Rio Comicon 2010
.
Artista italiano é a grande atração em evento no Rio. “Estou convicto de que fala-se muito melhor de erotismo e sensualidade de uma forma abstrata", defende
Rafael Lemos, do Rio de Janeiro
Mestre dos quadrinhos eróticos, o italiano Milo Manara é a grande atração da feira Rio Comicon 2010 (Divulgação)
. “Se falarmos de sadismo no cinema ou fotografia, teremos imagens fortes, com corpos sujos de sangue. Não teremos um ato mental, mas um ato físico. E o sadismo é um ato que diz respeito a outra dimensão. Creio que o desenho leva vantagem porque conta tudo o que tem que ser contado, enfatizando o aspecto mental em vez do físico”
.
.
Na era da internet, quando nudez, erotismo, pornografia e o que mais se possa imaginar em matéria de entretenimento adulto estão ao alcance de um clique, a profusão de conteúdo é tamanha que pode ser difícil reconhecer os limites entre arte, diversão e atividades criminosas. A avalanche digital, no entanto, não teve força nem criou alternativas para substituir o talento. E talvez a maior prova disso sejam as histórias imaginadas pelo quadrinista italiano Milo Manara e executadas com rara perfeição em papel. Manara, 65 anos, conquistou dinheiro, fama e prestígio com seu traço capaz de reproduzir em detalhes as curvas femininas. Ele é o convidado de honra da Rio Comicon 2010, evento que tenta recolocar a cidade no circuito internacional do mercado de histórias em quadrinhos.
.
Erótica sem ceder à tentação da vulgaridade, a obra de Manara recorre a cenários e tramas envolventes para provocar a libido dos leitores. Para ele, aliás, essa a grande vantagem que os quadrinhos têm em relação a formas de arte mais modernas como o cinema e a fotografia. O quadrinista, entre algumas baforadas de charuto antes de assistir à palestra de abertura do evento, do humorista Ziraldo, defendeu, em entrevista ao site de VEJA, a imaginação como a forma mais ousada de excitação.
.
“Estou convicto de que fala-se muito melhor de erotismo e sensualidade quando se fala de forma abstrata, em comparação com o cinema ou a fotografia. O órgão mais sexual mais importante que temos no nosso corpo é a cabeça. É a fantasia. Tudo começa na cabeça e num âmbito astral, não concreto”, argumenta o artista.
.
E no plano das ideias não há limites. Vale tudo. Manara não se furta a explorar temas como bondage – fetiche que consiste em amarrar e imobilizar o parceiro – , dominação, sadismo e sadomasoquismo – práticas que, juntas, enquadram-se no que os adeptos chama de BDSM. Ao contrário das imagens reais, como explica o ‘papa’ dos quadrinhos eróticos, os desenhos atenuam o aspecto violento ou condenável dessas modalidades, e explora os conceitos – seja de dominação ou entrega – que fazem a cabeça de tantas pessoas. Ou, como simplifica Manara, “os desenhos excitam mais porque chocam menos”.
.
“Se falarmos de sadismo no cinema ou fotografia, teremos imagens fortes, com corpos sujos de sangue. Não teremos um ato mental, mas um ato físico. E o sadismo é um ato que diz respeito a outra dimensão. Creio que o desenho leva vantagem porque conta tudo o que tem que ser contado, enfatizando o aspecto mental em vez do físico”, compara o italiano.
.
Manara situa seus trabalhos numa categoria anterior à erótica, a de histórias em quadrinhos para adultos. A escolha do sexo como especialidade veio da empolgação dos tempos de juventude. “Comecei a fazer um trabalho para adultos porque percebi que falar para crianças não era o meu caminho. E deu certo. Optei pelo erótico porque me parece que esta é uma parte muito importante da vida. Principalmente quando se tem 20 anos - a idade com a qual comecei a desenhar”, conta.
.
O quadrinista italiano se diz um admirador dos artistas brasileiros, mas chama a atenção para a necessidade de se apostar na formação de um mercado adulto de quadrinhos no país – tradicionalmente focado nas crianças. “Não domino tanto o mercado brasileiro, mas sei que a Argentina tem uma cena forte. Nos anos 70, muitos artistas argentinos foram para a Europa durante a ditadura e criaram sua própria escola. Acredito que no Brasil é preciso criar um direcionamento para a produção adulta - que não é necessariamente erótica. Os desenhistas brasileiros são fortíssimos, de muita qualidade. Mas é preciso investir mais nas histórias para adultos. Também é preciso ter paciência para divulgar e formar um público para esse segmento. Qualidade, vocês já têm”, avalia.
