Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
sábado, 8 de março de 2025
Zaíra Pires - Dia Internacional da Mulher Branca
Viriato Soromenho-Marques - Na tempestade de fogo
Viriato Soromenho-Marques - PORTUGAL À DERIVA NA TEMPESTADE – quatro notas de leitura
Jailme Nogueira Pinto - A Europa e a decadência,
Opinião
* Jaime Nogueira Pinto
DN 07 Mar 2025, 00:27
Por vezes a resposta à realidade desagradável é ignorá-la; outras vezes é passar a tratá-la ao modo de Cruzada contra o Mal, o mal absoluto, contra o qual vale tudo; e nessa narrativa alternativa, concentrar tudo o que possa contraditar a realidade, usando argumentos laterais, colaterais, formais, por importantes que sejam, mas fugindo ao cerne da questão.
É este o juízo que me parece mais próprio, vendo o alheado agitar, esbracejar e passarinhar dos líderes europeus para longe do centro da intriga (o almejado fim do conflito Rússia-Ucrânia), perante a nova Administração americana e o seu dilúvio diplomático e executivo.
Em vez de caírem na realidade e nas consequências da realidade, “os europeus”, ou seja, essencialmente o duo Macron-Stamer (a que Merz ameaça juntar-se), continuam em manobras de diversão que, além de inconsequentes, se podem tornar perigosas.
Isto porque a Europa mudou neste último século. A Europa foi o centro do poder e da economia mundial até à Grande Guerra de 1914-1918. E saiu da guerra com os impérios alemão e austro-húngaro vencidos e desfeitos e com o vizinho império otomano também vencido e esfrangalhado.
Entretanto, na Rússia, dera-se uma revolução radical de esquerda, utópica e marxista, que praticava e prometia o genocídio de classe. Uma revolução que, posta em marcha, ameaçava a Europa, onde vários Estados - da Itália fascista ao Portugal da Ditadura Militar - adoptaram soluções autoritárias.
Para vencer a Alemanha, os aliados franco-britânicos tinham trazido os norte-americanos que, com o presidente Wilson, um cruzado da democracia mundial com nostalgias sulistas, quebravam o isolacionismo dos Founding Fathers e de Monroe.
Na Segunda Guerra passou-se algo semelhante; outra vez, contra uma forte corrente isolacionista, liderada pelo então “herói americano” Charles Lindbergh e pelo seu movimento America First, F.D. Roosevelt, depois de os japoneses atacarem Pearl Harbour, conseguiu levar a América para a guerra. E outra vez os americanos - com os russos de Estaline a vir do Leste atrás dos invasores hitlerianos - desembarcaram na Europa e resgataram os Ocidentais, vencidos e ocupados pelos alemães.
Estas “guerras civis europeias” - fosse qual fosse a sua justiça e sentido - além de causarem grandes destruições humanas, materiais e morais, marcaram o fim do mundo eurocêntrico. Na verdade, para ganhar a guerra e lograr o concurso dos seus colonizados no esforço de guerra contra a Alemanha e o Japão, os Aliados tiveram de lhes prometer o autogoverno. Nem de outro modo podia ser. Os impérios ultramarinos iam ser a principal vítima colateral da nova ordem mundial, redigida e fixada na Carta das Nações Unidas. E a Europa vencida, constrita e ocupada, iria avançar com projectos de união aduaneira e económica e até, para algumas elites políticas e tecno-burocráticas, de união e federação, sonhando e copiando o que acontecera nos Estados Unidos.
E face ao perigo comunista, que ocupara uma série de países da Europa Oriental, confiou-se com gratidão no amigo americano, a nova superpotência que, arcando com a defesa comum, libertava aos europeus recursos para, em democracia, construírem o Estado Social.
É isso que, agora, pode estar para acabar: os Estados Unidos não vão abandonar a NATO nos próximos tempos, mas também não parecem dispostos a tolerar o jogo duplo dos que vão a Washington ao beija-mão, mas bloqueiam a paz; dos que falam em rearmamento, mas se encolhem quando se trata dos seus filhos ou do seu dinheiro; dos que mandam os outros fazer peito aos poderosos e depois estender-lhes a mão.
Politólogo e escritor
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia
sexta-feira, 7 de março de 2025
Manuel Loff - O Comodoro e as coisas
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quinta-feira, 6 de março de 2025
Zelensky na Ucrânia
Saiba quem é Volodymyr Zelensky e a verdadeira história da Guerra da Ucrânia com a Russia.
