Textos e Obras Daqui e Dali, mais ou menos conhecidos ------ Nada do que é humano me é estranho (Terêncio)
sábado, 1 de março de 2014
Manuel Bandeira - Bacanal
QUERO BEBER! Cantar asneiras
No esto brutal das bebedeiras
Que tudo emborca e faz em caco...
Evoé Baco!
Lá se me parte a alma levada
No torvelim da mascarada,
A gargalhar em doudo assomo...
Evoé Momo!
Lacem-na toda, multicores,
As serpentinas dos amores,
Cobras de lívidos venenos...
Evoé Vênus!
Se perguntarem: Que mais queres,
Além de versos e mulheres?...
Vinhos!... o vinho que é o meu fraco!...
O alfanje rútilo da lua
Por degolar a nuca nua
Que me alucina e que eu não domo!
Evoé Momo!
A Lira etérea, a grande Lira!...
Por que eu extático desfira
Em seu louvor versos obscenos.
Evoé Vênus!
do livro Carnaval
Etiquetas:
Carnaval,
Manuel Bandeira,
Poesia
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário