
Na década de 40, o PCP reorganizava-se e afirmava-se como um grande partido nacional, vanguarda da classe operária e partido da resistência e da unidade antifascistas. No seu IV Congresso, realizado em 1946, contava com seis mil militantes e mais de quatro mil simpatizantes e células organizadas em todas as principais empresas do País. Desempenhando um papel determinante no desenvolvimento da luta, o PCP gozava de enorme influência não apenas junto da classe operária como dos intelectuais.
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Eram os tempos dos célebres «passeios» de fragata, no Tejo, que mais não eram senão formas disfarçadas de os intelectuais militantes e simpatizantes do Partido se reunirem fora das vistas da polícia fascista. Alves Redol, juntamente com Soeiro Pereira Gomes e António Dias Lourenço, era um dos seus organizadores e Manuel da Fonseca presença assídua.
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Vigiados e perseguidos pela PIDE, tanto pelo que escreviam como pela sua actividade política, Alves Redol e Manuel da Fonseca (como tantos outros intelectuais) conheceram a brutalidade dos interrogatórios e dos cárceres fascistas. Manuel da Fonseca morreu a 11 de Março de 1993. Alves Redol já não chegou a conhecer a liberdade que o 25 de Abril trouxe ao povo português – faleceu a 29 de Novembro de 1969. Ao seu funeral compareceram milhares de pessoas, que o acompanharam ao cemitério de Vila Franca de Xira, numa imensa manifestação de apreço pela sua vida e pela sua obra.
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Para ambos, o PCP foi o seu partido de sempre e as suas obras perduram como referências incontornáveis na história da literatura portuguesa.
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Nomes maiores do neo-realismo português, Alves Redol e Manuel da Fonseca afirmaram-se justamente como nomes maiores da literatura e da cultura portuguesas – o primeiro essencialmente como romancista e dramaturgo e o segundo como romancista, poeta e cronista. Apesar disso, é muito o que os une. Ambos iniciaram muito jovens a sua actividade literária como colaboradores de jornais e revistas – Vértice, O Diabo, Seara Nova, Sol Nascente – contribuindo com crónicas e contos. Como cenário do que escreviam estava o Ribatejo e o Alentejo, as suas gentes, as suas vidas, as suas lutas.
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A uni-los está também a opção antifascista que fizeram muito jovens, aderindo, ambos, ao Partido Comunista Português – a única força nacional que se opunha ao regime fascista e o enfrentava, que organizava e dirigia a resistência, que se batia pela liberdade, pela democracia, pelo progresso e pela justiça social. Um e outro mantiveram-se fiéis a esta opção até ao fim das suas vidas.
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Nesses anos, décadas de 30 e 40 do século passado, a maioria dos intelectuais portugueses participava activamente, com a sua obra, na luta antifascista, assumindo-se como porta-voz da resistência popular. Com o movimento neo-realista, que viria a marcar impressivamente a literatura portuguesa no século XX, a actividade dos escritores passa a ser parte integrante da luta de massas e as suas obras expressão dos anseios e aspirações dos trabalhadores e do povo. É precisamente do neo-realismo que Alves Redol e Manuel da Fonseca se tornam expoentes maiores. O primeiro, com o seu romance de estreia, Gaibéus, publicado em 1939, é justamente considerado o seu iniciador.
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O primeiro livro de poemas de Manuel da Fonseca, Rosa dos Ventos, e Planície, publicados respectivamente nos anos 1940 e 1941, são os primeiros passos da poesia neo-realista.
A reorganização e os passeios no Tejo
Na década de 40, o PCP reorganizava-se e afirmava-se como um grande partido nacional, vanguarda da classe operária e partido da resistência e da unidade antifascistas. No seu IV Congresso, realizado em 1946, contava com seis mil militantes e mais de quatro mil simpatizantes e células organizadas em todas as principais empresas do País. Desempenhando um papel determinante no desenvolvimento da luta, o PCP gozava de enorme influência não apenas junto da classe operária como dos intelectuais.
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Eram os tempos dos célebres «passeios» de fragata, no Tejo, que mais não eram senão formas disfarçadas de os intelectuais militantes e simpatizantes do Partido se reunirem fora das vistas da polícia fascista. Alves Redol, juntamente com Soeiro Pereira Gomes e António Dias Lourenço, era um dos seus organizadores e Manuel da Fonseca presença assídua.
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Vigiados e perseguidos pela PIDE, tanto pelo que escreviam como pela sua actividade política, Alves Redol e Manuel da Fonseca (como tantos outros intelectuais) conheceram a brutalidade dos interrogatórios e dos cárceres fascistas. Manuel da Fonseca morreu a 11 de Março de 1993. Alves Redol já não chegou a conhecer a liberdade que o 25 de Abril trouxe ao povo português – faleceu a 29 de Novembro de 1969. Ao seu funeral compareceram milhares de pessoas, que o acompanharam ao cemitério de Vila Franca de Xira, numa imensa manifestação de apreço pela sua vida e pela sua obra.
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Para ambos, o PCP foi o seu partido de sempre e as suas obras perduram como referências incontornáveis na história da literatura portuguesa.
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Avante
18.Agosto.2011
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