Durante anos, ele foi aclamado como um herói. Para alguns, ele ainda é. Agora ele está exposto.
Aqui está a história da Ucrânia e de Volodomyr Zelenskyy que você não ouvirá da mídia.
Zelenskyy nunca teve as cartas. Ele não é um líder corajoso dando as cartas. Ele é um homem desesperado, agarrado ao poder em um regime em colapso — apoiado por dinheiro, armas e propaganda ocidentais. E com a Ucrânia perdendo a guerra de relações públicas e a guerra real, ele está em pânico.
A Ucrânia não foi um ator independente nesta guerra. Os verdadeiros corretores de poder estão em Washington, Bruxelas e Londres, jogando seus jogos geopolíticos.
Esta guerra foi planejada para enfraquecer a Rússia. Para entender isso, você precisa entender a história que eles nunca lhe contarão.
Ucrânia e Rússia estão unidas há mais de 1.000 anos. Kiev, a capital da Ucrânia, outrora o coração da Rus de Kiev — o primeiro grande estado eslavo — lançou as bases para a própria Rússia. O próprio nome Ucrânia significa "fronteira" — o que significa a fronteira da Rússia.
Por séculos, foi parte integrante do Império Russo, não uma nação "oprimida". Mesmo durante a era soviética, a Ucrânia não foi ocupada — era central para a URSS. Até o líder soviético Nikita Khrushchev era ucraniano.
Quando a URSS(União Soviética) entrou em colapso, a Ucrânia se tornou independente e Washington interveio — não para ajudar a Ucrânia, mas para armá-la contra a Rússia.
Os EUA e a OTAN mentiram para Gorbachev, prometendo que não se expandiriam "nem um centímetro para o leste". No entanto, a OTAN entrou na Polônia e nos Estados Bálticos.
A Ucrânia era o prêmio máximo da OTAN.
O Ocidente despejou bilhões na Ucrânia, financiando grupos políticos pró-OTAN, ONGs e mídia para fabricar um estado antirrusso.
Em 2004, a CIA apoiou a "Revolução Laranja", anulando uma eleição que favorecia um candidato pró-Rússia.
O verdadeiro golpe veio em 2014.
O presidente democraticamente eleito da Ucrânia, Viktor Yanukovych, rejeitou um acordo comercial da UE que teria destruído a economia da Ucrânia. Isso era inaceitável para Washington. Então, eles o removeram por meio de uma revolução colorida fabricada.
A chamada "Revolução Maidan" não foi um movimento popular. Foi um golpe apoiado pela CIA, orquestrado por autoridades como Victoria Nuland. Washington era tão descarada que Nuland foi pega em uma ligação vazada, escolhendo a dedo o próximo líder da Ucrânia antes Yanukovych havia partido.
As multidões violentas que tomaram Kiev não eram manifestantes pacíficos. Eram líderes por grupos neonazis como o Batalhão Azov, grupos que celebram abertamente os colaboradores nazistas e usam insígnias das SS.
Esses mesmos grupos recebem agora armas ocidentais.
O regime pós-golpe proibiu então a língua russa, atacando diretamente milhões de ucranianos russófonos no leste.
Foi então que Donbass e Crimeia disseram basta. A Crimeia realizou um referendo — mais de 90% votaram pelo regresso à Rússia. O Donbass também votou pela independência.
O povo do Donbass rejeitou Kiev, mas Kiev não saiu de lá. Em vez disso, iniciaram uma guerra brutal contra o seu próprio povo, bombardeando civis durante oito anos. Onde estava a indignação ocidental? Em lado nenhum!
E o que Zelensky disse? Quem é ele? É um líder orgânico que surgiu do nada ou foi instalado?
O Covert Action noticiou que, em 2020, Zelenskyy se encontrou secretamente com o chefe do MI6, Richard Moore. Porque é que um presidente estrangeiro se reuniu com o principal espião do Reino Unido em vez do seu primeiro-ministro?
Zelenskyy é um ativo do Reino Unido? Segundo os relatos, é protegido pessoalmente pela segurança britânica, e não pela ucraniana. Quando visitou o Vaticano, desprezou o Papa e encontrou-se com um bispo britânico. Adivinha quem mais estava lá? Richard Moore do MI6 novamente! Que coincidência.
Antes da política, Zelenskyy foi comediante e ator, interpretando literalmente o presidente num programa de TV. Depois, com a ajuda das equipes de relações públicas ocidentais, a ficção tornou-se realidade.
