sábado, 4 de setembro de 2010

Mais e mais livros para a "rentrée"

Ípsilon

A Caminho vai reunir toda a poesia de Sophia num só volume
Lançamentos.
26.08.2010 - Raquel Ribeiro



Sophia de Mello Breyner, Maria Gabriela Llansol, Primo Levi, Maria Filomena Mónica e muitos mais marcam o regresso pós-estival.
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Na semana passada, o Ípsilon desenrolou a "rentrée", mas há livros que continuam "enroladinhos" à espera da data certa para sair até ao final do ano. Na poesia, Armando Silva Carvalho publicará, na Assírio & Alvim, "Anthero, areia & água" (poemas inéditos escritos após o Grande Prémio de Poesia APE em 2008) e Adília Lopes, também na Assírio, regressa aos inéditos com "Apanhar ar". De um dos maiores poetas italianos do século XX, Umberto Saba, a Assírio & Alvim publica "Poesia - uma antologia de Il Canzoniere", com selecção, tradução, introdução e notas de José Manuel de Vasconcelos. Pela mão da Caminho chega também toda a poesia de Sophia de Mello Breyner reunida num só volume, organizado pela professora e ensaísta Maria Sousa Tavares, filha da poeta, e o professor da Universidade do Minho Carlos Mendes de Sousa.
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O segundo volume dos cadernos inéditos de Maria Gabriela Llansol, "Um arco singular - Livro de horas - II volume" (Assírio & Alvim), deverá sair por altura das segundas Jornadas Llansolianas, que decorrem a 25 e 26 de Setembro no Centro Cultural Olga Cadaval. Com "O casamento, fragmentos e cenas", traduzido por Nina Guerra e Filipe Guerra, a obra de Gógol fica agora completa na Assírio.
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A Cotovia publicará "O dever da memória", de Primo Levi, do autor de "Se isto é um Homem", "Quanta, Quanta Guerra", o único relato (apocalíptico) da guerra pela maior escritora catalã, Mercé Rodoreda, e o "caderno" mais famoso de Josep Pla, "O Caderno Cinzento". 
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Um dos mais importantes historiadores contemporâneos, Orlando Figes, investiga a vida privada dos milhões de soviéticos que, durante o estalinismo, se viram obrigados a sussurrar, em "Sussurros - Vidas Privadas na Rússia de Estaline" (Alêtheia). Maria Filomena Mónica continua a investigar os Açores e vai publicar "Os Cantos - A Tragédia de uma Família Açoriana", também na Alêtheia. Na mesma editora, Vasco Graça Moura publica "O Mestre de Música", uma novela que dá seguimento ao "O Pequeno-Almoço do Sargento Beauchamp", de 2008.  A Ulisseia, a chancela mais literária do grupo Babel, vai publicar primeiras traduções para português: "Tapeçaria do Sinai", do escritor americano Edward Whittemore; "A Traição de Rita Hayworth", de Manuel Puig, autor de "O Beijo da Mulher-Aranha", originalmente publicado em 1968. 
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Ainda na Ulissei, há  contemporâneos por estrear em Portugal: Manuel Manzano, com "O Capitão das Sardinhas" (romance que a "Vanity Fair" definiu como uma mistura de Stieg Larsson com Roberto Bolaño); Andrey Bely (escritor russo considerado por Nabokov um dos maiores da transição do século XIX para o XX), com "Petersburgo"; e Steve Toltz, com "Uma Parte do Todo". E muitos regressos de "autores de culto que pouco ou nada têm sido divulgados" em Portugal: Onetti, Conrad, Guimarães Rosa, Joseph Roth, Pavese, Max Aub, Stefano Benni, Henrich Böll, Bukowski... 

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