percorrer-te: eis a cintura o lume breve entre as nádegas e o ventre, o peito, o dorso descer aos flancos, enterrar os olhos na pedra fresca dos teus olhos, entregar-me poro a poro ao furor da tua boca, esquecer a mão errante na festa ou na fresta aberta à doce penetração das águas duras, respirar como quem tropeça no escuro, gritar às portas da alegria, da solidão. porque é terrivel subir assim às hastes da loucura, do fogo descer à neve. abandonar-me agora nas ervas ao orvalho - a glande leve. |
Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
Eugénio de Andrade - Nas ervas
Etiquetas:
Eugénio de Andrade,
Poesia
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