Raimundo, o Louco, para uns, o Doutor Iluminado, para outros, a vida deste pensador, escritor e viajante medieval, permanece uma paixão nos nossos dias.
"Raimundo contemplava as mudanças de cor daquele estranho líquido (…) Sabia que estava a chegar a um ponto sem retorno. Quando tomasse aquilo, desencadear-se-iam reacções no seu corpo e cérebro. (…) Ele duvidava que tudo isso fosse real, mas também não o negava (…) Acontecesse o que acontecesse, iria até ao fim (…) Tomaria o Leão Verde. Quem manejava o leme do seu destino, dirigiria o seu rumo."
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Mordomo-mor no palácio do rei, cavalheiro e gentil trovador, Raimundo Lúlio abandona a vida que leva em Maiorca para procurar a cura de um cancro maligno para a sua amada. Mas em pleno período histórico dos Templários, a sua viagem traz-lhe bem mais do que isso: uma vida errante de iniciação nos mistérios da Alquimia que o fará jurar perante soberanos e papas que encontrou a fórmula para harmonizar as três religiões – cristã, muçulmana e judaica –, integrando conhecimentos das ciências e da teologia.
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Raimundo, o Louco, para uns, o Doutor Iluminado, para outros, a vida deste pensador, escritor e viajante medieval, permanece uma paixão nos dias que correm. Desde sempre, tem influenciado grandes génios da humanidade como Giordano Bruno e era detentor de uma sabedoria oculta que o levava a ter conhecimento no século XIII (!) da existência da América e da possibilidade de circum-navegar a África.
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Luis Racionero, ex-director da Bibioteca Nacional de Madrid e escritor com várias obras premiadas, alia neste romance a beleza literária, a poesia e a filosofia à fidelidade dos factos históricos...
El alquimista trovador (Luis Racionero)
"El cielo fue medido por los antiguos en doce grandes divisiones, a las que dieron el nombre de casas del zodíaco. Dentro de estas casas o signos se mueven los astros. Si consideras que a cada signo del zodiaco le corresponde una letra y que cada planeta tiene también su letra, el cielo se convierte en un alfabeto en movimiento en el que las letras planetarias van a colocarse delante de cada una de las letras fijas zodiacales. Así están escritos en los cielos los nombres que encontraremos en todas las grandes religiones: Ishwatra o Iesus-rex, Mayah o Mariah, Maha-Maya, o la Virgen de las grandes Aguas Celestiales. Todo está escrito en letras de fuego en el firmamento desde el inicio de los tiempos (...)
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Cada letra es símbolo de una fuerza o tendencia expresada en un planeta o una casa del zodíaco; una palabra hecha de letras es, pues, una fórmula que expresa una combinación de fuerzas. Es la combinación de fuerzas que hace existir y ser como es a la cosa nombrada por ese conjunto de letras (...) Por eso el cabalista supremo y primigenio que es Dios, lo creó todo con el sonido, y por eso mismo en el principio era el verbo..."
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