15 de dezembro de 2010
Presença
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Sou dos que ainda estão presentes
e bebem do amor a única ausência.
Quantos pedaços de mentiras
retenho na viscosidade do meu cuspo?
Quantas verdades apaixonadas
reclamam ansiosas o esperma das palavras?
Nenhumas, talvez, nenhumas...
escravizo o silêncio
e faço dele o meu mensageiro.
Estou presente em tudo ou mais
e aí onde me procurarem
será a minha próxima ausência.
.
Hélder Muteia
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e bebem do amor a única ausência.
Quantos pedaços de mentiras
retenho na viscosidade do meu cuspo?
Quantas verdades apaixonadas
reclamam ansiosas o esperma das palavras?
Nenhumas, talvez, nenhumas...
escravizo o silêncio
e faço dele o meu mensageiro.
Estou presente em tudo ou mais
e aí onde me procurarem
será a minha próxima ausência.
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Hélder Muteia
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14 de dezembro de 2010
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Haicai
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Na estrada deserta,
um simples cair de folhas
quebrou o silêncio.
Aquelas lanternas
ziguezagueando nos montes...
Quantos vaga-lumes!
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Abel Pereira
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um simples cair de folhas
quebrou o silêncio.
Aquelas lanternas
ziguezagueando nos montes...
Quantos vaga-lumes!
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Abel Pereira
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13 de dezembro de 2010
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Porto
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(gentileza de Amélia Pais)
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Havia nos olhos postos o sentido
de não vencerem distâncias.
Calados, mudos, de lábios colados no silêncio
os braços cruzados como quem deseja
mas de braços cruzados.
Os navios chegavam aos portos e partiam.
Os carregadores falavam da gente do mar.
A gente do mar dos que ficam em terra.
As mercadorias seguiam.
Os ventos, dispersos na alma do tempo,
traziam as novas das terras longínquas.
Segredavam-se em noites e dias
a todos os homens
em todos os mares
e em todos os portos
num destino comum.
Os navios chegavam ao porto
e partiam...
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Alexandre Dáskalos
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Havia nos olhos postos o sentido
de não vencerem distâncias.
Calados, mudos, de lábios colados no silêncio
os braços cruzados como quem deseja
mas de braços cruzados.
Os navios chegavam aos portos e partiam.
Os carregadores falavam da gente do mar.
A gente do mar dos que ficam em terra.
As mercadorias seguiam.
Os ventos, dispersos na alma do tempo,
traziam as novas das terras longínquas.
Segredavam-se em noites e dias
a todos os homens
em todos os mares
e em todos os portos
num destino comum.
Os navios chegavam ao porto
e partiam...
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Alexandre Dáskalos
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