clepsidra.s.
des.contando (o) tempo.
de vertiginosas.raras.e sempre escassas madrugadas
.
clepsidra.s.
in.vertendo (o) tempo.
desde sempre parte dos (nossos) nocturnos cenários
de sedução.desejo.
e amor
.
clepsidra.s
inventando (o) tempo
por entre...
o vermelho o negro e o branco
.
o
vermelho
rastejante...
do chão
do sofá
ou
dos corpos
como bandeiras.drapeando.de sangue
.
o
negro
de em pé!
de estantes.(d)e levantadas lombadas
de livros.sem fim.
livros.
corpos
nosso.s amor.es maior.es.
mas sempre! com a revolução à cabeça.de todos.eles.
.
que nunca mulher alguma (me) foi revolução
como me o foste.tu
em tudo! do amor
da vida
e da morte.
final revolução!
sobre nós.mesmos indivíduos
que só no colectivo.humano
recuperamos...
sentido
.
e
ainda o negro
de mesa.s e cadeiras.de costas altas.
que para tudo da imaginação
e do concreto
serviam...
bancas
e banquetas
por entre co(r)pos caídos
e morrões de cigarros já extinto
ou ainda ardendo... em pontas
quais sexos quebrados
mas ainda insistentes
de sanguíneo
querer
enquanto... o tempo
nas clepsidras
escorria
e
se esgotava (no)
sem tempo
no nosso físico esgotamento
e
contínuo
re.temperar de forças
e desejo...
por entre
tudo...
que
de tudo falavámos
como se fossemos
e.ternos dono
do tempo
seguros
que a revolução viria
na lâmina.das nossas línguas
e nas espetadas.palavras
de em pontas.de
sangue
.
e
velhos mapas ardendo
entre velas.vermelhas
que
filtravam a obscuridade
iluminada dos
rostos
sobre
um branco... - já de tudo!
de.lido...
de tudo!
o que ali em odor.es
se evaporava...
no.s ar.es -
enquanto tu... a sublime
(me/nos) abrias todo
o vasto repertório
do imaginário
e concreto
livro
das artes
do erotismo.humano!
__________________________
a
vários momentos
de aproximação
ao real
mas
tudo.tudo
começava.nos olhares!
ainda no subir das escadas
de saudade.s...
ao 3º andar.jardim suspenso
.
ele
mesmo
uma enorme
e e.terna clepsidra...
sem tempo.no tempo
.
tempo.e corpo.s
a que sempre demos o todo o uso
mesmo quando... perdulário
pois...
em contínua.revolução.de nós.mesmos
sempre vivíamos...
até porque de outra forma
nunca soubemos...
nem queríamos!
viver
.
fj
11:39
a
'página a página'
acaba de me comunicar
que
a sessão de lançamento
de 'a mulher em saltos altos'
11º livro de poesia.de filipe chinita
ficou marcada para dia 30 de Maio
5ª feira, pelas 18 horas
na Praça Verde
da
Feira do Livro
de Lisboa
.
fj
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