QUANDO OS ESPECIALISTAS E A CRÍTICA ERRAM FEIO
OS AUTORES RECUSADOS
Umberto Eco em seu livro de conferências 'A Memória do Vegetal e Outros Escritos sobre Bibliofilia' conta histórias ótimas de erros cometidos pelos editores ou especialistas contratados por eles, a fim de selecionar autores e livros de talento.
-- em 1851, 'Moby Dick' foi recusado na Inglaterra mediante a seguinte avaliação: 'É longo, de estilo antiquado e não vai funcionar".
-- em 1856, 'Mme. Bovary' de Flaubert foi recusado com uma carta: 'Cavalheiro, o senhor sepultou seu romance num cúmulo de detalhes que são bem desenhados mas supérfluos ".
-- Em 1862, Emily Dickson foi rejeitada com o argumento de que "todas as suas rimas são erradas".
-- Em 1901 Henry James teve 'A Fonte Sagrada' rejeitada com o veredito: " não venderia 10 exemplares".
-- Em 1916 James Joyce teve 'Dedalus' rejeitado com o seguinte argumento: "No final do livro tudo se desintegra... tudo explode em fragmentos meio úmidos como polvorim molhado" (bizarro!).
-- Em 1920 Scott Firzgerald tem seu 'Este lado do Paraíso ' rejeitado: "A história não chega a uma conclusão ".
-- em 1931 'O Santuário de Faulkner é rejeitado: " Meu Deus, se publicarmos isso acabaremos na prisão ".
-- Em 1945, 'A Revolução dos Bichos' foi rejeitada: "Impossível vender histórias de animais nos Estados Unidos".
-- Em 1955, 'Lolita' de Nabokov foi rejeitado com a recomendação de que deveria ser 'sepultado por mil anos', pois embora fosse de bela escritura continha cenas nauseantes que só deveriam ser contadas a um analista.
Gostou? Tem muito mais no curioso livro de Eco que definitivamente coloca em cheque tanto os 'especialistas' quanto a crítica literária, incentivando os autores a persistirem e a nós leitores nos tornarmos independentes da 'opinião institucionalizada'.
Recomendamos!
Humberto Eco - A Memória do Vegetal e Outros Escritos sobre Bibliofilia
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