Assunto: | TEMPESTADE NO MAR |
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Data: | 8/Jan 14:39 |
DESENCADEOU-SE NO MAR UMA TEMPESTADE TREMENDA E FURIOSA. AS ONDAS ARREMESSAM-SE IMPETUOSAMENTE CONTRA AS ROCHAS NUMA EXPLOSÃO GRITANTE DE ESPUMA BRANCA, INCONTROLÁVEL E MEDONHA...MESMO AS GAIVOTAS SE AFASTAM PARA TERRA...OLHANDO E ESPERANDO. O ENCONTRO DO FLUXO E REFLUXO DAS ÁGUAS SÃO CHOQUES DE GIGANTES MEDINDO FORÇAS, CADA UM QUERENDO SEGUIR ADIANTE. A AREIA É VIOLENTAMENTE FUSTIGADA E NÃO HÁ A CERTEZA SE, NESSA HORA, A PRAIA SERÁ POUPADA. TUDO PARECE NÃO TER FIM.MAS, A POUCO E POUCO AS ENTIDADES MARINHAS SENTEM QUE JÁ COMBATERAM DEMAIS, PASSANDO A DIALOGAR MAIS BAIXO, JÁ SEM FÚRIA OU ÓDIO. AS ÁGUAS COMEÇAM A DESCANSAR DEVAGAR, ESPREGUIÇANDO-SE LONGAMENTE PELA PRAIA QUE HÁ POUCO DEVORAVAM... ONDAS SURGEM A ESPAÇOS NOS SEUS MOVIMENTOS ONDULANTES E BELOS. ESPALHA-SE PELO AR UM PROFUNDO PERFUME A MARESIA....E A PRIMEIRA GAIVOTA PARTE, SERENA, SEGUIDA PELAS OUTRAS, NUM CORPO DE BAILE HARMONIOSO E SUAVE....A NATUREZA RECUPEROU O EQUILÍBRIO, E PARA O DEMONSTRAR, O MAR VOLTA A SER OUTRA VEZ O TRANQUILO ESPELHO DO CÉU...EM ANEXO UM BEIJO!
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Distribuído por Moranguinho Pereira (hi5)
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DESEJOS . Desejo a você Fruto do mato Cheiro de jardim Namoro no portão Domingo sem chuva Segunda sem mau humor Sábado com seu amor Filme do Carlitos Chope com amigos Crônica de Rubem Braga Viver sem inimigos Filme antigo na TV Ter uma pessoa especial E que ela goste de você Música de Tom com letra de Chico Frango caipira em pensão do interior Ouvir uma palavra amável Ter uma surpresa agradável Ver a Banda passar Noite de lua Cheia Rever uma velha amizade Ter fé em Deus Não Ter que ouvir a palavra não Nem nunca, nem jamais e adeus. Rir como criança Ouvir canto de passarinho Sarar de resfriado Escrever um poema de Amor Que nunca será rasgado Formar um par ideal Tomar banho de cachoeira Pegar um bronzeado legal Aprender um nova canção Esperar alguém na estação Queijo com goiabada Pôr-do-Sol na roça Uma festa Um violão Uma seresta Recordar um amor antigo Ter um ombro sempre amigo Bater palmas de alegria Uma tarde amena Calçar um velho chinelo Sentar numa velha poltrona Tocar violão para alguém Ouvir a chuva no telhado Vinho branco Bolero de Ravel E muito carinho meu. CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE |
Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
sexta-feira, 8 de janeiro de 2010
Desejos - Carlos Drummond de Andrade
Etiquetas:
Carlos Drummond de Andrade,
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Poesia
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