* Sosígenes Costa - Palhaço Verde
* Gyl - Um clown de Shakespeare
* Placebo - Pierrot The Clown
* Manuel Bandeira - Poética
* Louiguy , Henri Contet - Bravo pour le clown
* ... - Vesti la giubba (da ópera "Palhaços" de Leoncavallo)
* Eduardo Afonso - Saltimbanco
~~~~~~~~~~
* Sosígenes Costa
Palhaço Verde
Palhaço verde, o mar na areia ruiva
grita e gargalha, salta e cabriola,
como quem sofre, lírico, da bola.
E, querendo assombrar as moças, uiva,
brama, arremete e explode, o mariola,
abrindo uma alvacenta ventarola.
O mar é sempre o mesmo rapazola!
O mar é sempre o mesmo brincalhão
que, todo verde pela areia ruiva,
faz-se palhaço, bobo e valentão.
Vinde ver o bufão de roupa verde,
ver o bobo da corte de Netuno.
Na tarde cor-de-rosa, a roupa verde
do mar parece o tal pavão Juno.
Cai a noite. Do mar a roupa verde
fica de um verde negro, verde bruno.
Crianças, vinde à corte de Netuno
ver o palhaço verde gracejar.
Crianças, vinde ver cabriolar
pela areia amarela o verde mar.
(1928)
http://www.astormentas.com/PT/poema/12838/Palha%E7o%20Verde
~~~~~~~~~~
* Gyl
:
Um Clown De Shakespeare
Se ontem eu me desfiz
E hoje, por acaso,
Eu me desfaço,
É que não trago
No rosto verniz
Tampouco maquilagem
De palhaço.
Não trago no meu peito
Um órgão fechado
E de aço
De tamanho tal e tal jeito
Que se atrasa ou se apresse
Que, assim, parece que é feito
De algum tipo de poliéster
Ou um outro tipo de plástico.
Se ontem eu desapareci
Eu hoje não mais me acho
É que em meu rosto cansado
Tem uma máscara a cair,
Um rio efêmero a fluir
Ou quem sabe um riacho.
Não.
Meu coração é um rio fantástico,
Caudaloso e que, acreditem, quase sorri;
Similar a pequenos e numerosos pássaros,
No espaço, sem saber o caminho a seguir.
Meu coração é um clown de Shakespeare
Em uma armadura de tarlatana e titânio.
Meu coração é de um poeta-mecânico,
Dono do meu destino e Senhor de mim.
Por isso ontem me desfiz
E hoje me desfaço:
É que não trago
No rosto verniz
Tampouco maquilagem
De palhaço
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=187625
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=236456
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=187625#ixzz2kTBJjKSb
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
~~~~~~~~~~
Pierrot The Clown- Placebo (Español)
Déjame soñando en la cama,
Te veo mañana aquí otra vez,
Para la siguiente visita,
Guárdate esta escena dentro de tu cabeza,
Conforme las magulladuras amarillean,
La hinchazón baja,
Y si alguna vez estás por aquí,
En la ciudad o en los suburbios
De esta ciudad,
Asegúrate de venir a verme
Estaré hundiéndome en dolor,
Con el ceño fruncido
Como el payaso pierrot
Nunca te había visto actuar tan superficialmente
Recuerdo todas las cosas que dijiste
Como tus promesas se quedaron sordas
Cuando me tiraste por los suelos
Y si alguna vez estás por aquí
En las calles traseras o en los callejones,
De esta ciudad,
Asegúrate de venir a verme
Estaré hundiéndome en pena
Con el ceño fruncido
Como el payaso pierrot
Cuando sueño, sueño con tus labios
Cuando sueño, sueño con tu beso
Cuando sueño, sueño con tus puños,
Tus puños, tus puños.
Déjame sangrando en la cama
Te veo mañana aqui otra vez,
Para la siguiente visita,
Guárdate esta escena dentro de tu cabeza,
Conforme las magulladuras amarillean,
La hinchazón baja.
