* Cochat Osório
A hora
que anda na angústia forte da esperança
e na alegria trágica e cansada
de não esperar.
Quando a hora chegar…
Essa hora
com bandeiras, bandeiras e bandeiras
e multidões vibrantes a passar
para dizer aos homens do passado,
para dizer aos homens do futuro,
para dizer presente
e continuar.
Quando a hora chegar…
Há crianças sem pai,
há crianças sem mãe,
que hão de pôr risos novos sobre a boca
que ainda não tem pão;
que hão-de pôr brilhos novos sobre os olhos
que ainda vão chorar;
que hão-de pôr forças novas no combate
que vai recomeçar.
Quando a hora chegar…
Cimentada com lágrimas e sangue
e dor
e ansiedade
e medo de a perder…
Ah!, levem-me também,
eu vou também!
( Eu quero ter esta certeza
se não sobreviver!)...
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