terça-feira, 16 de novembro de 2010

Crime e Castigo - Fiódor Dostoiévski

 

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Преступле́ние и наказа́ние
Autor Fiódor Dostoiévski
Título no Brasil Crime e Castigo
Idioma russo
País Rússia
Lançamento 1866
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Crime e Castigo (em russo Преступле́ние и наказа́ние, Prestuplênie i nakazánie) é um romance do escritor russo Fiódor Dostoiévski, publicado em 1866. Narra a história de Rodion Românovitch Raskólnikov, um jovem estudante que comete um assassinato e se vê perseguido por sua incapacidade de continuar sua vida após o delito.
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O livro/romance se baseia numa visão sobre religião e existencialismo com um foco predominante no tema de atingir salvação por sofrimento, sem deixar de comentar algumas questões do socialismo e niilismo. É um dos livros preferidos de um dos maiores artistas da sedução: Neil Strauss (ele cita isso em seu best-seller The Game)

Enredo

Info Aviso: Este artigo ou seção contém revelações sobre o enredo (spoilers).
O personagem principal, apesar de ex-estudante de Direito, é um homem extremamente pobre e que vive angustiado pela sombra de se tornar alguém melhor ou fazer algo importante. Ele divide o homem em ordinário e extraordinário, numa tentativa de explicar a quebra das regras em prol do avanço humano.
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Seguindo este preceito - fazer algo que mude a sociedade ou em prol dela - o personagem planeja, em meio a uma luta consigo, a morte de uma agiota e, finalmente, cumpre-o.
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Antes de fugir da cena do crime, porém, Raskólnikov também comete, a contragosto, levado apenas pela situação de surpresa, o assassinato de Lisavieta, irmã da velha agiota, pois ela havia visto o cadáver recém-assassinado no chão.
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Este personagem principal rouba algumas joias, mas não chega a usufruir deste ganho, e sentindo-se arrependido enterra-as sob uma pedra.
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Após tal fato e seus desfechos, o romance relata de maneira detalhista os dramas psicológicos sofridos pelo autor do homicídio, toda a sua saga, sofrimento e arrependimento.
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Diversas histórias se desenvolvem de maneira paralela à principal, entre elas um romance da irmã do personagem Raskólnikov e as relações do personagem com Sônia.
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Apesar de investigar Raskólnikov, a polícia termina por prender um inocente que se intitulou culpado por uma razão pessoal (bem explicado no livro). Entretanto, o personagem por fim confessa o crime que cometera. A confissão deveu-se, principalmente, à enorme influência de Sônia, que, antes disso, compartilha com Raskólnikov algumas leituras do Novo Testamento.
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Por fim, Raskólnikov é preso. Porém, devido à sua confissão, arrependimento e ótimo antecedentes, sua pena acaba por ser reduzida a oito anos em uma cadeia na Sibéria. Durante tal período, Sônia, personagem que a partir de certo momento segue Raskólnikov em todas as situações, manteve-se muito presente, servindo até mesmo de mensageira a sua família em São Petesburgo.
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Os flagrantes traços autobiográficos, como adoração pela mãe, o vício do jogo (O Jogador) e a fidelidade psicológica, bem como os traços estilísticos do autor, colocaram esta obra, indubitavelmente, entre as maiores da história da literatura universal e, certamente, junto com Os Irmãos Karamazov, garantiram a Fiódor Dostoiévski a posição de maior escritor russo da história em conjunto com Lev Tolstoy.

Ligações externas

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Trechos

domingo, 30 de dezembro de 2007


Crime e castigo - Dostoievsky

"Oh, sim, quando é preciso, afogamos até nosso senso moral, a liberdade, a tranquilidade, até a consciência, tudo, tudo, vendemos tudo por qualquer preço! Contanto que nossos entes queridos sejam felizes."