Y si alguna vez estás por aqui,
En la ciudad o en los suburbios
De esta ciudad,
Asegúrate de venir a verme
Estaré hundiéndome en dolor,
Con el ceño fruncido
Como el payaso pierrot
Como el payaso pierrot
http://www.taringa.net/posts/musica/12390207/Pierrot-the-clown-por-Placebo--Tema-inspirado-en-el-Poema.html
~~~~~~~~~~
* Manuel Bandeira
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação.
http://pensador.uol.com.br/frase/NTE5Njcx/
~~~~~~~~~~~
* Louiguy , Henri Contet
Bravo pour le clown
Bravo pour le clown
Un clown est mon ami
Un clown bien ridicule
Et dont le nom s'écrit
En gifles majuscules
Pas beau pour un empire
Plus triste qu'un chapeau
Il boit d'énormes rires
Et mange des bravos
Pour ton nez qui s'allume
Bravo! Bravo!
Tes cheveux que l'on plume
Bravo! Bravo!
Tu croques des assiettes
Assis sur un jet d'eau
Tu ronges des paillettes
Tordu dans un tonneau
Pour ton nez qui s'allume
Bravo! Bravo!
Tes cheveux que l'on plume
Bravo! Bravo!
La foule aux grandes mains
S'accroche à ses oreilles
Lui vole ses chagrins
Et vide ses bouteilles
Son coeur qui se dévisse
Ne peut les attrister
C'est là qu'ils applaudissent
La vie qu'il a ratée!
Pour ta femme infidèle
Bravo! Bravo!
Et tu fais la vaisselle
Bravo! Bravo!
Ta vie est un reproche
Qui claque dans ton dos
Ton fils te fait les poches
Et toi, tu fais l'idiot
Pour ta femme infidèle
Bravo! Bravo!
Et tu fais la vaisselle
Bravo! Bravo!
Le cirque est déserté
Le rire est inutile
Mon clown est enfermé
Dans un certain asile
Succès de camisole
Bravos de cabanon
Des mains devenues folles
Lui battent leur chanson
Je suis roi et je règne
Bravo! Bravo!
J'ai des rires qui saignent
Bravo! Bravo!
Venez, que l'on m'acclame
J'ai fait mon numéro
Tout en jetant ma femme
Du haut du chapiteau
Bravo! Bravo! Bravo! Bravo!
ouvir
Edith Piaf - Bravo Pour Le Clown!
http://www.youtube.com/watch?v=-YlKj-4EnJQ
~~~~~~~~~~
I Pagliacci, R. Leoncavallo, Os Palhaços;
Vesti la giubba
Recitar! Mentre preso dal delirio,
non so più quel che dico,
e quel che faccio!
Eppur è d'uopo, sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu se' Pagliaccio!
Vesti la giubba e la faccia infarina.
La gente paga, e rider vuole qua.
E se Arlecchin t'invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto
in una smorfia il singhiozzo e 'l dolor, Ah!
Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto!
Ridi del duol, che t'avvelena il cor!
Act! While in delirium,
I no longer know what I say,
or what I do!
And yet it's necessary... make an effort!
Bah! Are you not a man?
You are a clown!
Put on your costume and powder your face.
The people pay to be here, and they want to laugh.
And if Harlequin shall steal your Columbina,
laugh, clown, so the crowd will cheer!
Turn your distress and tears into jest,
your pain and sobbing into a funny face – Ah!
Laugh, clown,
at your broken love!
Laugh at the grief that poisons your heart!
ouvir aqui
Pavarotti - Vesti La Giubba
http://www.youtube.com/watch?v=AsfUWE7n6BU
vem de o domingo na poesia segundo vários escritores - 13 - o circo 01
https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/o-domingo-na-poesia-segundo-v%C3%A1rios-escritores-13-o-circo-01/10151783790909436
continua em domingo na poesia segundo vários escritores - 15 - o circo 03
* Gyl - Um clown de Shakespeare
* Placebo - Pierrot The Clown
* Manuel Bandeira - Poética
* Louiguy , Henri Contet - Bravo pour le clown
* ... - Vesti la giubba (da ópera "Palhaços" de Leoncavallo)
* Eduardo Afonso - Saltimbanco
~~~~~~~~~~
* Sosígenes Costa
Palhaço Verde
Palhaço verde, o mar na areia ruiva
grita e gargalha, salta e cabriola,
como quem sofre, lírico, da bola.
