quarta-feira, 3 de novembro de 2010

D. Dinis, Garcia de Resende e Camões



. . . "Ai flores, ai flores do verde pino,
se sabedes novas do meu amigo!
ai Deus, e u é?
Ai flores, ai flores do verde ramo,
se sabedes novas do meu amado!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amigo,
aquel que mentiu do que pôs comigo!
ai Deus, e u é?
Se sabedes novas do meu amado,
aquel que mentiu do que mi há jurado!
ai Deus, e u é?"
.
. D. Dinis . . ***** . .  .
Sospiros, cuidados 
paixões de querer, 
se tomam dobrados, 
meu bem, sem vos vêr; 
nom sinto prazer, 
sem vós um só dia 
Viver mun queria.  
.Nam quero, nem posso 
nem posso querer 
viver sem ser vosso 
e vosso morrer; 
poys isto hade ser, 
por morte averia 
nam vos vêr hum dia. 
 .
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Garcia de Resende
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*****
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Erros meus, má fortuna, amor ardente  .
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Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.

De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!
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Luís de Camões
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