"Há muito tempo que já se enraizara e crescera nele toda a tristeza que sentia agora; nos últimos tempos ela se acumulara e se reconcentrara, assumindo a forma de uma horrível, bárbara e fantástica interrogação que torturava o seu coração e a sua alma, reclamando uma resposta urgente."

"Compreende, meu senhor, o senhor compreende o que quer dizer isso de não ter para onde ir? Porque todo homem precisa ter um lugar para onde ir."

"Mas no fim das contas tudo isso são disparates! Cuspo em todos eles, cuspo também na minha humilhação e na minha comédia! Não é nada disso que está em causa! Nada disso!"

"Oh! Que desmancha-prazeres! Os princípios! Tu te moves por princípios, como se fossem molas, não te atreves a atuar livremente; para mim o fundamental é que o homem seja bom. E, francamente, reparando bem, em todas as classes não há muitas pessoas boas."

"Mas a ciência hoje diz: 'Antes de mais nada ama-te a ti próprio, porque tudo no mundo está baseado no interesse pessoal. Se amares a ti próprio farás os teus negócios como devem ser, e o teu cafetã permanecerá inteiro'."

"'Onde', pensou Raskólhnikov, continuando seu caminho, 'onde é que eu li aquilo sobre um condenado à morte que no momento de morrer dizia ou pensava que se o deixassem viver no alto, numa rocha e num espaço tão reduzido que mal tivesse onde pousar os pés - e se à volta não houvesse mais que o abismo, o mar, trevas eternas, a eterna solidão e a tempestade perene - e tivesse de ficar assim, nesse espaço de um archin, a sua vida toda, mil anos, a eternidade... preferiria viver assim a morrer imediatamente? O que interessa é viver, viver, viver! Viver, seja como for, mas viver! O homem é covarde!', acrescentou passado um minuto."

"Acham que eu estou assim porque eles mentem? Tolice! Eu gosto que eles mintam! A mentira é o único privilégio do homem sobre todos os outros animais. Mente, que vais acabar atingindo a verdade! É precisamente por ser homem que eu minto. Nem uma só verdade poderias alcançar se antes não mentisses quatorze vezes, e até cento e quatorze vezes, o que representa uma honra sui generis; simplesmente, nós nem sequer sabemos mentir com inteligência! Tu mentes, mas mentes de uma maneira especial, e eu ainda por cima te dou um abraço. Mentir com graça, de uma maneira pesssoal, é quase melhor que dizer a verdade igual todo mundo; no primeiro caso é um homem e, no segundo, não se é mais que um papagaio! A verdade não anda depressa, mas podemos fazer a vida correr; há exemplos disso."

"Nesse sentido, efetivamente, todos nós, e com muita frequência, somos quase dementes, com a única diferença que os doentes são um pouco mais loucos do que nós, porque repare, é preciso distinguir. Mas é verdade que não existe o homem normal, de maneira nenhuma; talvez entre dezenas, e pode até ser que entre centenas de milhares, apenas se encontra um, e, ainda assim, em exemplares bastante fracos..."

"Para socorrer o próximo é preciso começar por ter direito a fazê-lo(...)"

"Após ter pronunciado essas palavras tornou a ficar perplexo e empalideceu; outra vez como que uma nova e terrível sensação de frio mortal lhe correu pela alma, de repente compreendeu claramente que acabara de dizer uma mentira horrível, que não só não teria mais oportunidade de falar com ninguém, como jamais teria de que nem com quem falar. Foi tão violenta a impressão que essa dolorosa idéia lhe causou que, por um momento, se esqueceu praticamente por completo de tudo, levantou-se do seu lugar e, sem olhar para ninguém, quase saiu do quarto."

"É simplesmente impossível saltar com lógica por cima da natureza. A lógica pressupõe três casos, ao passo que há milhões deles. Pois façam tábua rasa desses milhões e reduzam tudo ao simples problema do conforto! Essa é a solução mais fácil do enigma. De uma clareza sedutora, e evita o incômodo de pensar. Porque o essencial é isto: não ter que pensar. Todos os mistérios da vida podem ser compreendidos em 2 folhas de papel impresso."

