domingo, 25 de outubro de 2009

João Villaret :: Liberdade :: Fernando Pessoa


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DaliUniverse

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Liberdade
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Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
O Sol doira
Sem literatura.
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O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
A brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como tem tempo não tem pressa...
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Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
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Quanto é melhor, quando há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
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Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
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O mais do que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...
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Fernando António Nogueira Pessoa (pronounced [fɨɾˈnɐ̃du pɨˈsoɐ]) (b. June 13, 1888 in Lisbon, Portugal — d. November 30, 1935 in the same city) was a poet and writer. The critic Harold Bloom referred to him in the book The Western Canon as the most representative poet of the twentieth century, along with Pablo Neruda.
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Pessoa's earliest heteronym, at the age of six, was the Chevalier de Pas.
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Other childhood heteronyms included Dr Pancrácio and David Merrick, followed by Charles Robert Anon and Alexander Search; these were eventually succeeded by others, most notably: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Ricardo Reis and semi-heteronym Bernardo Soares. Translator Richard Zenith notes that Pessoa eventually established at least seventy-two heteronyms.
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The heteronyms possess distinct temperaments, philosophies, appearances and writing styles. According to Pessoa, the heteronym closest to his personality was Bernardo Soares, the author of Book of Disquiet.
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