segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Paul Éluard - Aviso

Paul Éluard

[Tradução de António Ramos Rosa]
 

A noite que precedeu a sua morte
foi a mais breve de toda a sua vida
Pensar que estava vivo ainda
era um fogo no sangue até aos punhos
A sua força era tal que ele gemia
Foi quando atingia o fundo deste horror
Que o seu rosto num sorriso se lhe abriu
Não tinha apenas um único camarada
Mas sim milhões e milhões de camaradas
Para o vingarem sim bem o sabia
E então para ele ergue-se a alvorada


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