"Eu só tenho fé na minha teoria essencial, que é aquela que diz concretamente que os indivíduos se dividem, segundo a natureza, em duas categorias: a inferior (a dos vulgares), isto é, se me permite a expressão, a material, que unicamente é proveitosa para procriação da espécie, e a dos indivíduos que possuem o dom da inteligência para dizerem no seu meio uma palavra nova. É claro que as subdivisões são infinitas, mas os traços diferenciais de ambas categorias são bem nítidos: a primeira categoria, ou seja, a matéria, falando em termos gerais, é formada por indivíduos conservadores por natureza, disciplinados, que vivem na obediência e gostam de viver nela. A meu ver eles têm obrigação de ser obedientes, por ser esse o seu destino e não ter, de maneira nenhuma, para eles, nada de humilhante. A segunda categoria é composta por aqueles que infringem as leis, os destruidores e os propensos a isso, a julgar pelas suas qualidades. Os crimes destes são, naturalmente, relativos e muito diferentes; na sua maior parte exigem, segundo os mais diversos métodos, a destruição do presente em nome de qualquer coisa melhor. Mas se necessitarem, para o bem de sua teoria, saltar ainda que seja por cima de um cadáver, por cima do sangue, então, no seu íntimo, na sua consciência, eles podem, em minha opinião, conceder a si próprios a autorização para saltarem por cima do sangue, atendendo unicamente à teoria e ao seu conteúdo, repare bem..."

"Por que é que há pouco, esse imbecil do Razumíkhin recriminava os socialistas? São pessoas que gostam do trabalho e são comerciantes... ocupam-se da felicidade universal... Não, para mim só dão uma vida, e não terei outra, eu não quero esperar pela felicidade universal. Eu quero viver, eu, senão, mais vale não viver."

"Que significa ser mais elevada? Eu não compreendo tais expressões aplicadas a um determinado trabalho do homem, 'mais nobre, mais generoso'... Tudo isso são absurdos, tolices, velhas palavras preconceituosas que eu abomino! Tudo que é útil à humanidade é nobre. Eu só compreendo a palavra útil. Ria o que quiser, mas é assim."

"Não há no mundo coisa mais difícil que a sinceridade e mais fácil que a lisonja. Se à sinceridade se mistura a mais mínima nota falsa, surge imediatamente a dissonância e, atrás dela, o escândalo. Ao passo que a lisonja, ainda que seja falsa até a última nota, torna-se simpática e ouve-se com satisfação: com satisfação grosseira, sim, mas com satisfação. E, por mais tosca que seja a lisonja, metade dela, pelo menos, parece sempre verdadeira. E isto em todos os graus da hierarquia social. Seria possível seduzir até uma vestal com a lisonja. E nem é preciso dalar das pessoas vulgares."

"Porque eu, não sei se sabe, sou um homem triste, entediado. Pensava que eu era alegre? Não, sou um homem sombrio, mas não faço mal a ninguém, fico sentadinho num canto e, às vezes, não digo uma palavra durante três dias."
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carlospejino8 | 27 de Abril de 2010
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jhonatasgeisteira | 11 de Novembro de 2009
clipe para a disciplima Literatura Universal
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livroclip | 16 de Maio de 2008
LivroClip de "Crime e Castigo". Um jovem atormentando mata um velha por dinheiro... Suspense, ação, romance...
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l2009b | 26 de Novembro de 2009
Trabalho do 2º periodo de Direito da Unoesc baseado no livro Crime e Castigo!

componentes:
Lucas Biasuz, Lucas Oliveira, João Salazar, Adriano Pedrozzo, Tadzio Adriano Rossi, Vinicius Vogel.
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Rochab | 19 de Dezembro de 2006
Inspirado no Romance do escritor russo Fiódor Mikháilovitch Dostoiévski, publicado em 1866...



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