terça-feira, 30 de agosto de 2011

Poesia de Sophia de Mello Breyner sobre o Mar




Fotos de ti no Fotos do Mural
De Cecilia Barata · 1 de 218




"O mar azul e branco e as luzidias
Pedras – O arfado espaço
Onde o que está lavado se relava
Para o rito do espanto e do começo
Onde sou a mim mesma devolvida
Em sal espuma e concha regressada
 
À praia inicial da minha vida.
,
Sophia de Mello Breyner Andersen


..
.
"Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar."


Sophia de Mello Breyner Anderson
.
.
**********
.
Como o rumor do mar dentro de um búzio
O divino sussurra no universo
Algo emerge: primordial projecto.

Há muito que deixei aquela praia
De grandes areais e grandes vagas
Mas sou eu ainda quem na brisa respira
E é por mim que espera cintilando a maré vasa

Quando eu morrer voltarei para buscar
Os instantes que não vivi junto do mar
De todos os cantos do mundo
Amo com um amor mais forte e mais profundo
Aquela praia extasiada e nua
Onde me uni ao mar, ao vento e à lua.

Mar sonoro, mar sem fundo mar sem fim.
A tua beleza aumenta quando estamos sós.
E tão fundo intimamente a tua voz
Segue o mais secreto bailar do meu sonho
Que momentos há em que eu suponho
Seres um milagre criado só para mim. 

.




Victor Nogueira Uma extensa e boa praia de águas tépidas onde apetece mergulhar para serenar e refrescar o corpo e a alma, como se fosse a brisa acariciando o nosso rosto, com sabor a maresia, sal, sol e algas :-)*
há 19 horas



Sem comentários: