Assunto: | A ILHA |
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Data: | 27/Jan 15:56 |
DEIXEM EU ESTAR NO MEU CANTO,BRAÇOS ABRAÇANDO AS PERNAS DOBRADAS, QUEIXO SOBRE OS JOELHOS, OLHAR MIRANDO O AUSENTE, PENSAMENTO NÃO SEI ONDE. PASSEM POR MIM E NÃO OLHEM, NÃO GOSTO DE COMPAIXÃO.QUERO FICAR NESTA ILHA ONDE APENAS CAIBO EU. NÃO ME INTERESSA O QUE NO MUNDO SE PASSA E AS PESSOAS SÃO-ME INDIFERENTES, PORTANTO FAÇAM DE CONTA QUE FUI, QUE PARTI, QUE NÃO ESTOU CÁ. PERMANECEU A ESCULTURA...NADA MAIS...EM ANEXO UM BEIJO!
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Distribuído por Moranguinho Pereira (hi5)
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TRADUZIR-SE
. . Uma parte de mim é todo mundo: outra parte é ninguém: fundo sem fundo. . Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. . Uma parte de mim pesa, pondera: outra parte delira. . Uma parte de mim almoça e janta: outra parte se espanta. . Uma parte de mim é permanente: outra parte se sabe de repente. . Uma parte de mim é só vertigem: outra parte, linguagem. . Traduzir uma parte na outra parte — que é uma questão de vida ou morte — será arte? .
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FERREIRA GULLAR
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Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Traduzir-se - Ferreira Gullar
Etiquetas:
Ferreira Gullar,
Literatura,
Moranguinho Pereira,
Poesia
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