16/Abr/2010 16:06
.
TEM UM BOM FIM DE SEMANA AMIGO VICTOR. ABRAÇO.
.
Fado - José Malhoa
São de fado –
Essas horas donde
Incerto me não durmo…
Fumo de tosca chaminé –
Um candelabro…
Eu sigo calejas, ermidas,
Outeiros… Meu manto
Que alberga peregrinos frios…
São de fado –
Esses gelos dúvida de madrugada –
Corvos, corujas, mochos…
Terços monges
E da terra a lembrança,
A sinfonia com choro e harpa…
Mas de fado a guitarra –
Lendas de formiga e cigarra
Em o tempo antes Deus…
A pantomina,
A farsa e tão dentro
A Dor apertada…
Esse fado copo de vinho, taberna cotovia,
Um porto de cálice, sangue, cruz e espada…
O correr dilacerado
Das veias… O ranger saudoso
Das pétalas mel mil colmeias…
Lágrimas xailes de poentes,
Lágrimas berços de nascentes
E do sul a Mouraria…
Ah são de fado
Essas horas, a aurora
Cinza neblina
Da barca irada…
E venha a Mim esse Reino de Mundo sem Mundo –
Essa cela de todos os cantos e
Só –
A asfixia paramento e bênção
De lentamente me apagar…!
Essas horas donde
Incerto me não durmo…
Fumo de tosca chaminé –
Um candelabro…
Eu sigo calejas, ermidas,
Outeiros… Meu manto
Que alberga peregrinos frios…
São de fado –
Esses gelos dúvida de madrugada –
Corvos, corujas, mochos…
Terços monges
E da terra a lembrança,
A sinfonia com choro e harpa…
Mas de fado a guitarra –
Lendas de formiga e cigarra
Em o tempo antes Deus…
A pantomina,
A farsa e tão dentro
A Dor apertada…
Esse fado copo de vinho, taberna cotovia,
Um porto de cálice, sangue, cruz e espada…
O correr dilacerado
Das veias… O ranger saudoso
Das pétalas mel mil colmeias…
Lágrimas xailes de poentes,
Lágrimas berços de nascentes
E do sul a Mouraria…
Ah são de fado
Essas horas, a aurora
Cinza neblina
Da barca irada…
E venha a Mim esse Reino de Mundo sem Mundo –
Essa cela de todos os cantos e
Só –
A asfixia paramento e bênção
De lentamente me apagar…!
.
.
(desconheço o autor)
(desconheço o autor)
.
V N - Original publicado em http://www.worldartfriends.com/ , não tendo sido possível identificar o autor