segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Livro traduz Noel Rosa, o poeta da Vila e cronista do Brasil


 

Cultura

Vermelho - 7 de Dezembro de 2009 - 10h42

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Às vésperas do ano de centenário de vida do músico e poeta Noel Rosa, a Editora Expressão Popular lançará na próxima terça-feira (8) o livro “Noel Rosa: Poeta da Vila, Cronista do Brasil”, de autoria do escritor, tradutor e professor Luiz Ricardo Leitão. O lançamento será realizado no Salão Nobre do Instituto de Letras da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

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No livro, o autor busca inserir Noel Rosa na galeria dos poetas e prosadores que, por meio de sua obra, contribuem para o entendimento do processo de formação socioespacial do país.
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De acordo com Leitão, a obra é dividida em duas partes: “a primeira recapitula a vida e a obra musical do compositor; e a segunda é uma longa digressão sobre os motes explorados por Noel em suas canções, cujos temas são os mais amplos possíveis, desde os tradicionais motivos da metafísica amorosa até os mais prosaicos dilemas da vida cotidiana e as contradições da imprevisível política da nossa Bruzundanga”.
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O lançamento do livro de Luiz Ricardo Leitão abre o ciclo de homenagens que serão prestadas à Noel Rosa em 2010, ano em que completaria 100 anos de vida. Noel Rosa nasceu em 1910 no bairro de Vila Isabel, no Rio de Janeiro, onde viveu e morreu aos 27 anos.
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O autor explica que, na obra, “além de tecer algumas observações sobre a biografia do artista, associa a sua criação musical à obra de escritores como Gregório de Matos, Machado de Assis e Lima Barreto, todos eles mestres na sublime arte de interpretar o sentido e a formação do Brasil”.
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Serviço:

Lançamento do livro “NOEL ROSA – POETA DA VILA, CRONISTA DO BRASIL”, escrito por Luiz Ricardo Leitão e ilustrado por Gilberto Maringoni.
Dia: 8 de dezembro de 2009
Local: Salão Nobre do Instituto de Letras da UERJ
Rua São Francisco Xavier, 524, Bloco F, 11º andar, Maracanã, Rio de Janeiro.
Horário: A partir das 18h 30.
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Programação
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18h30 – Breve sessão de apresentação da obra ao público
Participação Musical: Duo Lacrimae & músicos da Banda CAp-UERJ
19h30 / 21h30 – Coquetel e noite de autógrafos
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Fonte: Brasil de Fato
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Noel Rosa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Noel Rosa
Noel Rosa.jpg
Noel Rosa e seu violão
Informação geral
Nome completo
Noel de Medeiros Rosa
Data de nascimento
11 de dezembro de 1910
Origem
Rio de Janeiro, RJ
País
Brasil Brasil
Data de morte
4 de Maio de 1937 (26 anos)
Gêneros
Samba
Afiliações
Aracy de Almeida
Francisco Alves
Ismael Silva
Vadico
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Noel de Medeiros Rosa (Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 1910Rio de Janeiro, 4 de maio de 1937) foi um sambista, cantor, compositor, bandolinista, violonista brasileiro e um dos maiores e mais importantes artistas da música no Brasil.[1] Teve contribuição fundamental na legitimação do samba de morro no "asfalto", ou seja, entre a classe média e o rádio, principal meio de comunicação em sua época - fato de grande importância, não só o samba, mas a história da música popular brasileira.[2][3]

Índice

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Biografia

Noel nasceu de um parto difícil em que o uso do fórceps pelo médico causou-lhe um afundamento da mandíbula que o marcou por toda a vida. Criado no bairro carioca de Vila Isabel, filho do comerciante Manuel Garcia de Medeiros Rosa e da professora Martha de Medeiros Rosa, Noel era de família de classe média, tendo estudado no tradicional Colégio São Bento de 1923 a 1928.
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Adolescente, aprendeu a tocar bandolim de ouvido e tomou gosto pela música - e pela atenção que ela lhe proporcionava. Logo, passou ao violão e cedo tornou-se figura conhecida da boemia carioca. Entrou para a Faculdade de Medicina, mas logo o projeto de estudar mostrou-se pouco atraente diante da vida de artista, em meio ao samba e noitadas regadas à cerveja. Noel foi integrante de vários grupos musicais, entre eles o Bando de Tangarás, ao lado de João de Barro (o Braguinha), Almirante, Alvinho e Henrique Brito.
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Em 1929, Noel arriscou as suas primeiras composições, "Minha Viola" e "Toada do Céu", ambas gravadas por ele mesmo. Mas foi em 1930 que o sucesso chegou, com o lançamento de "Com que roupa?", um samba bem-humorado que sobreviveu décadas e hoje é um clássico do cancioneiro brasileiro. Noel revelou-se um talentoso cronista do cotidiano, com uma seqüência de canções que primam pelo humor e pela veia crítica. Orestes Barbosa, exímio poeta da canção, seu parceiro em "Positivismo", o considerava o "rei das letras". Noel também foi protagonista de uma curiosa polêmica travada através de canções com seu rival Wilson Batista. Os dois compositores atacaram-se mutuamente em sambas agressivos e bem-humorados, que renderam bons frutos para a música brasileira, incluindo clássicos de Noel como "Feitiço da Vila" e "Palpite Infeliz". Entre os intérpretes que passaram a cantar seus sambas, destacam-se Mário Reis, Francisco Alves e Aracy de Almeida.
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Estátua de Noel Rosa, localizada na entrada de Vila Isabel.
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Noel teve ao mesmo tempo algumas namoradas. Casou-se em 1934 com Lindaura, mas era apaixonado mesmo por Ceci, a dama do cabaré. Passou os anos seguintes travando um batalha contra a tuberculose. A boemia, porém, nunca deixou de ser um atrativo irresistível para o artista, que entre viagens para cidades mais altas em função do clima mais puro, sempre voltava para o samba, a bebida e o cigarro. Mudou-se para Belo Horizonte,[nota 1] trabalhou na Rádio Mineira e entrou em contato com compositores amigos da noite, como Rômulo Pais, recaindo sempre na boêmia. De volta ao Rio, jurou estar curado. Faleceu em sua casa no bairro de Vila Isabel no ano de 1937, aos 26 anos, em conseqüência da doença que o perseguia desde sempre.

Bibliografia

Dentre os livros a respeito do artista, duas obras são de grande importância para se estudar Noel Rosa: "No Tempo de Noel Rosa", escrita pelo amigo Almirante, e a essencial "Noel Rosa: Uma Biografia" de João Máximo e Carlos Didier.
Outros livros

Cinema

Filmes sobre Noel

Crystal Clear app xmag.pngVer artigo principal: Noel - Poeta da Vila
Noel Rosa já foi retratado como personagem no cinema e na televisão, interpretado por Chico Buarque no filme "O Mandarim" (1995) e Rafael Raposo no filme "Noel - Poeta da Vila" (2006).
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O primeiro longa-metragem sobre o compositor, "Noel - Poeta da Vila", foi baseado na biografia de Máximo e Didier e dirigido por Ricardo van Steen. Teve sua estréia no Festival de Cinema do Rio de Janeiro em 2006 e na 30ª Mostra de Cinema de São Paulo. Entrou em circuito em agosto de 2007, ano que marcou os 70 anos da morte do poeta do samba.
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Antes deste filme , outros filmes, de curta e média-metragem, foram realizados sobre Noel Rosa. O próprio Ricardo Van Steen, realizador de "Noel, Poeta da Vila", dirigiu um curta-metragem, "Com Que Roupa?" (1997), com Cacá Carvalho no papel de Noel Rosa.
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Rogério Sganzerla (1946-2004), um dos principais nomes do chamado Cinema Marginal, era fascinado pela vida e obra de Noel Rosa, e planejava fazer o seu próprio longa-metragem. O projeto acabou não vingando, mas durante esta espera, realizou dois documentários, um de curta-metragem, "Noel Por Noel" (1978), e um de média-metragem, "Isto É Noel Rosa" (1991).
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Em "O mandarim" (1995) - uma representação experimental da vida do cantor Mário Reis - Júlio Bressane (outro representante do Cinema Marginal) chama Chico Buarque para interpretar Noel Rosa.
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Em 1994, Alexandre Dias da Silva descobre um filme raríssimo - o curta-metragem "Vamo Falá do Norte" (1929), de Paulo Benedetti, com a única imagem filmada de Noel Rosa, junto com o Bando de Tangarás - e, com texto de José Roberto Torero e cenas de cinejornais e filmes de 1929, realiza o curta-metragem "O Cantor de Samba".
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No mesmo ano, Noel Rosa se torna personagem do curta-metragem de ficção "Bar Babel", realizado no Paraná por Antônio Augusto Freitas.
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Em 1998, Antonio Paiva Filho escreve e dirige, em vídeo, uma ficção inspirada no célebre samba de Noel Rosa "Coração", presente mesmo no título: "A Paixão Faz Dor no Crânio Mas Não Ataca o Coração"
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E em 1999, André Sampaio realiza uma ficção experimental, "Polêmica", a partir da famosa polêmica musical entre Noel Rosa e Wilson Batista.

