terça-feira, 21 de setembro de 2010

Arte e Poesia em Modus Vivendi

Modus vivendi

21 de setembro de 2010

Kurt Regschek

regschekkurt.jpg
o modelo, em duplicado
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Proibir

A proibição denota
fraqueza: o descontrole
assume o comando
e a insanidade
vence
o efêmero perdura
o instante
e cede
ao grito
de guerra
rompo a proibição e permaneço
rompo a proibição e compareço
rompo a proibição e apresento
aos olhos
claros da história
a versão
livre
dos atos.
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Pedro Du Bois
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20 de setembro de 2010

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Franz von Stuck

puro perfil
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Um livro aberto

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Não há maior maravilha do que percorrer
as alturas estreladas, abandonar as lúgubres regiões da terra,
cavalgar as nuvens, subir aos ombros de Atlas,
e ver muito distantes, lá em baixo, as pequenas figuras
que vagueiam e erram, desprovidas de razão,
inquietas, no temor da morte, e aconselhá-las,
e fazer do destino um livro aberto.
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Ovídio

19 de setembro de 2010

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Kurt Regschek

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o som da imagem

Do hiato

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"Mas não adianta nada justificar-se. Não vale a pena explicar. É um sinal de fraqueza, contar velhas histórias. É um sinal de sensatez esconder o passado, mesmo que não exista nada para esconder. O poder de um homem reside na penumbra, nos movimentos entrevistos da sua mão e na expressão insondável do seu rosto. É a ausência de factos que atemoriza as pessoas: o hiato que nós criamos, dentro do qual elas vertem o seus medos, fantasias e desejos."
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Hilary Mantel, in Wolf Hall
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17 de setembro de 2010

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Franz von Stuck

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um Orfeu simbolista
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16 de setembro de 2010

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Guerras

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Guerras permanecem
em feridas e mortes
conferem a terra
arrasada
no troar dos canhões:
a guerra silenciosa
dos avanços
e o estertor
do corpo
sublimado ao grito
guerras reiniciam
o ciclo: o lance anterior
da escala: e a queda.
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Pedro Du Bois
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15 de setembro de 2010

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Kurt Regschek

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uma outra Eurídice
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Do nome

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"O nome que escolhemos, o nome que fazemos, é importante."
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Hilary Mantel, in Wolf Hall
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14 de setembro de 2010

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Soneto na morte do homem que inventou as rosas de plástico

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O homem que inventou as rosas de plástico morreu.
Reparem na sua importância:
as suas flores imperecíveis e imaculadas nunca murcham
mas resolutamente velam o seu túmulo através da escuridão.
Ele não compreendeu a beleza nem as flores,
que enredam os nossos corações em redes suaves como o céu
e nos prendem com um fio de horas efémeras:
as flores são belas porque morrem.
A beleza sem o seu lado perecível
torna-se seca e estéril, um palco abandonado
com uma floresta de enganos. Mas a realidade
dá razão à invenção deste homem; ele conhecia a sua época:
uma visão do nosso tempo impiedoso revela-nos
homens artificiais cheirando rosas de plástico.
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Peter Meinke, trad. Ricardo Castro Ferreira
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13 de setembro de 2010

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Picasso

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uma Eurídice diferente
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