quinta-feira, 19 de setembro de 2024

1832 – Publicação de «Da Guerra», de Clausewitz




O ge­neral prus­siano Carl von Clau­sewitz (1780-1831), para muitos «o mais pro­e­mi­nente es­tra­te­gista mi­litar e po­lí­tico da guerra li­mi­tada nos tempos mo­dernos», é uma fi­gura con­tro­versa que des­pertou o in­te­resse de per­so­na­li­dades tão dis­tintas como Lé­nine, Mao, Ei­se­nhower ou Henry Kis­singer. A sua obra-prima, Da Guerra (Vom Kriege, em alemão), es­tu­dada à época pelos mi­li­tares prus­si­anos, con­tinua a constar do pro­grama das aca­de­mias mi­li­tares dos EUA. Es­crito entre 1816 e 1830, o tra­tado sobre guerra e es­tra­tégia mi­litar ainda pro­voca po­lé­mica, sendo visto por uns como a favor da “guerra total”, e por ou­tros como en­si­nando a su­bor­dinar a guerra à po­lí­tica e aos con­flitos so­ciais. Equi­pa­rado a Tu­cí­dides, o ge­neral e his­to­ri­ador ate­ni­ense autor da ví­vida obra sobre a Guerra do Pe­lo­po­neso, Clau­sewitz tanto é apon­tado como a maior re­fe­rência his­tó­rica do pen­sa­mento es­tra­té­gico como acu­sado de ter aberto a porta às guerras to­tais do sé­culo XX. «A guerra é a mera con­ti­nu­ação da po­lí­tica por ou­tros meios», uma das frases mais fa­mosas do nosso tempo, é da sua au­toria. Ins­pi­rado no pen­sa­mento de Ma­qui­avel, Mon­tes­quieu, Kant e Fi­chte, Clau­sewitz ba­seia a sua obra, se­gundo al­guns ana­listas, num mé­todo se­me­lhante à di­a­léc­tica ló­gica de Hegel e Marx.

https://www.avante.pt/pt/2651/memoria/176998/1832-%E2%80%93-Publica%C3%A7%C3%A3o-de-%C2%ABDa-Guerra%C2%BB-de-Clausewitz.htm

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