aéreo pescoço
numa aérea
cabeça
que (te) sustenta
tudo.
em.seus.ombros
.
a
perfeição
madura e apetecida.de um sonho.
num infame olhar.oblíquo
que vê e nos leva
para além do
visível
.
o
desenho curvo.das
ó quantas curvas.
de uma (só)
boca
.
e
a linha - como se recta -
das saboneteiras
prolongando-se
são
de um outro
equinócio
.
sem ser
o vermelho
escal(d)ante.da boca.
onde o sangue...
mais aflui.
nem
se apenas
a.quando
te pintas
(os)
lábios
.
- que nunca
outra.boca
vi
que
se lhe assemelhasse -
.
tudo voa! entre
negro e
pele
por entre
a perfeição de
tudo.no
todo
.
e
(ainda) há
aquela (nem) luz
que te vem.de cima
designando-te
.
(de) contra
um opaco
muro
em que
(só) tu reinas.
em formas
e ser
.
a
este
in.temporal
momento
que
levo
para a breve
eternidade
de
mim.mesmo
de
para sempre (te)
poder ficar
olhando...
a
beleza.
sem repetição
possível
.
as
narinas
- perfeitamente - desenhadas
- como se num desenho
de escola de
artes -
parecem... respirar-te
mansa.mente
a vida...
mas
é só engano...
pura farsa
.
in
submissa
(pois) que
é por
ali
que
te começa
o ar
faltando
e
resfolegando
queimando...
num já ardente
sangue.
do (teu) corpo
e cérebro
.
de
fêmea
.
ó
que
mulher!
.
fj
18.12.2017
de
um
entre dois
ou três sopros
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