De onde vem a deificação do mal…
- Os bons e os maus
- O homem e a mulher
- A criação do preconceito étnico
- Como se cria a diabolização na política
- Os ucranianos… os bons e os russos os maus…
Estamos formatados para aceitar tudo isto e muito mais!
- E o novo Patriarca da minha familia… “Ferreira Jorge”, que
passou para mim, por falecimento de todos os meus irmãos!
Na história dos mitos e tradições do passado, todos os povos
foram e são… influenciados, nomeadamente pelos dogmas e valores das religiões e
do obscurantismo a que estão associados obviamente, o peso maior em cada civilização…
do poder religioso sob o poder político e do atraso cultural e das crendices no
povo.
- Segundo a história, a língua de Cristo, foi o aramaico, e a
Bíblia que chegou ao Ocidente, foi traduzida do aramaico para o grego.
Ora… grego é o pai da civilização ocidental e pai do Latim…
da qual falamos uma das suas línguas o português.
Falamos o Latim, porque fomos colonizados pelos romanos.
- Tal como em alguns países do Mundo, se fala o português,
porque colonizamos na América Latina, em África e até em partes da Ásia…
nomeadamente na India.
Da Grécia antiga, veio-nos também a influência cultural…
chamada de ocidental, até mesmo a procura da criação de sociedades
Democráticas… tentada no passado e no presente… mas não conseguida ainda.
O desenvolvimento e o modo de produção na Europa, fizeram o
resto do poder nascido do desenvolvimento e dos vários modos de produção em
cada época e contexto, estabelecendo as regras e valores e alienações das
sociedades em que vivemos desde há séculos, em função do nível de desenvolvimento
de cada país e povos e das suas contradições internas e externas, até
chegar-mos ao Mundo moderno actual.
No passado, e em Portugal, o poder era constituído, pelo
clero, nobreza e o povo. No topo da sociedade encontrava-se o monarca, o rei ou
a rainha.
Quer dizer que o poder político teve sempre uma grande
influência no poder religioso e junto do povo, como processo dirigido de
assimilação cultural e da formação do nacionalismo e do patriotismo.
- As descobertas marítimas, foram feitas em nome da fé, e do
alargamento do império.
Patriarca, originalmente, era uma pessoa que exercia uma
autoridade autocrática no papel de pater familias sobre uma família estendida.
O sistema de governo de famílias pelo homem mais velho é denominado
patriarcado.
“A palavra é derivada do grego e significa "chefe"
ou "pai de família", uma composição de pátria ("família") e
"governar").
E para demonstrar que tudo isto está relacionado com a Bíblia
- Abraão, Isaac e Jacobe, são geralmente chamados de patriarcas do povo de
Israel e do período no qual eles viveram, que é chamado de Época Patriarcal. A
palavra "patriarca" original adquiriu o seu significado religioso na
Septuaginta, (1) na versão grega da Bíblia.
“É difícil rastrear os passos que possibilitaram a liquidação
do matriarcado e o triunfo do patriarcado, há 10 mil, 12 mil anos. Mas foram
deixados rastos dessa luta de gêneros. A forma como foi relido o pecado de Adão
e Eva nos revela o trabalho de desmonte do matriarcado pelo patriarcado. Essa
releitura foi apresentada por duas conhecidas teólogas feministas, Riane Eisler
e Françoise Gange.
Segundo elas, se realizou um processo de culpabilização das
mulheres no esforço de consolidar o domínio patriarcal. Os ritos e símbolos
sagrados do matriarcado são diabolizados e retroprojetados às origens na forma
de um relato primordial, com a intenção de apagar totalmente os traços do
relato feminino anterior.
O atual relato do pecado das origens, acontecido no paraíso
terreno, coloca em xeque quatro símbolos fundamentais da religião das grandes
deusas-mães.
O primeiro símbolo a ser atacado foi a própria mulher (Gn
3,16), que na cultura matriarcal representava o sexo sagrado, gerador de vida.
Como tal, ela simbolizava a Grande Mãe, a Suprema Divindade.
Em segundo lugar, desconstruiu-se o símbolo da serpente, considerado
o atributo principal da Deusa Mãe. Ela representava a sabedoria divina que se
renovava sempre, como a pele da serpente.
Em terceiro lugar, desfigurou-se a árvore da vida, sempre
tida como um dos símbolos principais da vida. Ligando o céu com a terra, a
árvore continuamente renova a vida, como fruto melhor da divindade e do
universo. Gênesis 3,6 diz explicitamente que “a árvore era boa para se comer,
uma alegria para os olhos e desejável para se agir com sabedoria”.
Em quarto lugar, destruiu-se a relação homem-mulher que
originariamente constituía o coração da experiência do sagrado. A sexualidade
era sagrada, pois possibilitava o acesso ao êxtase e ao saber místico.
Ora, o que fez o atual relato do pecado das origens? Inverteu
totalmente o sentido profundo e verdadeiro desses símbolos. Dessacralizou-os,
diabolizou-os e os transformou de bênção em maldição.
