sábado, 19 de dezembro de 2009

"O Lugar do Televisor" de Mário Castrim

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Apresentação do III volume no dia em que o autor faria 83 anos

Foi mais do que uma apresentação de um livro. Foi a homenagem ao seu autor que, neste dia 31 de Julho de 2003 completaria 83 anos. A sua ausência emocionou editores, leitores e amigos. Um deles, Mário Zambujal, declarou, mal pôde, que se tornava embaraçoso apresentar um livro de um “amigo íntimo” quando ele já não está entre nós. Arlindo Pinto que, recordou, recebeu a notícia do seu falecimento em Nampula, onde actualmente é missionário, não escondeu as emoções incontornáveis do momento.
Trata-se do Terceiro Volume de “O lugar do Televisor”. São crónicas, escritas a pensar na juventude, pelo autor que fundou o “DL Juvenil” (Diário de Lisboa Juvenil). Eram aliás desses tempos muitos dos amigos que se reuniram no auditório dos missionários combonianos para recordar “o amigo”.
“A todos tratava por amigos”. A garantia é do Pe. Arlindo Pinto. Foi, aliás, nos tempos em que ele era director da Audácia e da Além-Mar que Mário Castrim começou a publicar as crónicas, agora editadas em livro (já lá vão três volumes). E se a decisão de o fazer “colaborador” da revista Audácia foi clara e rápida (bastou um encontro com o autor), já a sua aceitação não foi tão pacífica: o Pe. Arlindo lembrou comentários que lhe fizeram confrades e amigos, que viam apenas o crítico de tudo e todos.
Os textos publicados desde Setembro de 1993, todos os meses na Revista Audácia, demonstram, no entanto, que Mário Castrim sabe estar atento também à vida dos homens e mulheres, apontando valores necessários à educação das novas gerações. Prova disso é outro livro de Mário Castrim que, adiantou o actual director das revistas dos missionários combonianos, Pe. José Rebelo, era para ser publicado também neste dia. São comentários aos salmos da Bíblia, elaborados pelo mesmo autor de muitas críticas a quem aparecia na televisão.
Mário Zambujal tem dúvidas se é o escritor ou o jornalista que escreve estas crónicas. Garantiu, no entanto, que Mário Castrim agrupa a beleza e a nobreza do trato com a língua portuguesa, qual grande escritor, com a atenção ao realismo da vida, próprio dos grandes repórteres.
“O lugar do televisor - III Volume” revela “o talento e a ternura de um contador da vida” – escreve Mário Zambujal na apresentação – que todos os amigos presentes faziam questão de afirmar, seja durante a sessão formal de apresentação do livro, seja durante o convívio informal que se lhe seguiu. Por parte dos missionários combonianos, palavras de muito reconhecimento ao Mário Castrim, que escreveu e “ainda não fez contas”. Disse, após as primeiras crónicas escritas ao director da altura: “eu vou escrevendo; vocês publicam, se assim o entenderam. Depois veremos quem deve a quem”.
A homenagem estendeu-se à família, que estava presente. Com filhos e netos, Alice Vieira, sua mulher, agradeceu. Agradeceu também o apoio que os missionários combonianos lhe continuam a prestar.
Agora, é ela a colaboradora mensal da Audácia.
Nacional | Paulo Rocha | 2003-07-31 | 23:05:00 | 2932 Caracteres | Combonianos
 http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=2168
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