E, querendo assombrar as moças, uiva,
brama, arremete e explode, o mariola,
abrindo uma alvacenta ventarola.
O mar é sempre o mesmo rapazola!
O mar é sempre o mesmo brincalhão
que, todo verde pela areia ruiva,
faz-se palhaço, bobo e valentão.
Vinde ver o bufão de roupa verde,
ver o bobo da corte de Netuno.
Na tarde cor-de-rosa, a roupa verde
do mar parece o tal pavão Juno.
Cai a noite. Do mar a roupa verde
fica de um verde negro, verde bruno.
Crianças, vinde à corte de Netuno
ver o palhaço verde gracejar.
Crianças, vinde ver cabriolar
pela areia amarela o verde mar.
(1928)
http://www.astormentas.com/PT/poema/12838/Palha%E7o%20Verde
~~~~~~~~~~
* Gyl
:
Um Clown De Shakespeare
Se ontem eu me desfiz
E hoje, por acaso,
Eu me desfaço,
É que não trago
No rosto verniz
Tampouco maquilagem
De palhaço.
Não trago no meu peito
Um órgão fechado
E de aço
De tamanho tal e tal jeito
Que se atrasa ou se apresse
Que, assim, parece que é feito
De algum tipo de poliéster
Ou um outro tipo de plástico.
Se ontem eu desapareci
Eu hoje não mais me acho
É que em meu rosto cansado
Tem uma máscara a cair,
Um rio efêmero a fluir
Ou quem sabe um riacho.
Não.
Meu coração é um rio fantástico,
Caudaloso e que, acreditem, quase sorri;
Similar a pequenos e numerosos pássaros,
No espaço, sem saber o caminho a seguir.
Meu coração é um clown de Shakespeare
Em uma armadura de tarlatana e titânio.
Meu coração é de um poeta-mecânico,
Dono do meu destino e Senhor de mim.
Por isso ontem me desfiz
E hoje me desfaço:
É que não trago
No rosto verniz
Tampouco maquilagem
De palhaço
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=187625
http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=236456
Ler mais: http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=187625#ixzz2kTBJjKSb
Under Creative Commons License: Attribution Non-Commercial No Derivatives
~~~~~~~~~~
Pierrot The Clown- Placebo (Español)
Déjame soñando en la cama,
Te veo mañana aquí otra vez,
Para la siguiente visita,
Guárdate esta escena dentro de tu cabeza,
Conforme las magulladuras amarillean,
La hinchazón baja,
Y si alguna vez estás por aquí,
En la ciudad o en los suburbios
De esta ciudad,
Asegúrate de venir a verme
Estaré hundiéndome en dolor,
Con el ceño fruncido
Como el payaso pierrot
Nunca te había visto actuar tan superficialmente
Recuerdo todas las cosas que dijiste
Como tus promesas se quedaron sordas
Cuando me tiraste por los suelos
Y si alguna vez estás por aquí
En las calles traseras o en los callejones,
De esta ciudad,
Asegúrate de venir a verme
Estaré hundiéndome en pena
Con el ceño fruncido
Como el payaso pierrot
Cuando sueño, sueño con tus labios
Cuando sueño, sueño con tu beso
Cuando sueño, sueño con tus puños,
Tus puños, tus puños.
Déjame sangrando en la cama
Te veo mañana aqui otra vez,
Para la siguiente visita,
Guárdate esta escena dentro de tu cabeza,
Conforme las magulladuras amarillean,
La hinchazón baja.
Y si alguna vez estás por aqui,
En la ciudad o en los suburbios
De esta ciudad,
Asegúrate de venir a verme
Estaré hundiéndome en dolor,
Con el ceño fruncido
Como el payaso pierrot
Como el payaso pierrot
http://www.taringa.net/posts/musica/12390207/Pierrot-the-clown-por-Placebo--Tema-inspirado-en-el-Poema.html
~~~~~~~~~~
* Manuel Bandeira
Poética
Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.
Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.
Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.
De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.
Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.
- Não quero saber do lirismo que não é libertação.
http://pensador.uol.com.br/frase/NTE5Njcx/
~~~~~~~~~~~
* Louiguy , Henri Contet
Bravo pour le clown
Bravo pour le clown
Un clown est mon ami
Un clown bien ridicule
Et dont le nom s'écrit
En gifles majuscules
Pas beau pour un empire
Plus triste qu'un chapeau
Il boit d'énormes rires
Et mange des bravos
Pour ton nez qui s'allume
Bravo! Bravo!
Tes cheveux que l'on plume
Bravo! Bravo!
Tu croques des assiettes
Assis sur un jet d'eau
Tu ronges des paillettes
Tordu dans un tonneau
Pour ton nez qui s'allume
Bravo! Bravo!
Tes cheveux que l'on plume
Bravo! Bravo!
La foule aux grandes mains
S'accroche à ses oreilles
Lui vole ses chagrins
Et vide ses bouteilles
Son coeur qui se dévisse
Ne peut les attrister
C'est là qu'ils applaudissent
La vie qu'il a ratée!
Pour ta femme infidèle
Bravo! Bravo!
Et tu fais la vaisselle
Bravo! Bravo!
Ta vie est un reproche
Qui claque dans ton dos
Ton fils te fait les poches
Et toi, tu fais l'idiot
Pour ta femme infidèle
Bravo! Bravo!
Et tu fais la vaisselle
Bravo! Bravo!
Le cirque est déserté
Le rire est inutile
Mon clown est enfermé
Dans un certain asile
Succès de camisole
Bravos de cabanon
Des mains devenues folles
Lui battent leur chanson
Je suis roi et je règne
Bravo! Bravo!
J'ai des rires qui saignent
Bravo! Bravo!
Venez, que l'on m'acclame
J'ai fait mon numéro
Tout en jetant ma femme
Du haut du chapiteau
Bravo! Bravo! Bravo! Bravo!
ouvir
Edith Piaf - Bravo Pour Le Clown!
http://www.youtube.com/watch?v=-YlKj-4EnJQ
~~~~~~~~~~
I Pagliacci, R. Leoncavallo, Os Palhaços;
Vesti la giubba
Recitar! Mentre preso dal delirio,
non so più quel che dico,
e quel che faccio!
Eppur è d'uopo, sforzati!
Bah! Sei tu forse un uom?
Tu se' Pagliaccio!
Vesti la giubba e la faccia infarina.
La gente paga, e rider vuole qua.
E se Arlecchin t'invola Colombina,
ridi, Pagliaccio, e ognun applaudirà!
Tramuta in lazzi lo spasmo ed il pianto
in una smorfia il singhiozzo e 'l dolor, Ah!
Ridi, Pagliaccio,
sul tuo amore infranto!
Ridi del duol, che t'avvelena il cor!
Act! While in delirium,
I no longer know what I say,
or what I do!
And yet it's necessary... make an effort!
Bah! Are you not a man?
You are a clown!
Put on your costume and powder your face.
The people pay to be here, and they want to laugh.
And if Harlequin shall steal your Columbina,
laugh, clown, so the crowd will cheer!
Turn your distress and tears into jest,
your pain and sobbing into a funny face – Ah!
Laugh, clown,
at your broken love!
Laugh at the grief that poisons your heart!
ouvir aqui
Pavarotti - Vesti La Giubba
http://www.youtube.com/watch?v=AsfUWE7n6BU
vem de o domingo na poesia segundo vários escritores - 13 - o circo 01
https://www.facebook.com/notes/victor-nogueira/o-domingo-na-poesia-segundo-v%C3%A1rios-escritores-13-o-circo-01/10151783790909436
continua em domingo na poesia segundo vários escritores - 15 - o circo 03
Sem comentários:
Enviar um comentário