segunda-feira, 21 de março de 2011

Louise Michel: Os cravos rubros

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Vermelho - 19 de Março de 2011 - 0h00
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Louise Michel escreveu este poema (em francês Les Œillets rouges) em homenagem a seu companheiro e namorado Théophile Ferré, executado juntamente com muitos de seus amigos, entre eles Louis Rossel, que foi ministro da guerra da Comuna, em 28 de novembro de 1871. 
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Naqueles dias, Louise se dispôs a executar, pessoalmente, o presidente Adolphe Thiers pelo papel decisivo que ele desempenhou na repressão da Comuna e no massacre da população operária de Paris nas semanas seguintes à derrota dos communards.
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Os cravos rubros
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Quando ao negro cemitério eu for,
Irmão, coloque sobre sua irmã,
Como uma última esperança,
Alguns 'cravos' rubros em flor.
Do Império nos últimos dias
Quando as pessoas acordavam,
Seus sorrisos eram rubros cravos
Nos dizendo que tudo renasceria.
florescerão nas sombras
de negras e tristes prisões.
Vão e desabrochem junto ao preso sombrio
E lhe diga o quanto sinceramente o amamos.
Digam que, pelo tempo que é rápido,
Tudo pertence ao que está por vir
Que o dominador vil e pálido
Também pode morrer como o dominado.
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La bibliothèque libre.
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[[Auteur:|]]Louise Michel

Les Œillets rouges


Si j’allais au noir cimetière,
Frère, jetez sur votre soeur,
Comme une espérance dernière,
De rouges œillets tout en fleurs.

Dans les derniers temps de l’Empire,
Lorsque le peuple s’éveillait,
Rouge œillet, ce fut ton sourire
Qui nous dit que tout renaissait.

Aujourd’hui, va fleurir dans l’ombre
Des noires et tristes prisons.
Va fleurir près du captif sombre,
Et dis-lui bien que nous l’aimons.

Dis-lui que par le temps rapide
Tout appartient à l’avenir
Que le vainqueur au front livide
Plus que le vaincu peut mourir.
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http://fr.wikisource.org/wiki/Les_%C5%92illets_rouges
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