sábado, 18 de fevereiro de 2012

Catherine Clément ~ “Dez mil guitarras”

Viajando nos Livros



Quinta-feira, 24 de Fevereiro de 2011

Dez Mil Guitarras, de Catherine Clément

Há livros que nos conquistam, de forma fulminante e até talvez um pouco irracional, por aparências que, como todos sabemos, podem ser enganadoras (quantas vezes estas seduções imediatas não escondem decepções...).
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O meu "caso" com este livro começou pelo título, Dez Mil Guitarras. Quando o li soou-me a poesia, a música, a pintura. Com todas estas artes misturadas, construí logo uma história fabulosa. Claro que não me ia deixar conquistar "ao primeiro título", precisava de provas. Abri na página 13 e li as últimas duas linhas... Fiquei rendida: "Quando o sol se ergueu sobre o campo de batalha, ficaram dez mil guitarras na areia, abandonadas em Alcácer-Quibir."

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Recomendo a quem gosta de histórias fabulosas, cheias de descobertas, viagens, magias e encantamentos.
S.N.
http://leitura-esvn.blogspot.com/2011/02/dez-mil-guitarras-de-catherine-clement.html

JN

D. Sebastião inspira obra de Catherine Clément



Publicado em 2010-10-05

ANA VITÓRIA
 
  
Quando, em 1964, a escritora francesa Catherine Clément visitou, pela primeira vez, Portugal, ficou fascinada pela história do rei D. Sebastião. De tal forma que, de imediato, pensou que um dia haveria de escrever sobre ele. E esse dia chegou, com o romance “Dez mil guitarras”, recentemente lançado em território nacional.
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Autora de uma vasta obra de ensaio e ficção, Catherine Clément confessou, ao JN, que a figura de D. Sebastião desde há muito que a obcecava. “Tudo começou na minha primeira viagem a Lisboa. Tive uma espécie de visão quando visitei o Castelo de São Jorge. Os escritores, como sabe, são, por vezes, pessoas estranhas. Depois, visitei o Palácio da Pena, em Sintra, onde a presença de D.Sebastião é muito forte. Nesse momento, soube que um dia faria um livro com ele. Mas demorou todos estes anos. Guardei D. Sebastião na palma da minha mão até ter oportunidade de escrever sobre ele”.
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Pela primeira vez, em “Dez mil guitarras”, o seu vigésimo romance, a autora serve-se da “ajuda” de um narrador muito especial, um rinoceronte. É através dos curiosos monólogos em que o bicho resgata a memória das suas vivências que se vai desenrolando toda a trama. “É a primeira vez que uso um animal como narrador. Nunca me tinha interessado fazê-lo, mas as pesquisas que fiz levaram-me a isso”.
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Em “Dez mil guitarras” - uma alusão poética aos despojos deixados pelos portugueses em Alcácer Quibir  -, perpassa um leque de curiosas personagens, entre as quais o imperador alquimista  Rodolfo de Habsburgo e a rainha Cristina da Suécia.
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O romance é atravessado por outras figuras, como Filipe II de Espanha, Luís de Camões, a princesa de Éboli e o palafreneiro Pedro da Silva (tratador do rinoceronte), personagem inteiramente saída da imaginação da autora.
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“Pedro é uma personagem inventada. É difícil encontrarem-se nos arquivos documentos sobre o povo. Portanto, tive necessidade de inventar alguém do povo”.
 






Dez Mil Guitarras de Chaterine Clément convida a uma viagem ao tempo de D. Sebastião

11 de Outubro de 2010
A Porto Editora lançou entre nós, o mais recente título da francesa Catherine Clément. Dez Mil Guitarras é a mais recente obra da autora, que nos leva numa viagem à época de D. Sebastião – O Desejado.

Na tradição do romance históricoDez Mil Guitarras, traz-nos a história de D. Sebastião e da batalha de Alcáçer-Quibir, contada na primeira “pessoa” por um bada, que tinha sido trazido da Índia como presente para o rei.
No campo de batalha de Alcáçer-Quibir jazem dez mil guitarras, no decorrer do ano de 1578. D. Sebastião é dado como desaparecido. Estará vivo ou morto? – este é o ponto de partida para a narrativa, que nos leva numa viagem à Europa do fim do século XVI.
A situação portuguesa, os segredos e intrigas das cortes portuguesas e espanholas, o peso da casa de Habsburgo, a violência das guerras religiosas, a demência do Imperador da Áustria e a rebelião da jovem rainha Cristina da Suécia e da sua paixão por Descartes completam o enredo, que nos é desvendado capítulo a capítulo, no estilo cativante e envolvente a que a autora já nos habituou.
Destaque ainda para a capa do livro, que reproduz o desenho da época do famoso rinoceronte, trazido da Índia para as cortes europeias, para diversão dos soberanos e povos ocidentais.
Catherine Clément nasceu em 1939, em Paris, é formada em Filosofia e Antroplogia e autora de obras como A Senhora, Por Amor da ÍndiaA Valsa InacabadaA Rameira do DiaboAs Novas BacantesA Viagem de Théo e o Último Encontro, já editadas entre nós.
O livro tem um preço de venda ao público de 17,50 euros.
Por Clara Inácio

http://canelaehortela.com/dez-mil-guitarras-de-chaterine-clement-convida-a-uma-viagem-ao-tempo-de-d-sebastiao

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Enviado por  em 11/10/2010
Catherine Clément, autora de DEZ MIL GUITARRAS, fala-nos do seu novo romance numa entrevista para o Diário Câmara Clara.

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