domingo, 9 de maio de 2010

O Culto do Chá - Wenceslau de Moraes


O Culto do Chá
Wenceslau de Moraes
Editora:
Relógio d' Água
Tema:
Literatura
Ano:
2008
Tipo de capa:
Brochada
ISBN 9789896410070 | 82 págs

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CONTEÚDO
«O chá japonês, servido invariamente sem leite e sem açúcar, que lhe prejudicariam o aroma, é a bebida mais suavemente agradável que possa oferecer-se ao nosso paladar (não de todos porém, mas um paladar sentimental, um tanto sonhador... que nisto dos nossos órgãos de sentir há temperamentos, aptidões afectivas características...). O guyokuró, por exemplo, que é o mais celebrado chá de Uji e de todo o Japão, instila tais subtilezas balsâmicas de sabor, que mais parece um perfume; poderia dizer-se que uma maravilhosa alquimia conseguiu liquefazer os aromas das flores — flores dos jardins, flores silvestres —, transferindo do olfacto ao paladar a impressão do gozo.»
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É deste modo que Wenceslau de Moraes (1854-1929) fala desta bebida japonesa em O Culto do Chá, a que se acrescentam neste volume dois outros textos seus, Uji - A Terra do Chá e Vestígios da Passagem dos Portugueses no Japão.
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O culto do chá

 
Venceslau de Moraes, oficial da Marinha, diplomata e escritor do século XIX, apesar de radicado em Kobe (Japão), no exercício de funções consulares, manteve sempre um contacto activo com Portugal e, por isso, aqui publicou quase todos os seus livros. A única excepção é este “O Culto do Chá” que foi impresso nos prelos de Kobe Herald, em 1905, utilizando as técnicas tradicionais japonesas, porque tal era a forma corrente de edição no Japão pré-moderno.
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A obra foi ilustrada por Yoshiaki com gravuras xilográficas (de madeira) polícromas (realizadas com a impressão de várias pranchas), impressa com as tecnologias disponíveis e encadernada à moda japonesa, o que a tornou imediatamente apetecida pelos bibliófilos europeus, não sendo embora a mais rara de Moraes. O mais curioso em relação a esta edição é a mutilação a que foi sujeita a maior parte dos exemplares que vieram para a Europa, por desconhecimento das suas características: o papel de arroz japonês aceita a impressão de um só lado da folha, o que torna as folhas duplas e cosidas ao centro. Na Europa, habituados os leitores aos cadernos tipográficos que tinham de ser abertos, abriram também estas folhas duplas, com claro prejuízo da obra. E foi também o que se passou, infelizmente, com o exemplar da Biblioteca da Universidade de Coimbra.
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http://bibliotecajoanina.uc.pt/obras_raras/o_culto_do_cha
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Redalyc. Japan in the works of Pierre Loti and Wenceslau de Morais

http://redalyc.uaemex.mx/redalyc/pdf/361/36100903.pdf

fort-sur-Mer, and Wenceslau de Moraes, born in Lisbon in 1854, were two. aficionados of exoticism and two authors whose works are so intimately ... No other country ever held a similar fascination for Wenceslau de ...

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