Trilhas musicais para o cinema

Antes de ser tema de filmes, a música de Noel Rosa esteve presente em um sem-número de filmes brasileiros.
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Mesmo enquanto o Poeta da Vila ainda era vivo: na comédia musical "Alô, Alô, Carnaval", de Adhemar Gonzaga (produção Cinédia - 1936), duas marchas de carnaval de Noel Rosa estavam em sua trilha sonora: "Pierrot Apaixonado" (parceria com Heitor dos Prazeres) e "Não Resta a Menor Dúvida" (parceria com Hervé Cordovil).
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No mesmo ano, compôs seis músicas, em parceria com Vadico, para o filme "Cidade-Mulher", de Humberto Mauro (produção Brasil-Vita): a música-título do filme (interpretada por Orlando Silva), "Dama do Cabaré", "Tarzan, O Filho do Alfaiate", "Morena Sereia", "Numa Noite À Beira-Mar" e "Na Bahia".
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Outros filmes de destaque com músicas de Noel Rosa em sua trilha sonora foram os realizados por Carlos Alberto Prates Correia, outro grande admirador de sua música: em "Perdida" (1975), a gravação original de "Quem Dá Mais?" (1932), na voz do próprio Noel Rosa, serve de fundo para uma cena… digamos… didática, passada num bordel.
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Em "Cabaret Mineiro" (1980) - grande premiado no Festival de Gramado de 1981 - "Pra Esquecer" - com Tavinho Moura e regional - e "Nunca… Jamais!" - com Tavinho Moura, Silvia Beraldo e regional - tem a mesma função de reforço da ironia em duas sequências do filme.

Teatro

Sua vida foi objeto de um excelente drama de Plínio Marcos - O Poeta da vila e seus amores - encenado no Teatro Popular do Sesi. Foram mais de dois anos ininterruptos em cartaz.

Homenagens

Em 2010, cem anos depois do seu nascimento, o GRES Unidos de Vila Isabel levará Noel Rosa ao maior espectáculo do mundo, com um desfile em sua homenagem, intitulado Noel: A Presença do "Poeta da Vila, da autoria de Alex de Souza.[4]

Canções

Wikisource
O Wikisource tem material relacionado com este artigo: Noel Rosa
Foram mais de trezentas composições criadas por Noel, destacando-se:

Referências e notas

Referências

Notas
  1. Da capital mineira, escreveu ao seu médico, Dr. Graça Melo:
    Já apresento melhoras,
    Pois levanto muito cedo
    E deitar às nove horas
    Para mim é um brinquedo.
    A injeção me tortura
    E muito medo me mete,
    Mas minha temperatura
    Não passa de trinta e sete!
    Creio que fiz muito mal
    Em desprezar o cigarro
    Pois não há material
    Para o exame de escarro!

Ligações externas

Wikiquote
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