.
Erótica sem ceder à tentação da vulgaridade, a obra de Manara recorre a cenários e tramas envolventes para provocar a libido dos leitores. Para ele, aliás, essa a grande vantagem que os quadrinhos têm em relação a formas de arte mais modernas como o cinema e a fotografia. O quadrinista, entre algumas baforadas de charuto antes de assistir à palestra de abertura do evento, do humorista Ziraldo, defendeu, em entrevista ao site de VEJA, a imaginação como a forma mais ousada de excitação.
.
“Estou convicto de que fala-se muito melhor de erotismo e sensualidade quando se fala de forma abstrata, em comparação com o cinema ou a fotografia. O órgão mais sexual mais importante que temos no nosso corpo é a cabeça. É a fantasia. Tudo começa na cabeça e num âmbito astral, não concreto”, argumenta o artista.
.
E no plano das ideias não há limites. Vale tudo. Manara não se furta a explorar temas como bondage – fetiche que consiste em amarrar e imobilizar o parceiro – , dominação, sadismo e sadomasoquismo – práticas que, juntas, enquadram-se no que os adeptos chama de BDSM. Ao contrário das imagens reais, como explica o ‘papa’ dos quadrinhos eróticos, os desenhos atenuam o aspecto violento ou condenável dessas modalidades, e explora os conceitos – seja de dominação ou entrega – que fazem a cabeça de tantas pessoas. Ou, como simplifica Manara, “os desenhos excitam mais porque chocam menos”.
.
“Se falarmos de sadismo no cinema ou fotografia, teremos imagens fortes, com corpos sujos de sangue. Não teremos um ato mental, mas um ato físico. E o sadismo é um ato que diz respeito a outra dimensão. Creio que o desenho leva vantagem porque conta tudo o que tem que ser contado, enfatizando o aspecto mental em vez do físico”, compara o italiano.
.
Manara situa seus trabalhos numa categoria anterior à erótica, a de histórias em quadrinhos para adultos. A escolha do sexo como especialidade veio da empolgação dos tempos de juventude. “Comecei a fazer um trabalho para adultos porque percebi que falar para crianças não era o meu caminho. E deu certo. Optei pelo erótico porque me parece que esta é uma parte muito importante da vida. Principalmente quando se tem 20 anos - a idade com a qual comecei a desenhar”, conta.
.
O quadrinista italiano se diz um admirador dos artistas brasileiros, mas chama a atenção para a necessidade de se apostar na formação de um mercado adulto de quadrinhos no país – tradicionalmente focado nas crianças. “Não domino tanto o mercado brasileiro, mas sei que a Argentina tem uma cena forte. Nos anos 70, muitos artistas argentinos foram para a Europa durante a ditadura e criaram sua própria escola. Acredito que no Brasil é preciso criar um direcionamento para a produção adulta - que não é necessariamente erótica. Os desenhistas brasileiros são fortíssimos, de muita qualidade. Mas é preciso investir mais nas histórias para adultos. Também é preciso ter paciência para divulgar e formar um público para esse segmento. Qualidade, vocês já têm”, avalia.
.
.
http://veja.abril.com.br/noticia/celebridades/para-milo-manara-quadrinhos-permitem-excitacao-sem-limites-%E2%80%93-e-sem-chocar
.
.
.
Passagem de Milo Manara pelo FIBDA'2007.
.
.
.
.
Gulivera
.
.
.
.
Artwork by Milo Manara (Maurilio Manara) famous Italian comic-book creator. Music from Civilization IV, Age of Empires 3, The Red Army Choir and Tomoyasu Hotei. Video created by me; no copyrights reserved.
.
.
.
Milo Manara, las aventuras africanas de Giusseppe Bergman, entrega 14, primera parte con música de UB40. Si quieres seguir las aventuras: http://cuandollegalanoche.blogspot.com
.
.
.
.
Milo Manara (The Women Of Manara)
.
.
.
.
immagini:milo manara
canzone:el talisman di rosana
canzone:el talisman di rosana
.
.
Sem comentários:
Enviar um comentário