Pra deixar com ‘sangue no zóio’/Aqueles da classe mais baixa.
Por Marcelo Mazzoni
O poeta subiu na caixa
Para bradar rimas de ódio
Pra deixar com ‘sangue no zóio’
Aqueles da classe mais baixa
Para bradar rimas de ódio
Pra deixar com ‘sangue no zóio’
Aqueles da classe mais baixa
Os sussurros secos do centro
Multiplicados por mil transeuntes
Tornavam as rimas transparentes
“A política, do vil, tornou-se antro
Multiplicados por mil transeuntes
Tornavam as rimas transparentes
“A política, do vil, tornou-se antro
Resistir, resistir e resistir,”
Rimas que ecoavam no abismo
Sombrias ondas sonoras, a partir;
Rimas que ecoavam no abismo
Sombrias ondas sonoras, a partir;
Nem a caixa deu-se a resistir
Ao chão jogou todo lirismo,
Que sobre risos pôs-se a fugir.
Ao chão jogou todo lirismo,
Que sobre risos pôs-se a fugir.
A imagem que ilustra o soneto é de Kasimir Malevich (1915)
http://passapalavra.info/2016/09/109464
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