quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Homenagem a Adriano Correia de Oliveira


* F. Bruto da Costa


Homenagem a Adriano


O meu reencontro com Adriano


Adriano Correia de Oliveira foi um grande Amigo meu (e aliás, de muitíssimas outras pessoas).

Os seus olhos claros e húmidos, frequentemente rasos de água por algum motivo aparentemente fútil, eram um farol de bondade, de amizade, de humanismo.

Penso que era virtualmente impossível conhecê-lo e não se gostar dele imediata e instintivamente.

O Adriano foi um artista extraordinário, um compositor e intérprete de grande valor, hoje pouco divulgado, talvez porque era um Homem simples e pouco dado a aparições mediáticas.

Desde a sua morte que eu não conseguia tocar e cantar uma canção dele musicando um poema de Manuel Alegre que sempre me disse muito, a "Canção com Lágrimas".

Hoje consegui !

Clique aqui para ouvir "Canção com Lágrimas" em formato MP3.

Se depois disso o som não surgir, volte a clicar no "link" anterior com o botão direito do rato e escolha a opção

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"Guardar o ficheiro em disco", grave-o no disco e depois poderá abri-lo através do seu programa de leitura de Mp3 (o "Windows Media Player" lê estes ficheiros) - o ficheiro foi testado com o anti-vírus Norton 2.000, que o declarou isento de quaisquer problemas - aplique este modus faciendi a todos os restantes ficheiros Mp3 que se seguem.


Clique aqui para ouvir "Menina dos Olhos Tristes".

Clique aqui para ouvir "Tejo que levas as águas".

Clique aqui para ver/ouvir um trabalho de som e imagem sobre o Adriano, que intitulei
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"Saudades do Adriano e uma viola".

É esta a homenagem que te posso fazer, meu bom Adriano.


Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada


Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema

Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera em Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro


Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio

Porque tu me disseste quem me dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol Lisboa com lágrimas
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...

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