es.
cravo...
de dia seguinte
1.
salvam-me... ainda assim
os magníficos jantares...
que faço... para
nada...
2.
escassos momentos
de des.contracção
de mim...
entre horas de
trabalho...
sem fim!
3.
com
as palavras
os olhos em perda
e os dedos que já se encavalitam sobre si
sentado sobre umas
nádegas
feridas...
de
em
sangue
castigado
4.
o sono
é-me só.já apenas
uma passagem...
para a outra
banda...
ou margem
5.
tanto
que é sempre já vestido
que me deito
e acordo
e
à.s rua.s saio
só quando absolutamente necessário
à nossa subsistência
6.
pois
já nada... mais
me move nesta vida
7.
do que
- apenas - continuar
escrevendo
até ao
fim
qualquer que ele seja
8.
ante
discursos
absolutamente
monocórdicos
de mera leitura
de papéis
9.
e
nada alegres!
... diga-se
10.
que
dizem sempre!
a
mesma parada
cousa
que todos nós
já mais do que
sabemos
11.
enquanto
entretanto humanos
continuam morrendo
'alegremente'...
lá longe!
num outro ganges
sobre o chão
dos dias
e
o parado rio
das pútridas
águas
das fogueiras
dos religiosos
humanos...
de classes
e castas
e
viúvas
sem vida
alguma
12.
enquanto
as religiões...
continuam medrando a morte
com a nossa calada e divina benção
de 'humanos' amigos...
de bolsonaro.s.
e quejandos
que tais
13.
benza-os...
deus!
haveis de ter
um lindo
e evangélico
fim...
.
14.
amén
.
fj
20.48
02.05.2021
Filipe enviou a mensagem: 2 de Maio às 21:50
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