A sua campanha foi financiada pelo oligarca Ihor Kolomoisky, dono da maior empresa petrolífera e do banco da Ucrânia.
Uma vez no poder, a prioridade de Zelenskyy não foi combater a corrupção, mas sim garantir que a BlackRock e os bancos ocidentais assumissem o controlo da economia da Ucrânia.
Entretanto, canalizou milhões para contas no estrangeiro e adquiriu uma mansão de 34 milhões de dólares em Miami, bem como um apartamento de várias libras em Londres.
Em 2022, a NATO tinha armado a Ucrânia até aos dentes, e Kiev tinha forças reunidas perto do Donbass.
A Rússia tinha uma escolha: Deixar o Donbass enfrentar a limpeza étnica;
Deixe que a NATO transforme a Ucrânia numa base militar;
Ou, Intervir.
Intervieram, tal como outras nações fariam nessas situações.
A comunicação social relatou “invasão não provocada”. Mas a expansão da NATO, o golpe de 2014, oito anos de guerra no Donbass — esta guerra foi provocada a cada passo.
A Ucrânia foi colocada como um peão.
Com a derrota da Ucrânia, Zelenskyy está abandonado. Donald Trump disse-lhe: “Não tem as cartas.” Ele tem razão. Esta guerra foi planejada. A Ucrânia precisava da intervenção ocidental para vencer e isso significaria que a Terceira Guerra Mundial seria/poderia ser inevitável.
É hora de o mundo acordar para essa realidade.
A guerra na Ucrânia foi provocada deliberadamente pelo Ocidente. Zelenskyy é apenas mais um fantoche – o seu tempo está a esgotar-se... e Trump sabe disso.
A questão é: você vê a verdade agora? Ou você ainda o vê como um herói?
2025 03 06
Carlos Branco - O pacto com o diabo
quarta-feira, 5 de março de 2025
Jonathan Cook - Sim, Trump é ordinário. Mas a extorsão global dos EUA é a mesma de sempre
segunda-feira, 3 de março de 2025
Ron Garan e o “Efeito da Visão Geral”
José Simões - As coisas como elas foram, as coisas como elas são
António Costa, por ter menos de 41 mil euros no banco e por isso estar dispensado de declarar qualquer conta à ordem, foi alvo de uma ataque cerrado da parte de ilustres - anteriormente conhecidos por "barões, comentadeiros, conhecidos e anónimos do PSD. Um fartote nas redes.
Luís Montenegro usou cinco contas distintas, todas abaixo dos 41 mil euros, para comprar uma casa no valor de 116 mil euros, o silêncio total. Se calhar ainda é elogiado pela "engenharia financeira."
O Ministério Público, que avançou com uma investigação a Mariana Mortágua por alegadamente violar o regime de exclusividade pelos escritos que publicava num jornal, nunca ouviu falar da chico-espertice que é Luís Montenegro receber avenças de entidades privadas enquanto primeiro-ministro de uma empresa que não era dele por ter vendido a quota à mulher com quem vive em comunhão de adquirido.
Marcelo, que aparecia a cada 5 minutos em todos os telejornais para comentar todos os assuntos da governação em temas onde nem sequer o ministro da tutela aparecia e que achou gravíssimo um assessor ter atropelado um vidro no ministério com uma bicicleta, acha agora natural Luís Montenegro ter na folha o pagamento de várias empresas para a sua morada e número de telemóvel.
Luís Marques Mendes, o candidato presidencial de Luís Montenegro, na calha para suceder a Marcelo, que enquanto comentadeiro na televisão do militante n.º 1 do PSD nunca se coibiu de surfar e amplificar a onda anti-Costa com origem na Santa à Lapa, agora acha uma irresponsabilidade a queda de um governo minoritário por causa do PRR e da "incerteza europeia e mundial", questões que não se colocavam ao governo de maioria absoluta PS, sem PRR para executar e sem guerra na Ucrânia, só certezas.
Marcelo, que na falta de tocar às campainhas andava feito criança pelo beco dos Távoras, pela máquina multibanco na Rua de Belém, a calcetar a esquina dos pasteis de Belém com os calcanhares, fez saber à televisão do militante n.º 1 que está irritadíssimo com Luís Montenegro, não pelas trafulhices que todos os dias vêm a público mas por não lhe ter comunicado que ia falar ao país. O nome do meio de Marcelo é Cardinali.
2025 03 03
[Imagem retirada do site do PSD]