Assunto: | MEU PAI... |
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Data: | 13/Jan 16:43 |
DEIXO QUE A ONDA CALMA SE ACABE SOB OS MEUS PÉS E REMEXO LENTAMENTE A AREIA ENSOPADA QUE FICOU...QUANDO ERA PEQUENA CONSTRUÍA CASTELOS DE AREIA. QUERIA CONSTRUÇÕES GRANDES E COMPLEXAS, COM AMEIAS FOSSAS E PONTES...AH! COMO EU GOSTAVA DAS PONTES E COMO A MÃO PODEROSA DE MEU PAI SE TORNAVA DELICADA, ESCAVANDO A AREIA...E A PONTE ALI ESTAVA, MISTERIOSO EQUILÍBRIO. E QUERIA OUTRA E OUTRA...REPENTINAMENTE ACORDO DESTAS LEMBRANÇAS... SEU RISO SALTA DA MINHA MEMÓRIA E ESPALHA-SE EM MEU REDOR...MEU PAI...MEU PAI, MINHA FORTALEZA DE ABRAÇOS, MINHA ÂNCORA, MINHA CERTEZA,MEU BÁLSAMO CONTRA A TRISTEZA, ARMAZÉM DO MEU AMOR.AS SAUDADES FERRAM AS GARRAS NO MEU PEITO...CERRO OS OLHOS COM FORÇA, NÃO QUERO CHORAR...PARA ELE, RISOS,HONRA, BEBER A VIDA EM GRANDES TRAGOS...ESTENDER A MÃO, AMAR O AMIGO, CONHECER O PERDÃO, ABRAÇAR FORTE....E NAQUELES TEMPOS DE ESCURIDÃO, ENSINAR-ME COMO VIVER E LUTAR PELA PALAVRA LIBERDADE...MEU PAI....CONTINUAS O MEU HERÓI!...EM ANEXO UM BEIJO!
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Distríbuído por Moranguinho Pereira (hi5)
REPOUSO Dá-me tua mão E eu te levarei aos campos musicados pela canção das colheitas Cheguemos antes que os pássaros nos disputem os frutos, Antes que os insetos se alimentem das folhas entreabertas. Dá-me tua mão E eu te levarei a gozar a alegria do solo agradecido, Te darei por leito a terra amiga E repousarei tua cabeça envelhecida Na relva silenciosa dos campos. Nada te perguntarei, Apenas ouvirás o cantar das águas adolescentes E as palavras do meu olhar sobre tua face muito amada. ADALGISA NERY |
Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Repouso - Adalgisa Nery
Etiquetas:
Adalgisa Nery,
Literatura,
Moranguinho Pereira,
Poesia
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