A mulher será eternamente maldita, feita um ser inferior. O
texto bíblico diz explicitamente que “o homem a dominará” (Gen 3,16). O poder
da mulher de dar a vida foi transformado numa maldição: “multiplicarei o
sofrimento da gravidez” (Gn 3,16). A inversão foi total e de grande
perversidade.
A serpente é maldita (Gn 3,14) e feita símbolo do demônio
tentador. O símbolo principal da mulher foi transformado em seu inimigo
fidagal: “porei inimizade entre ti e a mulher... tu lhe ferirás o calcanhar”
(Gn 3,15).
A árvore da vida e da sabedoria vem sob o signo do interdito
(Gn 3,3,). Antes, na cultura matriarcal, comer da árvore da vida era se imbuir
de sabedoria. Agora, comer dela significa um perigo mortal (Gn 3,3), anunciado
por Deus mesmo. O cristianismo posterior substituirá a árvore da vida pelo
lenho morto da cruz, símbolo do sofrimento redentor de Cristo.
O amor sagrado entre o homem e a mulher vem distorcido:
“entre dores darás à luz os filhos; a paixão arrastar-te-á para o marido e ele
te dominará” (Gn 3,16). A partir de então se tornou impossível uma leitura
positiva da sexualidade, do corpo e da feminilidade.
Aqui se operou uma desconstrução total do relato anterior,
feminino e sacral. Apresentou-se outro relato das origens, que vai determinar
todas as significações posteriores. Todos somos, bem ou mal, reféns do relato
adâmico, antifeminista e culpabilizador.”
- Leonardo Boff
Família, história, cultura social, religiões e tradições
- E de onde vem a exploração e o poder do género… o do homem!
O Patriarcado na familia, na cultura e nos valores das
sociedades… do passado e do presente!
- Com o falecimento da minha última irmã, há alguns dias
atrás, e que era a última matriarca da nossa familia, antes, já todos os filhos
dos meus pais… meus irmãos, tinham falecido, passo eu a ser o último Patriarca
da familia “Ferreira Jorge” por ter sido o último filho deste casal e estar
ainda em vida.
- Com o meu desaparecimento um dia, esta familia acaba-se, em
termos da sua relação com os progenitores, António Jorge, meu pai, e Maria
Branca, a minha mãe.
Continuando nos descendentes dos filhos e netos, mas a partir
de outro tronco familiar dentro da mesma árvore geneológica.
Pelo que, no Patriarcado familiar, a sucessão é naturalmente
tradicional, e sem grande valor ou importância familiar.
Patriarca, originalmente na antiguidade, era uma pessoa que
exercia uma autoridade autocrática no papel de “pater familias” sobre uma
determinada família extensa e ampliada.
- O sistema de governo de famílias pelo homem mais velho é
denominado de Patriarcado, e a sua sucessão ocorre pela sua morte, para o filho
mais velho e assim sucessivamente, havendo outros filhos. É uma substituição
natural, que se esgota, após a morte do último filho de um determinado casal.
No caso dos familiares directos do casal, António Ferreira
Jorge e de Maria Branca Ferreira, acabará o denominado tronco direto familiar,
com a morte do último filho, que sou eu, mantendo-se entretanto a linhagem
familiar, através das filhas, netos, e bisnetos desta familia nascida dos meus
pais, surgida em finais do século XIX, pelo lado do meu pai, e principio do
século XX, pela minha mãe.
Septuaginta, é a versão da Bíblia hebraica traduzida em
etapas para o grego coiné, entre o século III a.C. e o século I a.C., em
Alexandria.
() A sociedade Matriarcal
1 - A mulher é considerada como base da família, segundo
certo sistema cultural, sociológico e religioso.
2 - A progenitora
() No Patriarcado
A palavra "patriarcado" traduz-se literalmente como
a autoridade do homem representada pela figura do pai.
O termo foi utilizado por muito tempo para descrever um tipo
de "família dominada por homens".
O grande agregado familiar patriarcal incluía mulheres,
crianças, escravos e servos domésticos, todos sob o domínio de um ou mais
homens.
() A diferença entre matriarcado e patriarcado
Existem várias diferenças óbvias entre esses dois sistemas
sociais. O matriarcado, por exemplo, é essencialmente uma sociedade orientada
para as mulheres, em que toda a liderança e autoridade estão nas mãos delas.
O patriarcado, por outro lado, é um sistema social no qual os
homens desfrutam de todos os poderes, controlo e autoridade, e as mulheres são
discriminadas e recebem papéis subordinados ao homem.
() A sociedade Matriarcal
1 - A mulher é considerada como base da família, segundo
certo sistema cultural, sociológico e religioso.
2 - A progenitora
() O Patriarcado
A palavra "patriarcado" traduz-se literalmente como
a autoridade do homem representada pela figura do pai.
O termo foi utilizado por muito tempo para descrever um tipo
de "família que é dominada por homens".
O grande agregado familiar patriarcal incluía mulheres,
crianças, escravos e servos domésticos, todos sob o domínio de um ou mais
homens.
António Jorge - editor
20232 01 08 Porto e Luanda
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