O general prussiano Carl von Clausewitz (1780-1831), para muitos «o mais proeminente estrategista militar e político da guerra limitada nos tempos modernos», é uma figura controversa que despertou o interesse de personalidades tão distintas como Lénine, Mao, Eisenhower ou Henry Kissinger. A sua obra-prima, Da Guerra (Vom Kriege, em alemão), estudada à época pelos militares prussianos, continua a constar do programa das academias militares dos EUA. Escrito entre 1816 e 1830, o tratado sobre guerra e estratégia militar ainda provoca polémica, sendo visto por uns como a favor da “guerra total”, e por outros como ensinando a subordinar a guerra à política e aos conflitos sociais. Equiparado a Tucídides, o general e historiador ateniense autor da vívida obra sobre a Guerra do Peloponeso, Clausewitz tanto é apontado como a maior referência histórica do pensamento estratégico como acusado de ter aberto a porta às guerras totais do século XX. «A guerra é a mera continuação da política por outros meios», uma das frases mais famosas do nosso tempo, é da sua autoria. Inspirado no pensamento de Maquiavel, Montesquieu, Kant e Fichte, Clausewitz baseia a sua obra, segundo alguns analistas, num método semelhante à dialéctica lógica de Hegel e Marx.
https://www.avante.pt/pt/2651/memoria/176998/1832-%E2%80%93-Publica%C3%A7%C3%A3o-de-%C2%ABDa-Guerra%C2%BB-de-Clausewitz.htm
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